Destaques

9 de outubro de 2024

Chegamos ao fim de uma era! Aniversário: 15 anos de Moda de Subculturas

Hoje completam-se 15 anos do Moda de Subculturas e eu posso dizer com toda certeza que esse é o post final. 


Esse é o final de uma era, de uma época.


Não saiam daqui, não deixe de ler e reler. 


Há um novo caminho a percorrer. 


Imagem feita por IA para o Moda de Subculturas


Uma breve mensagem dos 15 anos de blog:

Nos últimos anos pensei muito no que subculturas, tribos urbanas e moda alternativa significavam e percebi como a geração atual, criada em telas, soa tão distante dos tempos em que andar em grupo ou conviver fisicamente com pessoas era o espaço de identificação, de criação estética e também de acolhimento.

Hoje, as estéticas das subculturas tradicionais permanecem firmes, um ou outro estilo de tribo urbana mais duradouro dá as caras, mas a maioria dos estilos que surgem na internet já não provocam o impacto social de subculturas e tribos anteriores. Na verdade, vários deles não promovem impacto algum.

Peguemos como exemplo o Scene, que foi pioneira subcultura surgida na internet mas que existia também fora dela. Os estilos atuais, por muitas vezes, existem apenas na internet. Várias pessoas o adotam, mas essas pessoas não tem contato entre si na vida real, cada uma está em seu espaço, cidade, país. Isoladas uma das outras em boa parte das vezes.

Há mais de uma década fui pioneira ao abordar no Brasil a cooptação da moda alternativa pelo mainstream e a relação entre estes dois mercados, já suspeitava que um dos resultados seria a amenização extrema dos estilos alternativos e da rebeldia e ousadia dos jovens. Foi isso mesmo que aconteceu: massificação e identidades alinhadas ao capitalismo com zero questionamento de opressões históricas.

Uma outra coisa que me chama a atenção na nova geração de meninas/jovens alternativas é o desinteresse em questionar a feminilidade. Tão presente em algumas subculturas/tribos anteriores. Qualquer tipo de questionamento gera incômodos no nível pessoal. Não compreendem que a crítica a feminilidade não é pessoal, e sim uma crítica à estrutura.

Imagem feita por IA para o Moda de Subculturas

Jovens com potencial de rebeldia crítica - mesmo que de forma ainda superficial, não decidem ir para as subculturas tradicionais críticas ao sistema, acabam caindo no grande guarda-chuvas Queer. Esses jovens possuem um comportamento e estilo característico, mas por algum outro motivo ainda em estudo, é muito difícil conversar com esse grupo, pois tudo que contraria a ideologia cai em "opressão", "preconceito", "branco opressor", "fascista", "negacionista", "conservador", acusações rasas e na maioria das vezes sem historicidade alguma. São apenas frases de impacto. Se tornou de tal forma agressivamente ideológico que esses jovens, ainda em maturação, não conseguem lidar com o contraditório - algo que outras subculturas e tribos se viravam bem e encontravam saídas criativas, menos acusatórias, menos vitimistas e combativas não por via da agressividade mas por via de proposições.

Para além disso, tivemos nos stories do Instagram aquela conversa sobre moda alternativa em que usei um ótimo post da loja Reversa como referência. Não descarto escrever sobre os comentários interessantíssimo daquela postagem da Reversa como postagem final desta era.

Outra coisa: vocês devem ter notado que algumas páginas do blog estão quebradas. Caso isso aconteça usem a lupa aqui do blog ou escrevam no google: "moda de subculturas + o assunto que você procura", certeza que encontrará o post que busca.

E por fim, gostaria de lembrar que temos dois zines à venda no site Hotmart. Eles são zines impressos vem com dois marcadores de páginas como brinde e serão entregues na sua casa. Se você gosta do conteúdo produzido aqui considere adquirir - já conversamos sobre isso nos stories do Instagram, lembram?


Me despeço por aqui. Ainda tenho muito a dizer mas me questiono quem ainda está disposto a ler nesta era de poucos caracteres e informações mastigadas.

Assinado: Sana


Links no Hotmart: 






Quer saber mais sobre cada um dos zines? Clica AQUI


Acompanhe nossas mídias sociais: 



Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
A imagem de aniversário foi feita por IA. A curadoria e as montagens de imagens são feitas pelas autoras baseadas no contexto dos textos. Clique aqui e leia o tópico "Sobre o Conteúdo" nos Termos de Uso do blog para ficar ciente do uso correto deste site. 

24 de agosto de 2024

Receba em casa os zines impressos do Moda de Subculturas!

Se você tem interesse em receber na sua casa os zines impressos do Moda de Subculturas, este é o momento. Estou com as algumas unidades disponíveis para compra através da plataforma Hotmart.

A intenção é vendê-los para financiar meu trabalho de produção intelectual de novos zines. Portanto, se você gosta do conteúdo produzido aqui considere me auxiliar no processo de criação.


Boneca de vestir do zine Moda de Subculturas


Links no Hotmart: 



Dark Pin-ups [clique aqui]


Kit com Riot Grrrls + Dark Pin-ups [clique aqui]

TODAS as opções de zines acompanham dois marcadores de páginas exclusivos!








Quer saber mais sobre cada um dos zines? Clica AQUI


Acompanhe nossas mídias sociais: 

Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas. A curadoria e as montagens de imagens são feitas pelas autoras baseadas no contexto dos textos. Clique aqui e leia o tópico "Sobre o Conteúdo" nos Termos de Uso do blog para ficar ciente do uso correto deste site. 

12 de agosto de 2024

A história e o estilo da subcultura Emo (Emocore)

Em algum momento de 1980, o Emo apareceu nos Estados Unidos. "Emo" é geralmente uma abreviação de "Emotional Hardcore", relativo às emoções apresentadas nas músicas do Punk Hardcore que continham sensibilidade e rejeição à violência tão comum nas letras punks.



* Este post é resultado da campanha do Apoia-se. A campanha visava um post longo e completo sobre uma subcultura. Como a meta não foi 100% atingida, o post será curto e objetivo sem a análise de moda, sem informações sobre a influencia do estilo no mainstream e vice-versa (nossos diferenciais de análise), sem informações extras e curiosidades. 


Origem musical

A origem mais antiga do Emo, está na figura de Ian MacKaye da banda Minor Threat (1980-1983), a banda que popularizou a também subcultura "straight edge" formada por punks que rejeitavam drogas e álcool. MacKaye diz que nunca intencionou começar um movimento e considerava a ideia de "ter criado o Emo" a "coisa mais estúpida" que alguém já teria dito. Mas a sonoridade já estava presente na sua gravadora Dischorded, que dentre outras bandas lançou a Rites of Spring (que depois formaria a Fugazi), que foi considerada pioneira banda Emo, combinando a velocidade do punk com vocais que buscavam sentido na vida, a banda se recusava a dar entrevistas e vender merchandise.


Durante a década de 1980, o Emo/Emocore era apenas um termo novo que circulava como tantos outros. Foi apenas no final da década de 1990 que o Emo começa a se tornar uma subcultura de fato e no fim da década um movimento. Em 1997, a Deep Elm Records lançou The Emo Diaries, uma compilação que consolidaria o Emo como um subestilo indie. O primeiro ídolo emo foi Blake Schwarzenbach da banda Jawbreaker, cujas letras saíram direto de seu diário, mesma fórmula de Alkaline Trio. Em 2001, o álbum Bleed American de Jimmy Eat World é o que transformaria o Emo numa subcultura em nível mundial. Outras bandas seriam: New Found Glory, Dashboard Confessional, My Chemical Romance, embora o vocalista Gerard Way refutasse esse titulo e considerasse emo "um lixo", Get up Kids e Fall out Boy... todas essas bandas tornariam o Emo um fenômeno mundial em 2003.


O contraste entre raiva e sentimentalismo se tornaria a marca do Emo, afinal, a cena de hardcore punk de Washington DC era super masculinista. Tendo como base o Hardcore com letras mais intelectualizadas, introspectivas e emotivas, explorando temas como rejeição e alienação, isso atingiu uma grande audiência entre adolescentes que passavam pelo processo de amadurecimento emocional, a complexidade da puberdade e as expectativas de se tornar adultos. 


Os jovens emos não tinham receio de mostrar suas fragilidades, o que para muitos punks, "não era punk de fato". A musica era a forma de interpretar seus problemas em casa ou na escola. Outra característica do Emo, é ter sido a geração que participou da transição analógica para digital, se comunicavam por chats como ICQ, redes sociais como Orkut, MySpace, Fotolog e mais tarde, Facebook. Além das conversas também trocavam músicas online. 



A presença na internet criava identidades online, era muito comum que os emos não usassem seu nomes verdadeiros mas apelidos. As comunidades online eram espaços que podiam expressar seus sentimentos de forma segura.




Algumas mídias consideram o Emo a última subcultura tradicional pois desde então teria surgido outro movimento jovem com características distintas que atingiu e se espalhou de forma global e impactou os jovens de forma significativa.


O Estilo

O estilo Emo é uma mistura de Preepy Punk e Geek Chic. E tinha como principais peças:


- Calça Jeans/de brim preta super justa com cintura baixa (no início eram calças femininas) ou levemente largas, no estilo skatista, menos comum;

- Baby looks ou blusas justas com estampa de bandas, com caveiras, estrelas;
- Blusas pólo justas (referência preepy);
- Cabelos tingidos de preto ou com mechas coloridas. O estilo clássico era um cabelo de corte assimétrico, em camadas, de altura média, alisado com uma franja na lateral cobrindo um dos olhos;





- Gravatas em cima de camisetas;
- Tênis (especialmente All Star/Converse) e Vans;
- Piercings  e tatuagens (muito comum a tatuagem de estrela). A estrela também se tornaria a principal estampa da subcultura;


 



- Detalhes das estampas com cores vibrantes; 
- Moletons;
- Óculos ao estilo Buddy Holly;

 


- Maquiagem preta nos olhos - que geraria comparações com os góticos.
- Esmaltes de unha pretos;


  

- Cintos de tachas e correntes;
- Xadrez, listras, estampa de onça;




- Munhequeiras;
- Bolsa de carteiro;
- Androginia.


 


As meninas emo rejeitavam saltos altos e botas com plataformas, preferindo tênis. 
Tanto elas quanto os meninos usavam sombras coloridas nos olhos.

Embora não fosse de fato emo, a estreia de Avril Lavigne em 2002, usando um estilo de garota do skate com calças largas, baby looks, gravata, munhequeira ou luvas listradas, tênis e maquiagem preta nos olhos demonstrava a expansão dessa estética no pop punk e pop rock mainstream.



A tão presente cor preta no vestuário vinha das letras sombrias no sentido de expressar as emoções mais profundas e obscuras. As peças xadrezes vieram do punk. 


No Brasil, a cena Emo emerge no fim da década de 1990, vinda da subcultura Straight Edge. Os jovens emos não raro se encontravam em shopping centers, visto que na década de 2000, lojas alternativas abriram nestes locais, em São Paulo, a Galeria do Rock era um ponto de encontro também embora houvesse um sentimento anti-emo dos punks e skinheads e casos de hostilidade e violência foram registrados. 

O uso de maquiagem pelos garotos emos, gerou em diversos lugares o preconceito gerando ataques homofóbicos. Como vocês bem sabem, a homofobia tem base na misoginia (ódio à mulher), pois os rapazes emos eram considerados pelos punks masculinistas "feminilizados", "maricas", usavam "coisas de mulher", revelando a posição anti-homossexualidade masculina e anti-feminino nestes discursos.

O Emo existiu paralelamente ao Scene/ From UK [ leia post sobre eles aqui] e chegaram a compartilhar alguns elementos estéticos. O Scene era mais interessado em impacto estético que os Emos, sem tanta cor preta. 


É claro que o estilo emo chegou ao mainstream e à marcas de moda, infelizmente esse post não abordará essa perspectiva. Você sabe dizer quais elementos dominaram a moda mainstream? Diz nos comentários!


Reportagem do Fantástico. Isso mesmo, do domingo à noite familiar, uma amostra do nível de popularidade que o estilo teve.

   


Acompanhe nossas mídias sociais: 

Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana e Lauren (entre em contato por email ou DM no Instagram para nossos sobrenomes completos). 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o texto do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.
Clique aqui e leia o tópico "Sobre o Conteúdo" nos Termos de Uso do blog para ficar ciente do uso correto deste site. 

11 de agosto de 2024

Feminismo para mulheres alternativas (dicas de livros!)

Já tem um tempo que as seguidoras do nosso  Instagram se interessam pela abordagem feminista dos nossos assuntos.
Recentemente, numa pesquisa sobre qual poderia ser o tema de nosso próximo zine, "Feminismo e História das Mulheres" apareceram repetidamente como sugestões. Qualquer zine seria incapaz de informar a complexidade destes temas, então tomei a iniciativa de indicar livros que abordam o assunto que são muito melhores que qualquer coisa que eu possa escrever sobre!

Discordo dos que dizem que "livro é elitista" ou que livro deixaria as pessoas arrogantes. Isso é só pra afastar pessoas da leitura.

Que merda que pessoas da esquerda acreditam e reproduzem essa falácia  e que frases como "vai ler um livro" são usadas como forma agressiva e discriminatória. Não pode ser assim! Ler livros é realmente algo que expande o pensamento, a questão é: quais livros? 

Existem discursos prontos reproduzidos de forma acrítica que colocam o conhecimento como algo que deve apenas ser restrito a quem tem poder aquisitivo.

Não acredite nestes discursos. 

Existem formas de ter acesso a livros, o primeiro deles é de graça: empréstimo.
Basta você se cadastrar numa biblioteca pública. 

Se você é estudante sua escola ou universidade deve ter uma biblioteca, faça uso dela!

Eu estou neste momento com 14 livros emprestados de duas bibliotecas públicas. 

Posso ir mais longe e afirmar que hoje muitos livros estão disponíveis gratuitamente na internet. Sendo possível lê-los no seu notebook, kindle (e afins) e até mesmo no celular. 

Tirem suas conclusões a respeito dessa frase que usam o "elitismo" só pra afastar as pessoas do conhecimento. Quem se beneficia disso? Não acredite em nada que te afaste da leitura! Não acredite em nada que faça as pessoas se afastarem das possibilidades de conhecimento.

Existem pessoas que não tem hábito de leitura, isso é outra questão. 

Existe também o imediatismo, as telas, a rede, a internet, que alteram a dinâmica de nosso cérebro e para algumas pessoas pegar um livro pra ler se torna algo "lento demais".

Para ler você precisa de isolamento, silêncio e tempo dedicado a si. Infelizmente nem todos estão dispostos a se desconectar.

Nenhuma destas questões acima tem a ver com elitismo.

Aqui estão alguns dos livros que já li, leio de tudo, não tenho limitações. Não caio em discursos prontos antifeministas. Se quero criticar algo preciso conhecer.  E sim, existem de fato obras bem ruins, por isso eu tentei fazer um filtro e trazer aqui uma seleção com um um nível de qualidade.

O feminismo quer a libertação das mulheres da opressão do patriarcado. O que vai mudar é o caminho que cada autora propõe essa superação, das quais algumas eu concordo outras eu discordo (na medida que lemos vamos fazendo conexões e definindo nossas próprias perspectivas). E você com certeza irá concordar com algumas autoras e discordar de outras.

Outra coisa que adoro ler é sobre o caminho histórico do feminismo - que atravessa também as diversas perspectivas - por isso, alguns livros abaixo são com foco mais em filosofia, história do que teoria feminista ou fenômenos.

Infelizmente temos pouquíssimos livros de feminismo lésbico traduzidos ao português, a perspectiva lesbofeminista é a minha preferida por ser mais avançada que o feminismo heterossexual. Os debates estão em outro patamar, muito mais elevado e complexo. Leio estas obras em inglês, espanhol ou traduções informais que encontro no Medium, visto que as editoras brasileiras são preconceituosas e não publicam obras lésbicas inovadoras. Por isso eu trouxe poucas dicas de lesbofem aqui.


Livros

Segue minha seleção, alguns contém a sinopse das editoras. Em alguns coloquei uma opinião breve, em outros não (demandariam mais tempo para desenvolver minhas observações sobre eles), apenas pontuei de forma bem objetiva.
Não vou conseguir colocar a capa de todos por falta de tempo, mas cliquem no link/nome do livro e serão redirecionados para a Amazon e lá tem a capa e o resumo!



A Criação do Patriarcado [link]A Criação da Consciência Feminista [link]

Acho ambas as obras fundamentais para entender a origem da opressão das mulheres e história das mulheres MAS "A criação do patriarcado" tem linguagem acadêmica e pode não ser fácil manter a leitura por muito tempo para quem não está acostumada é um livro com muita fonte histórica. "A criação da consciência feminista" é bem mais gostosinho de ler.

O Cálice e a Espada [link]
Essa é minha real sugestão pra quem quer iniciar uma leitura de  origem da opressão das mulheres pelo patriarcado com linguagem simples e acessível. Eu adoro esse livro!! Chego até a ser chata de tanto que indico! <3 

Pornland [link] 
Pesquisa pesada e que faz entender como chegamos nessa sociedade pornificada. Que você pode ter uma ideia do que é lendo esse post aqui . À todas aquelas que me xingaram e me cancelaram quando falei desse assunto nos stories do insta: dedico esse livro à vocês, leiam! E parem de cancelar mulheres se vocês desejam se emancipar.

Arqueofeminismo [link] 
Não sei se gosto do título (mas acho a capa linda) e sei que o livro foi escrito por um homem mas é muito bom no sentido de que trás os textos originais do século XVIII dos primórdios do feminismo. Vocês vão se chocar como alguns textos são melhores do que alguns livros publicados atualmente por "feministas famosinhas da internet" e acadêmicas feministas hypadas.

O Mito da Beleza [link] 
Um ensaio que possui suas críticas, mas não há o que negar que Naomi Wolf deu o primeiro passo para falar de como a exigência de beleza e feminilidade afeta as mulheres até hoje. Embora tenha um viés liberal, é fácil de associar com a vida real e pode colocar muitas mulheres no caminho do questionamento.

A Mística Feminina [link]
Esse é um livro de 1963, é uma pesquisa sobre mulheres brancas de classe média americanas. Qual é a importância disso? Foi a primeira vez que o problema da opressão das mulheres foi nomeado. É um clássico! A capa já dá uma ideia do conteúdo. Se você curte aquela ideia de pin-up, anos 50, retrô... aqui dá uma ideia de como as mulheres daquela época viviam.



O Ponto Zero da Revolução [link]
Para quem quer entender a divisão sexual do trabalho e o trabalho doméstico feminino.

Filósofas: O legado das mulheres na história do pensamento mundial [link]
Achei desnecessário o prefácio ter sido escrito por um homem! Esse é um livro escrito por uma mulher e sobre mulheres filósofas ao longo da história, não tinha uma filósofA pra prefaciar? Ficou parecendo necessidade de validação, mas enfim... gosto muito desse livro, ele tem linguagem acessível e lembra as mulheres filósofas da antiguidade até atualmente.

O Contrato Sexual [link] 
Se você é estudante de direito ou já é advogada, juíza etc, você precisa ler esse livro. A autora mostra "que os teóricos do contrato social dos séculos XVV e XVIII calaram-se sobre o contrato sexual que estabelece o patriarcado moderno e a dominação dos homens sobre as mulheres". Ela destrincha tudo que os filósofos do contrato escreveram, mostrando como "se esqueceram" (de propósito) dos direitos mulheres.

Amar para Sobreviver [link] 
Esse é o livro que toda mulher heterossexual deve ler e dar de presente para as amigas e emprestar para as mulheres que conhece. Se prepara que é porrada. Você não vai enxergar suas relações amorosas com homens da mesma forma depois de ler esse livro...

Contra Nossa Vontade [link] 
Capa lindíssima para falar de um tema espinhoso: um estudo profundo sobre estupro e como foi o processo de tornar isso crime nos EUA. Se você quer entender porque esse assunto é tão abafado: invista nessa leitura!

Material Girls [link]
Um livro que foi polêmico em seu lançamento pois fala sobre como a identidade de gênero se contrapõe aos direitos das mulheres e das lésbicas. Se você quer entender as questões que envolvem transativismo x feministas, esse é o livro que trás as explicações da diferença dos dois pensamentos. A descrição do livro no Amazon é ruim pois não dá a dimensão dos tópicos que o livro aborda, como por exemplo, a origem histórica das ideias, os conceitos e as contradições. Vale ver no Amazon as 4 imagens do sumário pra conhecer os tópicos. Acho a capa super legal.



Gênero, Patriarcado, Violência [link]

Livro excelente que destrincha conceitos citados. Recomendo pra quem já tem uma base teórica dos assuntos abordados pois é bem detalhista no debate conceitual. Nada impede que quem não tem base dos conceitos queira ler se se está disposta a dedicar um tempo a aprender.

Irmã outsider: Ensaios e conferências - Audre Lorde [link]
Difícil alguém ler e não se apaixonar por Lorde! Pode ser um divisor de águas na sua vida.

Por um feminismo afro-latino-americano [link]
Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo e na articulação das relações entre sexo e raça no Brasil. E estes são textos produzidos de 1979 a 1994. Eu li esse livro em um dia, só para vocês terem uma ideia! (e a capa é linda!)

O perigo de uma história única [link]
Já pode chamar de "clássico"? Chimamanda  é maravilhosa em tudo que escreve. "Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto."

Cartas Lésbicas - Nicole Brossard [link]
Nicole coloca a lésbica como símbolo e materialização da liberdade feminina, este livro é composto de ensaios escritos entre as décadas de 1960 e 1980 seguindo a linha de pensamento feminista franco-anglófono. Não é só para lésbicas é também mulheres bissexuais e heteros.

Download Gratuito 

Zines QG Feminista (feminilidade, direitos reprodutivos, lesbianidade etc) [link]
Compensa MUITO baixar: de graça, linguagem facinha, dá pra imprimir e dar pras meninas da família. É permitido imprimir e distribuir e compartilhar link.

Marilyn Frye - Políticas da Realidade Ensaios sobre teoria feminista [link drive]
Lésbicas brasileiras traduziram esse livro com autorização da autora e nenhuma editora brasileira quis publicar, acreditam? Quando digo que lesbofeminismo é silenciado no Brasil, taí um exemplo. MAS não é livro só para lésbicas tá! Pode ser bissexual, hetero e ler! Compartilhem o link!


Se você já leu algum e quer contar o que achou, use os comentários!


© .Moda de Subculturas - Moda e Cultura Alternativa. – Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in