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22 de setembro de 2018

I don't give a damn about my bad reputation: os 60 anos de Joan Jett!

"Eu venho de um lugar onde o Rock n' Roll significa algo. Significa mais do que música, mais do que moda, mais do que uma boa pose. É a língua de uma subcultura que tem sido feita por todos os jovens que a seguem. É uma subcultura de integridade, rebelião, frustração, alienação, e a cola que define várias gerações livres da sociedade antinatural e auto supressão. Rock n' Roll é político, é uma maneira significativa de expressar dissidência, perturbar o status quo, agitar revolução e lutar pelos direitos humanos. Você acha que estou fazendo isso soar mais importante e você está crítico e é isso, é somente o rock n' roll, certo? Rock n' Roll é uma ideia e um ideal. Às vezes, porque nós amamos a música e fazemos música, esquecemos do impacto político que há nas pessoas ao redor do mundo. Existem Pussy Riots, onde quer que haja agitação política, nos tornamos tão condicionados em medir nosso impacto musical apenas em sinais de dólares que nos esquecemos o que realmente é: a música! Emoção, expressão. Dando voz àqueles que não estão satisfeitos em se encaixar em qualquer caixa que lhes foi dado. A ética do rock n´roll está em toda minha vida e sou agradecida à todas as pessoas ao longo do caminho que me deixaram ser eu."
O trecho acima foi retirado do discurso de Joan Jett na sua indução ao Rock N' Roll Hall of Fame de 2015, e revela muito como foi a trajetória musical na vida da artista. O amor pela música construiu-se supercedo e logo saberia que os palcos era onde sempre queria estar.

Photo by Brad Elterman.

Joan Marie Larkin nasceu em 22 de Setembro de 1958, na Filadélfia, Pensilvânia. Vinda de uma família que acreditava na liberdade do ser humano, como a própria enfatizaria em entrevistas, aos 13 anos ganharia de Natal uma guitarra pedida aos pais. Influenciada por nomes  à la Black Sabbath, The Osmond Brothers, T.Rex, o instrumento seria sua porta de entrada no Rock. Morando em Los Angeles, aos 15 anos se reúne com a baterista Sandy West, pegava quatro ônibus para se reunir até sua casa e compor algumas músicas por telefone junto com o produtor Kim Fowley. Assim nasce The Runaways, no dia 05 de Agosto de 1975. A formação vai crescendo com a entrada de Lita Ford, Micki Steele e Cherie Currie. Elas lançam a música "Cherry Bomb" que estoura dando enorme visibilidade, principalmente pelo fato de ser uma banda só de mulheres, ou melhor, meninas, já que nem tinham 20 anos.


Micki Steele sai e entra Jackie Fox, dando origem à formação clássica da banda. O sucesso repentino causa um enorme impacto nas meninas, um turbilhão de emoções, principalmente com o abuso de drogas de Cherie Currie. Elas entram em turnê pelo mundo, inclusive com apresentações históricas no Japão. Sobre essa fase, Joan diz que queria performar em uma banda só de garotas porque não haviam outras na época. "Eu quero tocar numa banda que tenha outras garotas lá fora que como eu queira fazer a mesma coisa", conta em entrevistas. 


Logo cedo descobriria que ser mulher no Rock tinha duros percalços, só que não com a mesma justificativa de que certos homens usam ao dizer que somente as avaliam pelo talento musical. Joan revela sobre o abuso dos homens na música e que jamais imaginou que teria problemas, pois o Rock significava liberdade para ela. "Mas eu estava tremendamente enganada. As pessoas nos chamavam de nomes que utilizam para diminuir uma mulher, como 'vadia' e 'sapatão'. Eu realmente não entendia da onde vinha aquele ódio", indagação que se faz até hoje. "Não havia suporte para meninas tocarem Rock. A plateia era formada por homens e as poucas mulheres que frequentavam eram namoradas".

No auge da briga entre Punk e Metal, 
a diferença de estilos musicais e visuais entre Joan Jett e Lita Ford.

Entre os altos e baixos que The Runaways passou nos poucos anos de duração, passando por modificações de integrantes, polêmicas na imprensa, a banda termina e Joan parte para carreira solo. É apresentada a Kerry Laguna que topa administrá-la, mas decepções viriam adiante. Com repertório em mãos para gravar um álbum, Joan é rejeitada por 23 gravadoras, de pequenas a grandes. "Não tem material aqui, você não consegue cantar, esquece a guitarra", diziam. Então decidem juntos montar uma gravadora e é aí que vem a BlackHeart Records, da qual conseguem lançar o primeiro álbum "Bad Reputation" entre 1980 e 81. O disco faz enorme sucesso, com 4 hits, sendo a primeira 'I Love Rock N' Roll'. Além dele, 'Crimson and Clover', 'Bad Reputation' e 'Do You Wanna Touch' complementam a vitória comercial no mainstream.

Durante o clipe 'Bad Reputation', aparecem frases críticas que envolveram a sua carreira musical.


Dali por diante Joan segue com a banda e a gravadora marcando seu nome na história do rock, algo que sempre sonhou. "Eu quero um tipo de fama concreta, como quando escrevem um livro definitivo sobre a história do rock n' roll. Eu quero ter meu nome lá, defendendo uma causa, sendo umas das primeiras mulheres a tocar rock n' roll de verdade e ter esse espírito". É visível como a carreira musical sempre foi seu foco, em entrevistas deixa bem claro o quanto tenta se cuidar para poder ter disposição em fazer turnês e assim prolongar sua vida nos palcos, lugar onde mais gosta de estar. "Dinheiro não é o que me move. Eu quero estar no palco tocando e fazendo as pessoas felizes"

Musa de movimentos como Riot Grrrls e das Mulheres Grunge.

Apesar da fama Joan sempre foi muito reservada na sua vida privada. Revelou quando jovem escolher a música do que formar uma família. Deve ser por isso que Kenny a descreveu como sendo a mesma pessoa tanto na vida pública quanto privada. Além da música, Jett também se aventurou nos cinemas, entre eles o filme 'Light of Day', onde contracena com o superastro da década de 1980, Michael J. Fox. Mas só foi em 2014, que consegue realizar um projeto antigo: uma coleção de roupas.


Joan Jett e a Moda

A relação da artista com a moda começaria cedo pelo seu estilo andrógeno, causando reações de imediato aos padrões da sociedade. "As pessoas sempre olham para mim e perguntam: por que você não se veste como uma garota? Por que não coloca um vestido ou por que não tem o cabelo de uma forma diferente? Tem uma imagem mais clara? Se eu pensar em como era no tempo quando pequena e adolescente, eu não era o tipo de pessoa que iria numa formatura, eu não colocaria um vestido de formatura por dinheiro algum, não mesmo. Isso é como posar nua para mim."

Imagens raras: usando biquíni e vestido.

No filme The Runaways, lançado em 2010, há uma cena maravilhosa onde Kristen Stewart, que interpreta Jett no longa, chega numa loja querendo comprar roupa. Ela se dirige a sessão masculina e logo é corrigida pela vendedora, mas rebate dizendo que está à procura das mesmas peças que um rapaz presente na loja está vestindo. Esse look era uma jaqueta perfecto, blusa e calça jeans, um visual biker adotado pela musicista e que hoje é sua marca registrada. 

-Hey, querida, você está olhando a sessão errada.
A sessão das mulheres é do outro lado.
- Eu quero o que ele está vestindo.

Em 2014, a marca Hot Topic convida Joan para montar uma coleção especial de 25 anos da empresa. Ambas já tinham tido desavenças pois a marca teria usado a logo da banda numa coleção sem autorização de Jett, que entraria com processo, mas parece que resolveram a situação e fizeram a parceria da qual a gente noticiou na época.


Para a coleção, Joan se juntou aos amigos Daang e Ray Goodman, donos da marca Tripp NY, que também faz as roupas da artista. "Tenho ouvido falar da Hot Topic por anos porque na estrada há pouco locais em certas áreas do país onde você pode encontrar roupas ao estilo rock n' roll", disse ao WWD. "Eu conheço muitos garotos que usam roupas femininas, especialmente em bandas de rock. Os caras gostam de usar roupas de meninas porque às vezes elas são mais elegantes e mais bonitas do que as roupas de garotos", revela.

Na década de 1980 provando que rosa também é rock!
Usando o inseparável converse all star.

Na mesma entrevista, quando perguntam para descrever sua própria estética, fala: "É difícil colocar palavras em seu próprio eu. Parece meio clichê em dizer, mas minimalista, rock n' roll, nervoso e sombrio se aplicam ao meus estilo andrógeno porque não tenho um monte de curvas"


Camiseta dos Sex Pistols customizada por ela.
Photo by Bob Gruen.
Photo by Brad Elterman.
Joan e Gaye Advert, 1977.

É muito legal ver uma artista como Joan se envolvendo com um projeto de moda, mostra que ela reconhece a importância que o visual tem nas culturas juvenis junto com a música e todo o aspecto comportamental de uma subcultura. 

Além de completar 60 anos em 2018, há mais um reconhecimento na carreira de Joan: o lançamento de um documentário contando sua trajetória! 'Bad Reputation' é um importante registro no legado de uma mulher na história do rock. Também é uma fonte de inspiração às futuras Rockstars que estão galgando sua carreira musical e uma esperança a todas nós que acreditamos na força do 'faça-você-mesma' e colocamos projetos independentes para funcionar.




Happy fucking birthday, Joan Jett!


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Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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29 de setembro de 2016

Kate Moss usando peças da SEX e da Let it Rock (lojas Punks de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren)

Em editorial de comemoração aos 25 anos da revista Dazed & Confused, Kate Moss veste roupas das lojas Punks de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren, a SEX e a Let it Rock [veja nosso post sobre as lojas aqui]!

Fiquei muito feliz com o timing, pois acabei de postar sobre as lojas e uma super modelo e uma super publicação aparecem usando as famosas peças que entraram pra história da moda! Assim podemos todos nós ver as roupas punks daquele período sendo usada nos dias de hoje! E não é que são atemporais?

Sendo a maioria das peças da época, podemos ver a estética punk inglesa em seus primórdios. Hoje ao olhar as fotos, aparentam ser looks suaves ou "normais", mas precisamos colocar nossa mente lá no fim dos anos 1970 pra entender que eram visuais rebeldes e inovadores. As peças parecem ser "punk de boutique", e realmente são, pois a estética punk de Vivienne e Malcolm nasceu numa boutique. ;)

Ah, as peças vieram do acervo de um colecionador: Kim Jones, o diretor artístico da menswear da Louis Vuitton!
Atentem para o cat eye, típica maquiagem das meninas punks, em versão atualizada

Minha foto preferida: ela veste a blusa Venus [que citei no post] da Let it Rock
com saia de couro da SEX. Não é incrível pensar que isso é o look punk inicial? :D

Novamente um top da Let it Rock e saia de couro da SEX. 
Notem a meia arrastão, as lojas do casal também vendiam este tipo de peça. 

Kate veste trench-coat Louis Vuitton, mas a saia e o sutiã são da SEX, observem os spikes na borda do sutiã! Pois é, até isso é punk inicial! E os scarpins também são da loja, as primeiras meninas punks usavam esse tipo de calçado. 

Foi bem legal escolherem a Kate pra esse editorial, ela é um ícone da moda britânica e a gente sabe da personalidade rebelde que ela tem! No look abaixo: sutiã, capa e saia, tudo da SEX.


E finalizando com essa foto que a Kate usa um suéter da Louis Vuitton que é praticamente no mesmo estilo dos que Vivienne criou para a Seditionaries e os calçados são da Vivienne também, no já citado post que fizemos, postei um calçado bem semelhante. Afinal, sandálias de salto com studs vestiam os pés das meninas punks da época.



Bom, esse com certeza, pelo valor histórico, já é um de meus editoriais favoritos de todos os tempos! Eu tô praticamente chorando de emoção! Não é todo dia que podemos ver as peças punks originais de Vivienne  e Malcolm estampadas em revistas. Vida longa à estética punk! ♥


Vídeo com a história das lojas:


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13 de julho de 2016

Queen of the Angels: Coleção MoonNine + Cupom de Desconto

O Rock foi o estilo musical que me colocou dentro da cultura alternativa e moldou todo o meu lifestyle. Mas às vezes, visitando lojas alternativas, tenho a impressão que o rockwear está desaparecendo. Tudo agora é "muito gótico" e lógico, eu também amo gótico, mas às vezes sinto falta de ver aquela coisa mais roqueira: um visual que passa uma atitude desafiadora com "couro" e spikes mas que ao mesmo tempo seja elegante.
Eu fiquei bem feliz de ver essa nova coleção de inverno da Queen of the Angels que acabou de ser lançada. Ela está cheia de referências rock n roll mas com um estilo mais sofisticado e adulto.



Pra quem não conhece, a Queen of the Angels é uma loja alternativa que cria, fabrica as próprias peças e investe conceito de Slow Fashion, produzindo poucas peças de cada modelo, sem desperdício e com proximidade com o cliente.
É uma loja pequena mas com muito potencial, pois criam peças autorais desde o início! Temos que celebrar quando coleções autorais são prioridade ao invés de importações de baixa qualidade ou cópias e mais cópias de produtos de outras lojas. Claro que os preços acabam sendo um pouco mais altos pois, como estamos cansados de saber, os impostos em nosso país são altíssimos, por isso mesmo devemos respeito à quem luta pela moda alternativa nacional em meio à tantas dificuldades.


É muito legal ver um sonho embalado pelo rock n roll se realizando. A loja é parceira aqui do blog, o banner dela tá sempre ali na lateral direita e vocês podem clicar à vontade e como a gente sempre divulga no nosso Instagram:

 vocês tem 10% de desconto com o cupom SUBCULTURAS 
nas compras na loja!



Peço que se atentem que devido ao Slow Fashion, controle de desperdício e custo praticado pela empresa, as peças são feitas conforme a demanda. Por este motivo, após a confirmação do pagamento, existe o prazo de até 7 úteis dias para produção e envio. Sobre os tamanhos, vão do 36 ao 44, para tamanhos diferenciados (plus size ou petite) é só contatar a loja.


Depois da coleção inicial seguida da coleção cápsula unissex e uma linha Pop Art, mais colorida, a nova coleção se chama MoonNine. Para Juliana, proprietária da marca, é uma coleção especial, pois ela retorna às raízes e toma como inspiração a Lua, nas palavras dela: 


"A coleção é toda inspirada na linda e misteriosa Lua, máxima simbologia do poder feminino e da sensação de continuidade do espaço-tempo, com sua cíclica mudança de fases e todo o misticismo que a envolve. Cada uma das suas quatro fases possui suas características e derramam sobre nós uma diferente carga de energia, mas todas reafirmam sua capacidade de transformação. Para representar toda a beleza e glamour da Lua, a coleção traz detalhes e recortes em tons de prata. Inspirada em suas crateras e relevos, a coleção vem cheia de texturas, spikes e elementos vazados. Na fase Lua Nova a coleção traz peças intensas e criativas. A fase Lua Crescente ressalta a necessidade de transformação em suas peças. A Lua Cheia é saudada e celebrada pelos boêmios, românticos e adoradores do prazer e da celebração, inspira peças com energia de festa! Para encerrar esse ciclo temos a Lua Minguante, momento de calmaria e reflexão, traz aquelas peças que dão aconchego em nós mesmos."

Lindíssima calça com recorte que lembra renda

Na loja, as peças são descritas como couro sintético, uma forma fácil de explicar que não é couro natural. O material é na verdade P.U ou Poliuretano. Eu adoro! Tenho diversas peças neste material e agora pro inverno é uma ótima opção pra se manter quentinha! Além de, é claro, manter aquele arzão de roqueira e ser um tipo de material que causa impacto visual aonde quer que você vá.
Abaixo: top cropped (conheça a história da peça clicando aqui) adornado com zíper e calça flare.



 Kimono em crepe com franjas feitas manualmente

O vestido Queen tem 400 spikes bordados manualmente. Como outras peças a marca, tem forro, o que ajuda a manter a elegância.
Dica: armar com a saia de tule/filó


Jaqueta; Top, calça flare e kimono e na última foto, vestido com manga flare "rendada".
(clique pra aumentar)

E vocês, gostaram? 
Visitem a loja e aproveitem nosso desconto de 10% com o cupom SUBCULTURAS <3


O moletom cinza e detalhes em prata em peças super urbanas
celebram a "cor" associada à luz da lua.


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13 de abril de 2016

Dica: Opções de blusas com estampas irreverentes pra quem não usa só preto!

Não dá pra cair na besteira de pensar que moda alternativa se resume somente ao uso da cor preta. Diversas subculturas usam cores e vários segmentos da moda alternativa também. Ninguém é "menos alternativo" se não usar preto. O uso ou não de uma cor é escolha individual.

edward scissorhands guitarra

Pensando nisso e pensando no streetwear do dia a dia, hoje vim dar dicas de algumas blusas da loja Camiseteria que as estampas tem a ver com o mundo alternativo. A Camiseteria ficou conhecida por sua parceria com jovens ilustradores, sendo uma oportunidade para desenhistas e designers gráficos.
Se você curte desenhar e quer ter a oportunidade de ver uma criação sua estampada por eles e sendo vendida pelo site, acessem o link do concurso que explica detalhado como funciona, inclusive a porcentagem de dinheiro que você irá receber por venda de camiseta. Legal né? Pode ser uma forma profissional de você iniciar seu portfólio. O banner da loja tá ali na lateral do blog e sempre que quiserem acessar a loja e comprar algo, é só clicar nele.

Para fãs de Johnny Depp: Edward roqueiro e Chapeleiro Maluco.
edward mãos de tesoura - chapeleiro maluco


Para os fãs de Sex Pistols/Sid Vicious e fãs de Bowie
sid vicious - david bowie

Pra quem gosta de cultura pop: o monstro Frankenstein tatuado e com ar retrô, Mulher com gato e caveira e a Mulher Gato também desenhada de forma antiguinha e fazendo o símbolo do feminismo "We can do it" com um chicote na mão rsrs!
Lembrando que é possível escolher se a camiseta será masculina ou feminina e escolher o modelo dela (longa, gola V e regata).

frankenstein retrô - mulher e caveira - mulher gato retrô feminista

E por fim, quem curte um pouco de referência histórica da moda: garota vitoriana/burlesca e uma flapper (moças rebeldes e avançadas) dos anos 1920 com um pau de selfie, caindo também no conceito de retrofuturimo que abrange Dieselpunk e Steampunk.

vitoriana burlesca - flapper anos 20


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1 de setembro de 2015

Dica de Loja: HauteXtreme

Hoje vim dar a dica de uma loja alternativa nacional que tem se destacado, a HauteXtreme!
Na primeira olhada no site eu senti uma coisa meio "chic" mas ao mesmo tempo rebelde e se isso aconteceu, creio que a loja conseguiu expressar muito bem a dualidade presente no nome: Haute (que seria a parte "chic") e Xtreme (que seria o rebelde).


Segundo o site, a marca é feita para mulheres urbanas independentes, com pé no streetwear e tem a intenção de criar peças únicas sem focar tanto em tendências. Como muitas lojas alternativas, a produção é própria, feita no Brasil e as peças são exclusivas. Os tamanhos vão do P até o tamanho GG e em alguns casos, até o G somente.


Acredito que quando a marca diz que não foca em tendências, ela se refere ao mainstream. Porque quando a gente pensa na moda alternativa atual - que tem suas próprias trends -,  percebo que a cada dia, existe a demanda para que as lojas nacionais estejam atualizadas com as trends alts do exterior. E nisso a HauteXtreme teve visão, já que o estilo Witchy, tão desejado por algumas meninas daqui, já tem peças inspiradas na loja.


Telas e transparências foram alt trend alert aqui no blog, assim como os chokers e símbolos ocultistas.

De certa forma a marca me lembrou a Black Milk que chama as clientes de "Sharkies". A HauteXtreme chama as suas clientes de "Hauties". Isso acontece por causa de uma identidade própria que é compartilhada ou admirada por seus consumidores. Quando você consome a marca, não consome apenas as roupas mas também o conceito.

Símbolos ocultistas estilizados em peças adaptadas ao nosso clima e com um toque rock n roll. Tanto a estética witchy inspired quanto a trend dos ombros de fora já passaram aqui pelo blog.


A primavera/verão tá chegando, e estas peças parecem ser bem apropriadas ao nosso climão. Pela descrição do site, o vestido mullet preto tem forro e isso é algo que considero um ponto positivo pois muitas marcas não colocam forro em suas saias ou vestidos. O forro sempre ajuda a não marcar tanto a peça no corpo, o que dá uma certa elegância. Já o vestido mullet "smoke" precisa de uma underwear discreta ou shortinho por baixo.



Haute e Xtreme: a saia delicada, lady like, ao lado de uma xadrez grunge com detalhes em spikes e a legging com estampa de Baphomet.



Sobre a coleção atual, acho interessante apontar que a dualidade do conceito acaba sendo o grande trunfo da marca, pois algumas peças não são apenas "diferentes", são peças usáveis em ambiente de trabalho e dependendo em algum evento mais arrumadinho. Reparem nas peças abaixo como elas tem um ar mais chique.
A blusa Alcina e a Veil podem ser usadas por cima de peças básicas (blusa + calça) pra incrementar o visual "emprego"; já a Celine Blue não precisa de nada, vai pro trabalho tranquilamente.


O short mesmo sendo curto, por causa da estampa, passa uma sofisticação. E tanto a saia Dollface quanto a calça Black Dahlia seguem este conceito também.


E que tal a caneca personalizada da loja? A caneca Black and Hot é de porcelana Oxford. Além dela, destaco - pra essa linha mais "haute" - os colares Necrologie (que tem um toque bizantino) e o Geodesic...


... já na linha "Xtreme" todos os chokers são com material sintético e feitos à mão um por um, artesanais!


Peças Recebidas 
Há um tempo atrás recebi umas peças da marca.
Pacote e cartinha muito carinhosa que recebi da Lari, a proprietária da marca ♥


Cada peça veio num saquinho com o nome e logo da marca com um plástico que podemos ver o conteúdo, super bem acabado. As peças podem ser guardadas depois nestes sacos ou dá pra reutilizar numa viagem, por exemplo.


Além da caneca, as outras duas peças são: a blusa Destroyed  e o choker 3 spikes.


Sobre a blusa Destroyed: o que fez eu me interessar por ela foi o toque punk, além de ser uma peça que vejo inúmeras possibilidades de combinações. Como o inverno está no fim, minha intenção era ter uma peça que pegasse o período de trocas de estação (frio-calor-frio) e que fosse fácil de carregar (basta dobrar e ela fica pequenininha) quando eu tirasse. 


Como ela é de tecido sintético fiquei com medo de pinicar como já aconteceu com peças que comprei de lojas de departamento, mas não!! É super confortável e esquenta no grau suficiente pro nosso frio meia boca. O desfiado é feito à mão, o que torna uma peça levemente diferente da outra. 
É uma peça aparentemente simples, mas com estilo e versatilidade. Quanto ao acabamento, nada a reclamar, é super bem feita!


Enquanto a caneca Black and Hot é de porcelana Oxford, esta que recebi é mais simples, mas igualmente bem feita. Já o choker 3 spikes é meu novo queridinho ♥ Ele veio num saquinho próprio pra ser armazenado. É feio à mão em material sintético que lembra couro, tem uma textura muito macia e 3 spikes de tamanho médio frontais e dois ilhóses. O fechamento é algo que vale ser citado pois tem 4 opções de tamanho. Na foto abaixo, à direita, uma amostra da barra da blusa e seus detalhes desfiados.


Lembram quando disse que as marcas alternativas nacionais estão chegando num patamar de identidade e qualidade no mesmo nível que algumas grifes do mainstream? Então... esse é mais um exemplo de loja brasileira que nos orgulha e está recomendadíssima!
Produtos feitos no Brasil, alguns de modo artesanal, saquinhos de armazenamento, coleções exclusivas... vamos valorizar nossos jovens empresários que estão ajudando a Moda Alt se profissionalizar por aqui! 

Espero que tenham gostado e não deixem de dizer se já compraram na loja ou se tem alguma peça preferida de lá! :D


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