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11 de maio de 2015

Skateistan: empoderando meninas afegãs

Diante dos graves problemas sociais que o Afeganistão enfrenta, um lindo projeto surge renovando a esperança dos jovens oprimidos pelos conflitos da região: Skateistan. Iniciado em 2007, o skatista australiano Oliver Percovich despertou a curiosidade das crianças perante o desconhecido esporte nas ruas de Cabul, começando a dedicar-se ao ensino e assim criando uma pequena escola sem fins lucrativos no país. Dois anos depois e com ajuda de patrocinadores, concluiu um skatepark completo tornando Skateistan à primeira escola de skate do Afeganistão destinado ao ensino de alunos de ambos os sexos, sendo mais de 40% meninas. Hoje, recebe o título de organização não governamental internacional com sede também no Camboja e África do Sul. 


Segundo o site, o projeto abraça aprendizes de diversas origens étnicas e sócio-econômicas, dentre elas crianças que trabalham na rua e jovens com deficiência. Tem como objetivo não só ensinar o esporte, mas também proporcionar acesso à educação e com isso ajudar a desenvolver ferramentas para que a nova geração possa ter oportunidades de conseguir fazer mudanças sociais futuras. Entre os valores do programa estão: qualidade, propriedade, criatividade, confiança, respeito e igualdade.

O fundador Oliver Percovich dando aula a uma menina

"Skateistan é apolítica, independente, e inclusiva de todas as etnias, religiões e origens sociais. Skateistan pretende ser sempre um projeto social inovador e de qualidade."


Oliver reconhece o efeito que a iniciativa tem entre as meninas afegãs. Em entrevista ao SpitFire Wheels, comenta detalhes como não apresentar imagens, vídeos, moda ou música do ocidente para que elas possam desenvolver sua própria cultura em torno do esporte. Fala também da visita de Louisa Menke, o que resultou nas alunas a acreditar que uma garota pode ser realmente uma boa skatista. Ressalta a importância de focar na educação das mulheres pois menos de 20% sabem ler ou escrever e revela que o skate já é o maior esporte feminino no Afeganistão, sendo 50% de participação feminina em atividades do Skateistan e 50% funcionárias do local. 

Imagens: Jessica Fulford Dobson




Seria muito legal uma filial do Skateistan no Brasil, ainda mais que o esporte tem se desenvolvido com muita força no país, e a cada dia cresce a representação de grandes skatetistas brasileiras no circuito internacional, como Karen Jonz, Letícia Bufoni e Pâmela Rosa.

Simbora grrrls!



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2 comentários:

  1. Que projeto lindo! O mais legal é que o programa não está forçando uma cultura outra para os praticantes, deixando livre para seu desenvolvimento. Massa demais!

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  2. *emocionada*
    Que projeto maravilhoso...
    É por pessoas assim que ainda não perdi totalmente a fé na humanidade.
    Ia ser muito bom mesmo se tivesse uma filial desse projeto por aqui.
    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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