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26 de setembro de 2016

Punk: a influência das lojas de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren na estética da subcultura

É imprescindível falar das lojas de Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, especialmente a mais emblemática delas, a SEX, quando falamos da história do Punk britânico.
Neste ano de 2016 comemora-se 40 anos da subcultura Punk e diversos eventos têm ocorrido ao redor do mundo para celebrar a data. Portanto, a partir deste mês publicaremos diversos artigos sobre a subcultura.

Fachada da loja SEX, 1976

Malcolm McLaren se dizia fascinado por jovens rebeldes e em 1971, abre a loja Let it Rock na King´s Road, uma rua "moderninha" de Londres. A loja era localizada na parte mais decadente da rua e tinha foco em álbuns, memorabilia Rock n´ Roll e eventualmente moda para os Teddy Boys. McLaren alegou posteriormente que finalizou a loja tanto porque os Teddies eram conservadores e reacionários e ao mesmo tempo porque se negava a vender vários produtos por apego emocional. 



Malcolm na frente da Let it Rock vestido como um Teddy Boy. À direita, a moça loira é Vivienne Westwood, usando roupa autoral e incomum para a época.

Malcolm e Vivienne Westwood, então uma professora escolar, decidem começar a criar peças, como patches para motociclistas, aplicar studs nas roupas... eles criam duas camisetas super famosas, a “Vênus” e a “Rock”, com a palavra escrita com ossos de galinha presos com alfinetes. E foi exatamente aí que o casal e a moda punk começaram a entrar pra história da moda! Foi nessa época que surgiu o primeiro confronto com jornalistas, que queriam emprestar roupas para editoriais de moda, eles recusam. É aí que surge o conceito anti-Vogue e anti-fashion da dupla.


Em 1972 o negócio é reformulado com o nome de “Too Fast to Live Too Young To Die”, com foco em material de cultura Rock n Roll da década de 1960, peças em couro e t-shirts customizadas e desconstruídas, especialmente camisetas antigas - consideradas entediantes - passam a virar peças artísticas de anti-moda.
 
Fachada da loja, 1973.

Dois anos depois, em 1974, Malcolm vai à Nova Iorque para uma feira de negócios e lá conhece os glam rockers do New York Dolls. Na volta ao Reino Unido, funda com Vivienne a terceira identidade da loja, dando o nome de SEX, local que viria a ser considerado a primeira boutique de moda punk do mundo.

A SEX tinha letras em plástico cor de rosa fluorescente, algo completamente fora dos padrões da época. Houve uma mudança drástica no conceito: a loja não colocava produtos na vitrine e a intenção era vender roupas que nunca apareceriam nas páginas da Vogue. Hoje, vemos a ironia do destino: dezenas de lojas “cool” não colocam produtos na vitrine e a moda punk constantemente está relida e esvaziada de simbolismo nas páginas da Vogue e outras revistas mainstream. Até nisso o casal foi pioneiro!


A vendedora Jordan em dois momentos em frente a fachada da SEX.
Reparem também no arreio no manequim, acessório em moda hoje na cena alternativa.
Na SEX eram vendidas lingeries, roupas inspiradas em fetiche (pvc, borracha, couro), meias arrastão, calças baggy, t-shirts com imagens ofensivas, iconografia nazista e comunista e pornografia, se tornando um local atrativo para os desajustados, alguns se empregando no loja como Glen Matlock. Já Steve Jones e Paul Cook eram frequentadores. Assim, com Malcolm McLaren como empresário surge outro sex, desta vez os Sex Pistols. Johhny Rotten é quem mais absorve os aspectos bizarros da boutique SEX: o niilismo, o sarcasmo e a  hostilidade. Posteriormente, quando Sid Vicious entra pra banda, sendo um fã fanático da mesma, McLaren adiciona seus cabelos espetados e sua aparência de delinquente juvenil.

O casal usando as camisetas da marca.
Uma faz referência ao estuprador de Cambridge e outra tem uma criança nua. 
Chocando a sociedade com temas polêmicos e ultrajantes. 

À esquerda Sid Vicious, que foi vendedor na loja, veste camiseta da SEX. 
À direita ele conversa com Vivienne Westwood.

Aqui podemos ver Siouxsie Sioux e Viv Albertine (The Slits) usando a blusa de seios que comentei no artigo dos 40 anos do estilo gótico. Viv usa cinto de tachas.

No mesmo artigo, alertei para o fato de que scarpins, stilletos e sandálias de salto eram usados pelas meninas punks, aqui dois deles, criações de Vivienne para a SEX.

Debbie e Siouxsie usando camisetas da marca.
O símbolo nazi era fashion statement, usado como ironia política, protesto.

A modelo e vendedora Jordan usando peças em látex.

Steve Jones, desconhecida, Alan Jones, Chrissie Hynde (The Pretenders) que foi vendedora da loja; Jordan (vendedora e modelo) e Vivienne Westwood na SEX em 1976.
@David Dagley
A SEX era frequentada por Adam Ant, Helen Wellington Loyd, Siouxsie Sioux, Boy George entre diversos outros músicos e artistas que vieram a se tornar conhecidos naquela década.

Algumas das t-shirts da loja

 Algumas das famosas camisetas "Destroy", também usadas pelos Sex Pistols

 
As peças da SEX usadas pelos Sex Pistols influenciaram o look punk inicial, pois muitas roupas eram vendidas devido à banda aparecer com elas nos shows e na mídia. A febre das t-shirts veio quando o grupo começou a usá-las.


Vivienne usando a camiseta "God Save the Queen"

Em 1976 a boutique troca de nome novamente, desta vez para Seditionaries, continuando a ser o coração punk de Londres, unindo todos os interessados na popularidade dos Pistols. É dessa época outras duas famosíssimas novas criações, as calças bondage - colocando tiras entre as pernas, segundo eles pra simbolizar uma geração "amarrada" que parecia não ter pra onde correr - entraram pra história assim como as calças com zíperes na região genital, também criada pelo casal.

Legendárias criações: calças, camisas e casacos bondage.

Este trecho de vídeo do documentário Punk Attitude, inicia-se com Siouxsie dizendo que o ponto de encontro na King´s Road era a loja do casal. A seguir, Marco Pirroni, do Adam and the Ants, diz que nunca havia visto ninguém parecido com a estética de Vivienne, cabelos platinados arrepiados, assim como Chrissie Hynde que confirma que nunca havia conhecido ninguém tão bizarro como o casal Vivienne e Malcolm.
Há de se atentar que a estética pessoal de Vivienne acabou virando a estética das meninas punks, os cabelos curtos armados, o estilo de maquiagem nos olhos, batom escuro e sobrancelhas desenhadas com lápis colorido.
No vídeo, Vivienne na Seditionaries mostra as calças bondage e uma calça com zíper na virilha. A seguir Chrissie Hynde completa dizendo que não crê que a estética punk teria acontecido sem Malcolm e Vivienne.




 
Boy George usando peças bondage da loja.

Mas o colapso da banda Sex Pistols e o punk ter virado mainstream desencanta o casal. Westwood, separada de McLaren em 1980, troca mais uma vez o nome da loja, desta vez para World´s End, nome que está ainda hoje, localizada exatamente no mesmo local de origem, sendo administrada pelo filho do casal, Joe Corré, que este ano declarou seu desejo de queimar a memorabilia punk original.

É interessante analisar o quanto as estéticas criadas pelo casal McLaren e Westwood influenciaram não apenas a estética da subcultura punk quanto o que veio depois na moda e em outras subculturas. A união de ousadia, choque e criatividade foi algo tão explosivo que sacudiu uma geração e virou os olhos da mídia para aqueles jovens atrevidos.

Este artigo é parte de várias postagens em homenagem aos 40 anos do Punk que publicaremos até o fim do ano. Espero que tenham gostado!

- Leia também: CBGB - O berço do movimento Punk

Este post pode ser assistido de forma resumida em nosso canal no Youtube ;D
Não esqueça de seguir pra acompanhar nossos vídeos!
  




*Artigo escrito por Sana.
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4 de setembro de 2016

Queen of the Angels │Resenha da Saia Queen + Cupom de Desconto

Como vocês já devem ter lido [neste post], a Queen of the Angels lançou recentemente a coleção MoonNine, cuja inspiração foi o Rock n Roll.
A loja é parceira aqui do blog, o banner dela tá sempre ali na lateral direita e vocês podem clicar à vontade e como a gente sempre divulga no nosso Instagram vocês tem:

 10% de desconto com o cupom
SUBCULTURAS

nas compras na loja!

Peças da coleção MoonNine

É muito legal ver o rock n roll inspirando coleções alternativas. Hoje eu vou resenhar pra vocês uma saia que recebi mês passado, a saia Queen
É uma saia em material sintético (PU) que imita couro, no modelo godê e cintura alta decorada com spikes aplicados manualmente. Esse é meu primeiro contato com um produto da marca, então vou fazer uma resenha o mais sincera possível com minhas "primeiras impressões".

Saia Queen: linda e confortável! 
Já é uma de minhas peças preferidas das marcas alternativas nacionais!

Pedi a saia no tamanho P, ou seja, não foi feita sob medida. Me surpreendeu a perfeição no caimento (com fluidez) e no tamanho, pois serviu certinho na cintura (eu sempre tenho problema com cós de saias e calças) e adorei o comprimento: nem curto, nem comprido!

Além da saia veio um cartão da loja e um esmalte 
dentro de um saquinho preto com laço de renda: um mimo!

Junto com a saia, a Juliana (proprietária e estilista) me mandou uma cartinha. Entre outros assuntos, ela me enviou 3 amostras do PU, material que imita couro e que é a base de sua mais recente coleção.   

Ela me explicou que os PUs que ela ela usa tem três texturas diferentes, cada uma direcionada à um tipo de peça. Quer dizer, tem todo um estudo dela por trás das escolhas. Por exemplo, para a saia Queen, ela usa o PU mais fininho para ter um caimento godê bem solto e fluido e com mais elasticidade, pra peça ficar certinha no corpo na região do cós. Ela divide os PUs com texturas e gramaturas adequadas a cada peça, nos tops (peças com mais estrutura) e em calças (peças com mais resistência). Todos os PUs tem um tecido como base, é um material mais caro, mas garante ao cliente mais qualidade e durabilidade.

 Avesso da saia pra vocês verem o acabamento. A base em tecido, segundo Juliana,
torna o produto mais caro, mas garante conforto e qualidade.

Achei importante declarar isso aqui, pois muitos não tem conhecimento sobre o trabalho de um estilista. E com isso a Juliana se mostra super dedicada à estudar o material e qual deles fica melhor em cada peça pra garantir produtos de qualidade. É bom também pra gente avaliar como cada loja alternativa nacional investe em profissionalização. 


Por isso eu sempre digo que peça alternativa custa mais caro sim, pois são feitas em pouca quantidade e por empresas pequenas, mas isso não significa que por ser alternativo, deva ser "mal feito" ou com aparência "tosca". As marcas parceiras aqui do blog dão orgulho porque a gente sabe que tem pessoas por trás se esforçando pra oferecer o melhor que podem. 
Os spikes são aplicados manualmente no cós.

Por isso, é um prazer oferecer o cupom de desconto pra vocês pra que possam por si mesmos conhecer os produtos e avaliar. A Queen of the Angels é uma pequena empresa artesanal e vamos torcer pra que continue crescendo! Super aprovada!!




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1 de setembro de 2015

Dica de Loja: HauteXtreme

Hoje vim dar a dica de uma loja alternativa nacional que tem se destacado, a HauteXtreme!
Na primeira olhada no site eu senti uma coisa meio "chic" mas ao mesmo tempo rebelde e se isso aconteceu, creio que a loja conseguiu expressar muito bem a dualidade presente no nome: Haute (que seria a parte "chic") e Xtreme (que seria o rebelde).


Segundo o site, a marca é feita para mulheres urbanas independentes, com pé no streetwear e tem a intenção de criar peças únicas sem focar tanto em tendências. Como muitas lojas alternativas, a produção é própria, feita no Brasil e as peças são exclusivas. Os tamanhos vão do P até o tamanho GG e em alguns casos, até o G somente.


Acredito que quando a marca diz que não foca em tendências, ela se refere ao mainstream. Porque quando a gente pensa na moda alternativa atual - que tem suas próprias trends -,  percebo que a cada dia, existe a demanda para que as lojas nacionais estejam atualizadas com as trends alts do exterior. E nisso a HauteXtreme teve visão, já que o estilo Witchy, tão desejado por algumas meninas daqui, já tem peças inspiradas na loja.


Telas e transparências foram alt trend alert aqui no blog, assim como os chokers e símbolos ocultistas.

De certa forma a marca me lembrou a Black Milk que chama as clientes de "Sharkies". A HauteXtreme chama as suas clientes de "Hauties". Isso acontece por causa de uma identidade própria que é compartilhada ou admirada por seus consumidores. Quando você consome a marca, não consome apenas as roupas mas também o conceito.

Símbolos ocultistas estilizados em peças adaptadas ao nosso clima e com um toque rock n roll. Tanto a estética witchy inspired quanto a trend dos ombros de fora já passaram aqui pelo blog.


A primavera/verão tá chegando, e estas peças parecem ser bem apropriadas ao nosso climão. Pela descrição do site, o vestido mullet preto tem forro e isso é algo que considero um ponto positivo pois muitas marcas não colocam forro em suas saias ou vestidos. O forro sempre ajuda a não marcar tanto a peça no corpo, o que dá uma certa elegância. Já o vestido mullet "smoke" precisa de uma underwear discreta ou shortinho por baixo.



Haute e Xtreme: a saia delicada, lady like, ao lado de uma xadrez grunge com detalhes em spikes e a legging com estampa de Baphomet.



Sobre a coleção atual, acho interessante apontar que a dualidade do conceito acaba sendo o grande trunfo da marca, pois algumas peças não são apenas "diferentes", são peças usáveis em ambiente de trabalho e dependendo em algum evento mais arrumadinho. Reparem nas peças abaixo como elas tem um ar mais chique.
A blusa Alcina e a Veil podem ser usadas por cima de peças básicas (blusa + calça) pra incrementar o visual "emprego"; já a Celine Blue não precisa de nada, vai pro trabalho tranquilamente.


O short mesmo sendo curto, por causa da estampa, passa uma sofisticação. E tanto a saia Dollface quanto a calça Black Dahlia seguem este conceito também.


E que tal a caneca personalizada da loja? A caneca Black and Hot é de porcelana Oxford. Além dela, destaco - pra essa linha mais "haute" - os colares Necrologie (que tem um toque bizantino) e o Geodesic...


... já na linha "Xtreme" todos os chokers são com material sintético e feitos à mão um por um, artesanais!


Peças Recebidas 
Há um tempo atrás recebi umas peças da marca.
Pacote e cartinha muito carinhosa que recebi da Lari, a proprietária da marca ♥


Cada peça veio num saquinho com o nome e logo da marca com um plástico que podemos ver o conteúdo, super bem acabado. As peças podem ser guardadas depois nestes sacos ou dá pra reutilizar numa viagem, por exemplo.


Além da caneca, as outras duas peças são: a blusa Destroyed  e o choker 3 spikes.


Sobre a blusa Destroyed: o que fez eu me interessar por ela foi o toque punk, além de ser uma peça que vejo inúmeras possibilidades de combinações. Como o inverno está no fim, minha intenção era ter uma peça que pegasse o período de trocas de estação (frio-calor-frio) e que fosse fácil de carregar (basta dobrar e ela fica pequenininha) quando eu tirasse. 


Como ela é de tecido sintético fiquei com medo de pinicar como já aconteceu com peças que comprei de lojas de departamento, mas não!! É super confortável e esquenta no grau suficiente pro nosso frio meia boca. O desfiado é feito à mão, o que torna uma peça levemente diferente da outra. 
É uma peça aparentemente simples, mas com estilo e versatilidade. Quanto ao acabamento, nada a reclamar, é super bem feita!


Enquanto a caneca Black and Hot é de porcelana Oxford, esta que recebi é mais simples, mas igualmente bem feita. Já o choker 3 spikes é meu novo queridinho ♥ Ele veio num saquinho próprio pra ser armazenado. É feio à mão em material sintético que lembra couro, tem uma textura muito macia e 3 spikes de tamanho médio frontais e dois ilhóses. O fechamento é algo que vale ser citado pois tem 4 opções de tamanho. Na foto abaixo, à direita, uma amostra da barra da blusa e seus detalhes desfiados.


Lembram quando disse que as marcas alternativas nacionais estão chegando num patamar de identidade e qualidade no mesmo nível que algumas grifes do mainstream? Então... esse é mais um exemplo de loja brasileira que nos orgulha e está recomendadíssima!
Produtos feitos no Brasil, alguns de modo artesanal, saquinhos de armazenamento, coleções exclusivas... vamos valorizar nossos jovens empresários que estão ajudando a Moda Alt se profissionalizar por aqui! 

Espero que tenham gostado e não deixem de dizer se já compraram na loja ou se tem alguma peça preferida de lá! :D


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