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26 de maio de 2018

Psychobilly: a história e o estilo da Subcultura

Em janeiro deste ano começamos uma nova forma de produção de conteúdo em nosso Instagram. Decidimos aproveitar o formato dos "Stories" para contar histórias de subculturas e moda alternativa. Você pode conferir algumas delas (assim como cupons de desconto) fixadas em nosso perfil.

Quando fizemos esse formato pela primeira vez no começo do ano, vários seguidores sugeriram que contássemos a história do Psychobilly, subcultura que tem despertado muito interesse na cena alternativa nacional. Postamos no Instagram a história de forma bem sucinta pouco mais de um mês atrás e assim como ocorreu nas outras vezes (caso do Roller Derby e dos Skinheads), chegou a hora de postar também no blog, afinal não são todos os seguidores que possuem aquela rede social.

Ah e o 
maravilhoso desenho que encerra a postagem foi feita exclusivamente para o post pelo nosso parceiro Ed Karvalho, o @edart86 (sigam!).



Breve História

Psychobilly é uma subcultura musical surgida no começo da década de 1980. Como várias outras culturas alternativas, surgiu dentro de um contexto histórico/social específico. É comum que resumidamente se diga que o psycho é uma mistura de rockabilly com punk. Mas como surgiu?

Na década de 1970 nos Estado Unidos, houve um interesse em massa pela rebelião do rock´n´roll dos anos 1950, ocorria a idealização do período, uma romantização, algo parecido com o que ocorre hoje na cultura retrô e vintage. Três programas de TV com personagens Rockabillies se destacaram América entre 1974 e 1984. Um reflexo desse interesse se revelaria no filme Grease (Nos tempos da Brilhantina, 1978), cheio de clichés como hot-rod racing (corrida de carros dos anos 1920 a 40 modificados), rock´n´roll e topetes. O filme fez com  que a imagem dos Rockers deixasse de chocar a sociedade, foi como se a imagem "bad boy" tivesse sido amenizada a ponto de se tornar aceita pela maioria das pessoas. Ao mesmo tempo, a sociedade tinha as ruas tomada por uma nova cultura juvenil: os punks!

Nesta atmosfera, o álbum "In Heaven" é lançado em 1981 pela banda The Meteors, sendo considerada a banda que recebeu duas nomenclaturas, tanto como Rockabilly quanto Punk se tornando definitivamente uma banda Psychobilly. O álbum possuía as características que definiriam o gênero, um cruzamento entre rockabilly e o punk inicial com letras que continham elementos de terror e ficção cientifica, temáticas adoradas por seus membros!



O Psychobilly torna a sonoridade do rock´n´roll cinquentista frenética. Foi no Klubfoot em Londres, aberto em 1982, que firmou-se como uma subcultura musical e se espalhou pelo mundo. Deste período podemos destacar algumas bandas como The Meteors, Guanabatz, Sharks, Klingonz, Meantraitors, Stingrays, Skitzo e Batmobile. À medida que a cena se desenvolve mais bandas surgem, como Demented Are Go, Mad Sin, Godless Wicked Creeps, Nekromantix, Los Gatos Locos e Torment. Com o passar da década ocorre a adesão e mistura de outras sonoridades como hardcore, blues, jazz, ska... podemos dar como exemplo Koffin Kats, Tiger Army, Zombie Ghost Train, Catalépticos, Astro Zombies, apenas para citar alguns. 


Demented Are Go! (Foto: Dirk 'The Pixeleye' Behlau)
The Horrorpops e Voodoo Zombie



Festivais Psychobilly
Talvez o mais famoso deles seja o Psychobilly Meeting que ocorre em Pineda de Mar na Espanha desde 1993. Este evento se realiza na praia unindo clima, diversão e horror no litoral. Uma ideia que poderíamos realizar quando estivermos dispostos a quebrar os clichés da brasilidade, subverter a ideia de "praia" da cultura dominante e se apropriar também deste espaço público já que aqui no Brasil a cena é super forte desde os anos 80. Temos o tradicional Psycho Carnival que acontece anualmente em Curitiba e bandas como a lendária Catalépticos e grandes destaques como As Diabatz e Sick Sick Sinners.




Estilo
Assim como muitas outras subculturas, o estilo se desenvolveu na medida em que novos produtos cosméticos e tecnologias têxteis foram surgindo. Atualmente se destaca pela estamparia.
O psychobilly explora a imagem dos anos 1950 e seus ícones: trouxeram a "estética Bettie Page", o burlesco, o tiki, assim como terror, tatuagens e fetichismo. As roupas misturam rockabilly com punk mas em cores fortes, sendo rosa cítrico, verde ácido, roxo vibrante muito comuns entre as garotas, além de animal prints, estampas sarcásticas de terror ou gore, macabras, com caveiras, caixões e pin-ups zumbis, como se o Halloween fosse todos os dias!
Penteados retrôs como victory rolls são bastante usados. É muito comum a presença de mechas coloridas ou mesmo descoloridas nas franjas e laterais dos cabelos. Os acessórios são os mesmos da cultura pin-up em geral: bandanas, flores... mas com aquele toque punk nas estampas e meias calças, além da chamativa maquiagem cat-eye.

Garotas: uma mistura de pin-up e punk!








Fonte @diamonddolll

Os rapazes usam calças jeans desbotadas no modelo anos 1950 com coturnos Dr. Martens ou creepers; jaquetas e coletes de couro ou em jeans adornado com muitos patches e bottons. Camisetas com estampas de horror e ficção científica. O xadrez também se destaca em camisas. Mas o traço mais marcante são os quiffs, topetes flat-top e imensos pompadours. Cortes em estilo militar com as laterais raspadas também marcam presença assim como moicanos.








Ah e não faltam em ambos os sexos tatuagens com temas de terror e ficção científica!

A loja Kreepsville666 foca neste subcultura que tem o estilo com base no horror e a gente tem cupom de desconto lá! Basta digitar "SUBCULTURAS" ao finalizar as compras.





Curiosidade:
Embora a banda The Cramps tenha usado o termo "psychobilly" para promover sua música em 1976, eles não se consideram uma banda psychobily de fato. Poison Ivy já declarou que eles não tocavam de forma super alta, rápida e nem possuíam toda a história visual que caracteriza o estilo. A origem oficial da subcultura em sua totalidade (musical/estética/comportamental) é creditada à banda The Meteors.


E você, curte Psychobilly?
Conta aí pra gente qual sua banda preferida!

Arte de Ed Karvalho exclusivamente para o blog! Sigam: @edart8






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Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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5 de maio de 2017

Roller-Zoku: Fotógrafo registra a subcultura japonesa que mistura Rock n´ Roll e Rockabilly

O fotógrafo Denny Renshaw cresceu na cidade americana de Jackson, berço do Rockabilly e recentemente lançou uma série de fotografias que retratam os Roller-Zoku, uma subcultura japonesa que tem como referências o Rock n´ Roll e do Rockabilly das décadas de 1950 e 1960.


Na década de 1970, as bandas Cools e Carol foram as pioneiras do Rockabilly no Japão liderando o revival musical do estilo: o neo rockabilly, que havia chegado ao país e foi aí que os Roller-Zoku tiveram início. Naquela época, as gravadoras japonesas não diferenciavam rock n´ roll e rockabilly, por isso a moda dos Roller-Zoku mistura características dos dois estilos. "Zoku" pode ser traduzido como "tribo" ou "clã".


Acadêmicos e o senso comum, enxergam subculturas como algo "para jovens" mas isso não ocorre com os  Roller-Zoku, nas gangs há a presença de membros de todas as idades.

 

A estética é uma mistura de rock n´ roll, rockabilly e motocicleta; tatuagens,correntes, spikes, jaquetas de couro e cabelos escuros com imensos pompadours são as características mais marcantes.


O grupo se reúne no Yoyogi Park, em Harajuku, distrito de Tóquio para dançar ao som de American Graffiti fazendo movimentos que incorporam rock n' roll e acrobacias que beiram o teatral, no local existe até uma estátua de bronze de Elvis Presley. Mas as gangs podem ser vistas por toda a cidade.


O fotógrafo relata que não foi fácil fotografá-los, eles não tem sites nem redes sociais sendo necessário um trabalho de busca que envolvia horas de caminhada pela cidade, visitando lojas de discos, shows e bares num processo que ocorreu em 5 semanas espalhadas ao longo dos anos de 2013 e 2015 que resultaram num set de fotografias em preto e branco que documentam os quase 40 anos de existencia da subcultura.


Lançado em 2009, o vídeo para a música "Nothing To Worry About", de Peter Bjorn registra os Roller-Zoku dançando no parque Yoyogi.


Veja também o post da exposição fotográfica Japanarchy, sobre a cena punk underground do Japão e o artigo sobre a decadência dos estilos alternativos em Harajuku culminando no fim da revista FRUiTS.




Fontes consultadas: 


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3 de abril de 2017

ROCKABILLY BRASIL: O primeiro registro em livro sobre a cena nacional

Escrito por Eduardo Molinar, Rockabilly Brasil é o primeiro registro em livro da cena Rockabilly nacional. Publicado de forma independente, é das poucas obras disponíveis sobre as subculturas brasileiras.

subcultura-rockabilly


Eduardo Molinar é um jornalista de apenas 22 anos que escuta rockabilly pelo menos desde os 8 anos de idade. Por muitos anos usou o estilo sem saber que aquilo era rockabilly, até que descobriu que existia toda uma subcultura. De um rockabilly solitário no interior do Rio Grande do Sul viu que existia mais um monte de gente como ele no Brasil todo, e decidiu escrever o livro ao perceber a falta de registros oficiais sobre a cena nacional.


"Mas afinal, o que é Rockabilly?" 
Esta é uma das perguntas que Eduardo mais ouviu na vida especialmente quando contava a alguém que estava escrevendo um livro sobre o tema. Segundo ele, a forma mais fácil de fazer os leigos entenderem é citar Elvis Presley, afinal todos conhecem o Rei do Rock, que é um dos responsáveis pelo surgimento do primeiro subgênero do Rock n Roll.

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"Se você quer ter uma conexão com o movimento Rockabilly, não digo que precisa falar bem, mas não pode falar mal do Elvis"
- Rick n roll

O livro tem linguagem super acessível, não sendo necessário ter conhecimento prévio sobre a subcultura. Começa com uma introdução com a história do Rockabilly na Inglaterra e Estados Unidos, explicando o surgimento do som, da nomenclatura e citando artistas pioneiros como Eddie Cochran, Gene Vincent, Carl Perkins, Buddy Holly e Billy Fury, abordando desde seus primórdios em meados da década de 1950, a sobrevivência do estilo no underground nos anos de 1960 para tomar novo fôlego a partir do fim da década de 1970 com um revival do estilo, o Neo Rockabilly, que trazia bandas como Stray Cats, Polecats, Levi and the Rockats e a mistura sonora de punk com rockabilly.  Daí parte-se para 19 capítulos sobre os pioneiros no rockabilly no Brasil e quem fez parte da cena até os dias de hoje. Nestes capítulos unem-se depoimentos dados exclusivamente para Eduardo Molinar e fotos de época cedidas pelos entrevistados.


subcultura-rockabilly


Quem hoje tem a faixa de 20 anos, ao ler o livro pode ter a experiência de saber como era ser parte de uma subcultura ou de um movimento alternativo numa era pré internet. A dificuldade que havia para conseguir escutar um som, ter um lugar para se divertir e encontrar pessoas semelhantes. Passa-se a compreender do porquê de algumas brigas, gangues e a interação dos rockabillies com outros grupos do underground brasileiro como punks, carecas, góticos e headbangers. Imagine uma época em que novos grupos surgiam e você não fazia a mínima ideia de quem eles eram, uma época em que as informações eram precárias, seria normal rolar um pouco de receio sobre o outro, não é?



O livro é um documento muito importante não apenas sobre a subcultura mas também sobre uma época e suas pessoas. A facilidade que temos hoje de acesso à informação e de interação com semelhantes é imensa, muitos de nós não fazemos ideia do que o pessoal "das antigas" passou pra manter uma subcultura viva, quando vemos que houve muita luta e resistência para que hoje tais cenas ainda se mantivessem ativas, nos faz pensar o quanto devemos ser gratos pelo esforço que aquele pessoal fazia. Dentre estas pessoas, está Eddy Teddy, o primeiro a articular o movimento Rockabilly no Brasil com sua banda Coke Luxe e a fundação do Clube Rockabilly, um local para escutar o som, se reunir e encontrar discos. Há também Eric Von Zipper pertencente à uma das gangues, a Ratz, um dos pioneiros na organização de festas.

Flyer de festa do Rock n Roll Clube do Brasil

O foco é na cidade de São Paulo, onde a cena nacional melhor se desenvolveu  especialmente nas décadas de 1980 e 90, quando havia muito interesse da mídia em retratar estes jovens que se reuniam em clubes como Hoellish, na Praça Roosevelt. Molinar relembra pessoas como Brando, que tinha esta apelido por andar igual ao ator Marlon Brando; o lendáro Johnny Luva, um "ícone do Rockabilly" sempre bem vestido e de topete; assim como  Jeff Billy  do motoclube Molambos e Ivan Tupello do Clube do Rock 1957 em São Caetano. Aliás, a rivalidade histórica de São Paulo com a Grande ABC também tem espaço, Rick n Roll, por exemplo é um dos protagonistas no movimento Rocker no ABC, o subúrbio operário onde surgiu diversas bandas de punk rock favoreceu o surgimento do rockabilly. Rick foi o famoso criador do Campeonato de Topetes em 1988, mesmo ano da novela da Globo chamada Bambolê que trouxe um personagem Rocker. Como habitual, a grande mídia não soube retratar corretamente a subcultura e isso é um ponto muito bem abordado ao longo do livro.

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Interesse da mídia pelo grupo: Matéria na revista Manchete em 1991 / Reprodução

Várias gangues ajudaram a manter firme o estilo no Brasil, como a Ases do Rock´n´Roll, a The Rebels 50´s... é complicado julgar a existência de gangues, pois além de aquela época ser um período de pouca informação, o que podia gerar brigas de rua, por outro lado é por causa das gangues que houve união e resistência no underground. Yé da Gang The Dogs 1954, por exemplo é um dos rockers mais respeitados por punks, góticos e carecas.

Para mim, pra você ser um rocker tem que gostar do visual, da música, dos carros, da decoração... é um conjunto de elementos. Dizer que é rocker é fácil, ser é outra coisa."
- Manero, da gangue The Rebels 50s.

As gangues de meninas também tem seu espaço, é bem legar ver como elas se vestiam e se comportavam com muita atitude junto aos meninos. O livro não esquece do surgimento das recentes pin-ups, como Angie Honeyburst que participou do concurso de Pin-ups do Viva Las Vegas.

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Revista Manchete, 1991 / Reprodução
À esquerda, Angie Honeyburst e à direita Carta do Clube do Rock 1957 à Rede Globo

Pra quem quer começar a ouvir ou conhecer rockabilly, o legal é que ao longo de todo o livro são citados bandas e artistas, assim como filmes, bares, festivais nacionais como o Rockerama Festival e o Big River Festival. Também cita pontos de encontro como a  Barbearia 9 de Julho, de Anderson Nápoles que cansado de ter seu cabelo cortado errado, decidiu oferecer este serviço, afinal barbearias sempre foram locais cultuados pela subcultura e  nada melhor do que um rocker ter o cabelo cortado por outro rocker, assim nada pode dar errado no topete! 


E depois de tanta história, vem uma finalização maravilhosa que se compõe de 36 páginas de fotos e imagens de jornais e revistas sobre a cena! Muitos relatos ficaram fora do livro, mas o autor garante que este não é seu último livro sobre Rockabilly, é apenas o primeiro!

Embora o rockabilly seja muito inspirado no passado, a subcultura acompanha a passagem do tempo, adaptando roupas e estilo de vida ao mundo atual, observamos isso quando vemos as misturas sonoras com outros estilos musicais.


Como adquirir?
Por ser uma publicação independente a forma de adquiri-la é através do próprio autor, Eduardo Molinar, para isso acesse a página Rockabilly Brasil no Facebook e entre em contato para pedir seu exemplar.

Se você já leu o livro, nos conte o que achou!




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Pedimos que fiquem cientes dos direitos autorais:
Artigo das autoras do Moda de Subculturas.
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