Como cidadãs e insatisfeitas com certas imposições da sociedade, costumamos reclamar muito. Por um dado momento, até frequente, perante a diversos descasos que vive-se diariamente, falhamos ao esquecer dos nossos privilégios, principalmente diante das pessoas com deficiência.
De forma singela, sem tirar a voz e sendo apenas aliadas, dedicamos um post de pesquisas reunindo exemplos de diferentes abordagens na moda e nas subculturas sobre o tema, seja por meio de projetos, gente que se destacou, famosos ou não, tudo para demonstrar o quanto o assunto é rico e ajudar a dar um chega pra lá no capacitismo. Essa é uma matéria inovadora na cena alternativa, esperamos que apreciem o conteúdo e agradecemos muitíssimo a Vívien e a Sylwia pelos depoimentos concedidos ao blog. Obrigada meninas!
Masami Orimo:
Masami Orimo tem 52 anos e é vocalista da banda punk Shampoo, fundada quando ela tinha 16 anos. É considerada a primeira cantora pop cyborg do mundo, pois sua perna artificial funciona como um instrumento musical. Masami diz que não pretendia se tornar uma cantora cyborg, mas foi assim que as coisas aconteceram. Muitos veem perder a perna como uma tragédia completa, só que ela viu uma oportunidade de melhorar a si mesmo e sua arte.
A cantora diz num texto em primeira pessoa: "sempre fui louca por música, passei anos na cama do hospital após sofrer um acidente de carro aos 10 anos de idade. Passava o tempo ouvindo o rádio ao invés de ir pra escola. Há quatro anos desenvolvi câncer na mesma perna e ela teve que ser amputada. Pensei que minha carreira estava terminada. Mas minhas raízes estão no punk e eu sei que pode haver beleza no não convencional. Quando o punk surgiu, eu sabia que era o tipo de música pra mim, eu me sentia protegida. O punk me fez uma pessoa livre!"
A ideia de colocar uma corda de violino na prótese veio quando estava de cama, em 2009, com hepatite e teve que parar de ensaiar sua música. Assim, convidou um amigo metalúrgico pra produzir a "perna instrumento". "É uma perna robótica. Há toda uma engenharia nela. Mais e mais pessoas com essas próteses estão esculpindo-as e decorando-as como obras de arte. É um movimento legal, bem Sci-Fi!".
Helen Of Troy:
De forma singela, sem tirar a voz e sendo apenas aliadas, dedicamos um post de pesquisas reunindo exemplos de diferentes abordagens na moda e nas subculturas sobre o tema, seja por meio de projetos, gente que se destacou, famosos ou não, tudo para demonstrar o quanto o assunto é rico e ajudar a dar um chega pra lá no capacitismo. Essa é uma matéria inovadora na cena alternativa, esperamos que apreciem o conteúdo e agradecemos muitíssimo a Vívien e a Sylwia pelos depoimentos concedidos ao blog. Obrigada meninas!
Masami Orimo:
Masami Orimo tem 52 anos e é vocalista da banda punk Shampoo, fundada quando ela tinha 16 anos. É considerada a primeira cantora pop cyborg do mundo, pois sua perna artificial funciona como um instrumento musical. Masami diz que não pretendia se tornar uma cantora cyborg, mas foi assim que as coisas aconteceram. Muitos veem perder a perna como uma tragédia completa, só que ela viu uma oportunidade de melhorar a si mesmo e sua arte.
A cantora diz num texto em primeira pessoa: "sempre fui louca por música, passei anos na cama do hospital após sofrer um acidente de carro aos 10 anos de idade. Passava o tempo ouvindo o rádio ao invés de ir pra escola. Há quatro anos desenvolvi câncer na mesma perna e ela teve que ser amputada. Pensei que minha carreira estava terminada. Mas minhas raízes estão no punk e eu sei que pode haver beleza no não convencional. Quando o punk surgiu, eu sabia que era o tipo de música pra mim, eu me sentia protegida. O punk me fez uma pessoa livre!"
A ideia de colocar uma corda de violino na prótese veio quando estava de cama, em 2009, com hepatite e teve que parar de ensaiar sua música. Assim, convidou um amigo metalúrgico pra produzir a "perna instrumento". "É uma perna robótica. Há toda uma engenharia nela. Mais e mais pessoas com essas próteses estão esculpindo-as e decorando-as como obras de arte. É um movimento legal, bem Sci-Fi!".
Helen Of Troy:
Em Londres, no final dos anos 70, muitos personagens se destacaram na cena punk inglesa, é o caso de Helen Wellington-Lloyd, conhecida também como Helen of Troy. A sul-africana dividiu moradia com Malcolm McLaren, o que lhe rendeu amizade com o empresário e assim circular pelo ambiente punk. "Nos tornamos amigos imediatamente, provavelmente porque nos vimos como desajustados na sociedade", disse em entrevista.
Helen tem acondroplasia, uma das causas do nanismo. Era uma das componentes principais do Bromley Contingent, um grupo de fãs que seguiam os Sex Pistols, ajudando até a criar a primeira logo da banda onde depois foi finalizada por Jamie Reid. Em 2001, o nome de Helen ressurge na mídia após leiloar peças exclusivas do seu acervo de roupas pela famosa casa de leilões britânica Sotheby.
Helen tem acondroplasia, uma das causas do nanismo. Era uma das componentes principais do Bromley Contingent, um grupo de fãs que seguiam os Sex Pistols, ajudando até a criar a primeira logo da banda onde depois foi finalizada por Jamie Reid. Em 2001, o nome de Helen ressurge na mídia após leiloar peças exclusivas do seu acervo de roupas pela famosa casa de leilões britânica Sotheby.
Para quem viveu "sexo, drogas e rock n' roll" à toda intensidade e tocou músicas com palavras sexistas nos anos 80, é surpreendente ver a mudança de filosofia apresentada por Nikki Sixx mais de 30 anos depois. Após sua experiência traumática de quase morte, o músico resolveu expandir o olhar pela arte descobrindo a fotografia. Por ela, Nikki encontrou a beleza além das formas tradicionais impostas, e assim, começou a se expressar através da lente sua admiração por todos os tipos de corpos. Em entrevista ao Dr. Drew, Sixx comenta que ao conhecer Amy Purdy, a inspiração foi muito além da fotografia, e sim em diferentes níveis de sua vida. Revela também, que após o resultado de um lindo trabalho com Purdy, ao ver uma revista listando as cem pessoas mais lindas, ficou tão irritado que escreveu a canção "Lies of the Beautiful People". O músico possui um tumblr dedicado a esse seu outro lado artístico e lá poderão conferir mais histórias, inclusive com moradores de rua.
Jillian Mercado:
A campanha Primavera 2014 da Diesel teve repercussão na mídia após ser veiculada a imagem de Jilian Mercado. A nova iorquina de 27 anos, foi a modelo preferida de Nicola Formichetti no editorial que teve como foco a união de diferentes culturas juvenis. Jilian enviou fotos de brincadeira para seleção do casting e surpreendeu-se ao ser convidada a participar. Mas saiba que essa não foi a entrada dela no mercado da moda. A americana estudou no conceituado Fashion Institude of Technology, tendo trabalhos em grandes locais da área e hoje ocupa o cargo de editora da revista online We The Urban.
Jilian tem distrofia muscular e usa cadeira de rodas desde os 12 anos, porém isso não a impediu de fazer o que queria. Estudou moda sabendo da mente restrita do mercado em relação a estética, mas a persistência foi seu maior foco e revelou que apesar de tudo, a indústria sempre a acolheu muito bem. Além da "nova" carreira como modelo, a americana tem um blog incrível, Manufactured 1987, onde expõe seus olhares sobre tudo o que "envolve o universo fashion".
Melanie Gaydos:
Nascida com a rara doença genética displasia ectodérmica, da qual afeta seu físico, Melanie Gaydos desafia os padrões de beleza trabalhando na profissão mais condenada a tal ato, a de modelo. A americana é uma "sobrevivente", como revelou ao Daily Beast, ao ter sido criada numa família de alcoólatras e pelos anos de maus tratos da sociedade devido a sua aparência. Porém, Melanie não se rebaixou aos deboches alheios e enfrentou os paradigmas humanos. A carreira na moda começou por volta de 2011, enviando seu portfólio para um fotógrafo que admirava, obtendo resposta com o convite a posar. A partir daí, a estética que a fazia odiar tirar fotos, tornou-se um prazer. A modelo vem ganhando destaque no mercado europeu, participou do clipe Mein Herz Brennt da banda alemã Rammstein, só que ainda não foi o suficiente. Ela sabe que a Moda tem receio de apostar em seu diferencial, e isso não a intimida chegando até a questionar a indústria: "Se você tem medo de correr riscos, por que está na moda?". Melanie tem um grande desafio pela frente, mas diante dos percalços que já passou na vida, não será esse que a fará desistir.
Viktoria Modesta:
A campanha Primavera 2014 da Diesel teve repercussão na mídia após ser veiculada a imagem de Jilian Mercado. A nova iorquina de 27 anos, foi a modelo preferida de Nicola Formichetti no editorial que teve como foco a união de diferentes culturas juvenis. Jilian enviou fotos de brincadeira para seleção do casting e surpreendeu-se ao ser convidada a participar. Mas saiba que essa não foi a entrada dela no mercado da moda. A americana estudou no conceituado Fashion Institude of Technology, tendo trabalhos em grandes locais da área e hoje ocupa o cargo de editora da revista online We The Urban.
Jilian tem distrofia muscular e usa cadeira de rodas desde os 12 anos, porém isso não a impediu de fazer o que queria. Estudou moda sabendo da mente restrita do mercado em relação a estética, mas a persistência foi seu maior foco e revelou que apesar de tudo, a indústria sempre a acolheu muito bem. Além da "nova" carreira como modelo, a americana tem um blog incrível, Manufactured 1987, onde expõe seus olhares sobre tudo o que "envolve o universo fashion".
Melanie Gaydos:
Nascida com a rara doença genética displasia ectodérmica, da qual afeta seu físico, Melanie Gaydos desafia os padrões de beleza trabalhando na profissão mais condenada a tal ato, a de modelo. A americana é uma "sobrevivente", como revelou ao Daily Beast, ao ter sido criada numa família de alcoólatras e pelos anos de maus tratos da sociedade devido a sua aparência. Porém, Melanie não se rebaixou aos deboches alheios e enfrentou os paradigmas humanos. A carreira na moda começou por volta de 2011, enviando seu portfólio para um fotógrafo que admirava, obtendo resposta com o convite a posar. A partir daí, a estética que a fazia odiar tirar fotos, tornou-se um prazer. A modelo vem ganhando destaque no mercado europeu, participou do clipe Mein Herz Brennt da banda alemã Rammstein, só que ainda não foi o suficiente. Ela sabe que a Moda tem receio de apostar em seu diferencial, e isso não a intimida chegando até a questionar a indústria: "Se você tem medo de correr riscos, por que está na moda?". Melanie tem um grande desafio pela frente, mas diante dos percalços que já passou na vida, não será esse que a fará desistir.
Viktoria Modesta tem 26 anos, é lituana e reside em Londres. É modelo alternativa, cantora, compositora e stylist. Viktoria foi vítima de negligência médica no momento de seu nascimento, que resultou num problema com sua perna esquerda, ficando 7cm menor que a direita e mais fina. Isso a fez passar a infância em hospitais resultando em 6 cirurgias. Em 2007, já residindo em Londres, decidiu voluntariamente pela amputação da perna. O que muito podem enxergar como algo absurdo, Viktoria enxergou como algo positivo e como uma forma de melhorar sua qualidade de vida. A modelo sentiu que fez a escolha certa. Ela diz: "Eu sentia que tinha que esconder minha perna e nunca fui capaz de usar sapatos de salto alto ou abertos, ou usar saias curtas no verão. Agora me sinto mais completa, mais confiante, e sinto que tirei algo em mim que estava errado, não perdi algo saudável. Agora me sinto natural e normal. As próteses de pernas NHS são tão avançadas e realistas, posso andar e correr, além de ter os modelos salto alto e planas, um guarda-roupa inteiro de pernas! Então, eu não poderia estar mais feliz."
Viktoria começou a carreira como modelo alternativa aos 15 anos, principalmente por causa do seu rosto e estilo. Ela escondia sua deficiência porque não queria decepcionar as pessoas, mas superou isso. "Para muitos, ser deficiente significa que você está limitado e assume que há uma barreira entre você e conseguir as coisas que deseja. Eu simplesmente não vejo dessa forma. Pra mim, é sobre fazer o melhor de si e se concentrar no que você pode fazer, focar e alcançar. Minha experiência pessoal é que, quando você se comporta de uma forma positiva, as pessoas não reagem a você de forma clichê. É muito triste que a maioria do mundo ainda esteja preso em uma forma antiga e paternalista de pensar a deficiência. Eu acho que as pessoas com deficiência - ou como quiser chamá-las - detêm o poder de mudança. Por eu ser positiva, com um espírito forte e não mostrando sinais de auto-piedade, vitimização ou exigindo tratamento especial, eu realmente acredito que há chances de pessoas com deficiência obter o respeito e reconhecimento que mais desejo."
Nick (cadeirante do Rock N Roll Bride!):
Viktoria começou a carreira como modelo alternativa aos 15 anos, principalmente por causa do seu rosto e estilo. Ela escondia sua deficiência porque não queria decepcionar as pessoas, mas superou isso. "Para muitos, ser deficiente significa que você está limitado e assume que há uma barreira entre você e conseguir as coisas que deseja. Eu simplesmente não vejo dessa forma. Pra mim, é sobre fazer o melhor de si e se concentrar no que você pode fazer, focar e alcançar. Minha experiência pessoal é que, quando você se comporta de uma forma positiva, as pessoas não reagem a você de forma clichê. É muito triste que a maioria do mundo ainda esteja preso em uma forma antiga e paternalista de pensar a deficiência. Eu acho que as pessoas com deficiência - ou como quiser chamá-las - detêm o poder de mudança. Por eu ser positiva, com um espírito forte e não mostrando sinais de auto-piedade, vitimização ou exigindo tratamento especial, eu realmente acredito que há chances de pessoas com deficiência obter o respeito e reconhecimento que mais desejo."
Nick (cadeirante do Rock N Roll Bride!):
Em abril desse ano, o site RocknRoll Bride publicou o casamento de Nicola e Nick. Nós ficamos fascinadas pela história do Nick, que sofreu um acidente há 14 anos e tinha apenas 6 meses de vida, mas como podemos ver, ele contradisse a medicina e está aí!
A noiva, Nicola, diz que "nós dois somos um pouco alternativos. Nick nunca desistiu de seu moicano e das linhas barbeadas em seu rosto e eu adoro a cena rockabilly. Nosso casamento foi uma espécie de festa do chá vintage do Chapeleiro Maluco". A festa foi toda adaptada para um cadeirante, mas Nick quis se superar e fez questão de "andar" assistido pelo seu fisioterapeuta e um amigo, até o altar. Ele treinou secretamente e estava determinado a surpreender a futura esposa. No altar, para a noiva não ficar em pé e o noivo sentado, o casal se sentou em duas cadeiras antigas e todos os convidados ficavam sentados na mesma altura.
Além do moicano, Nick mostra sua irreverência punk no tênis allstar e estampa da calça, com um alterofilista desenhado. O próprio Nick é adepto de musculação e se exercitar foi uma de suas terapias para superar o trauma do acidente.
Vívien Garbin:
A Vívien tem 31 anos e é a única brasileira que faz parte da matéria! Sua deficiência ocorreu em 2012-13, após uma doença rara e de difícil diagnóstico. Hoje, tem paraparesia no pé direito e em parte do pé esquerdo e usa uma órtese sob medida. Ela diz: "Não tenho problemas em ser chamada de deficiente física. A palavra deficiente incomoda porque cria-se ao redor dela aquela lei velada de "pessoa que atrapalha a sociedade". Para mim, quem atrapalha a sociedade é gente que pensa desse jeito! Eu convivo bem comigo mesma."
Desde novinha ela tinha um pé no alternativo. Nerd, descobriu o metal, o rock e suas vertentes. Sempre gostou de roupas em tons escuros: "Eu curto tudo dark. Aprecio o gótico vitoriano, o dandismo, o medieval, mas já usei e curti muito o punk, o grunge e o rock. Eu cresci nos anos 90, época que as 4 vertentes andavam muito juntas.
Vívien revela que após se formar e entrar no mercado de trabalho, precisou amenizar seu visual e se sentia sempre infeliz com a aparência, mas durante os meses que ficou de cama, teve tempo pra pensar sobre si mesma e o que lhe fazia bem. Chegou à conclusão de que ser alternativa era o que a deixava feliz, não tinha que "se encaixar". As pessoas são preconceituosas por ela ser deficiente, então ser alternativa é só parte do pacote. Sobre encontrar roupas adequadas à sua deficiência, ela conta: "Eu tenho muita dificuldade em achar roupas. Calças skinny me incomodam e machucam pelo atrito com a órtese. Comprei várias calças flare e mandei fazer boca de sino em outras. Gosto de usar saias longas com rodado largo, soltas, de tecidos que não aderem. Calçados não podem ter salto e tem que ser sem detalhes". Ela também curte roupas sociais e alfaiataria, tanto que acabou de criar um blog pessoal, onde dentre outras coisas também pretende falar sobre sua estética. Eu a parabenizei pela ideia do blog, pois acredito ser pioneiro no Brasil cujo diferencial é retratar uma alternativa com deficiência.
Sobre ser deficiente no Brasil, ela comenta: "Me considero abençoada por ser uma deficiente que tem mais independência, consigo ir as compras e andar sozinha. Tem dias até que consigo dispensar a órtese e ir de bengala, se for acompanhada. Mas antes de usar a órtese, passei um tempo em cadeira de rodas, e como é sofrido! Embora as lojas coloquem rampas e corrimão, os produtos não ficam em uma altura confortável para pegar, e as gôndolas ficam muito próximas, você não consegue passar por elas! Usar elevadores é um suplício, cansei de ir em lojas de departamento e não poder subir porque o elevador estava lotado de carga e ninguém tirou de lá. Cansei de esperar alguém não deficiente usar o provador de deficientes, porque ele é mais espaçoso. Os lojistas não querem te defender na maioria das vezes e fazem vista grossa. Se você reclama, fazem cara de que você é o problema. Andar nas ruas é muito dificil. Tenho que dar passinhos de gueixa. Daí a subir num ônibus ou na calçada e ser empurrada sempre. Até tento me impor por ser alta, mas não adianta. Até chute na órtese levei de criança querendo saber do que era feito - e a mãe achando engraçadinho. O Brasil melhorou, sem dúvida. Mas às vezes o próprio ego é o mais importante. Muitas vezes chorei ao tentar passar numa calçada e não conseguir por faltar rampas, estacionarem sobre elas, não estarem niveladas, não respeitarem meu tempo no semáforo. Por que as pessoas não percebem quanto sofrimento geram com isso? Espero que quem leia o teu blog perceba que as pequenas coisas que burlamos no dia a dia fazem diferença a outras pessoas."
A noiva, Nicola, diz que "nós dois somos um pouco alternativos. Nick nunca desistiu de seu moicano e das linhas barbeadas em seu rosto e eu adoro a cena rockabilly. Nosso casamento foi uma espécie de festa do chá vintage do Chapeleiro Maluco". A festa foi toda adaptada para um cadeirante, mas Nick quis se superar e fez questão de "andar" assistido pelo seu fisioterapeuta e um amigo, até o altar. Ele treinou secretamente e estava determinado a surpreender a futura esposa. No altar, para a noiva não ficar em pé e o noivo sentado, o casal se sentou em duas cadeiras antigas e todos os convidados ficavam sentados na mesma altura.
Além do moicano, Nick mostra sua irreverência punk no tênis allstar e estampa da calça, com um alterofilista desenhado. O próprio Nick é adepto de musculação e se exercitar foi uma de suas terapias para superar o trauma do acidente.
Vívien Garbin:
A Vívien tem 31 anos e é a única brasileira que faz parte da matéria! Sua deficiência ocorreu em 2012-13, após uma doença rara e de difícil diagnóstico. Hoje, tem paraparesia no pé direito e em parte do pé esquerdo e usa uma órtese sob medida. Ela diz: "Não tenho problemas em ser chamada de deficiente física. A palavra deficiente incomoda porque cria-se ao redor dela aquela lei velada de "pessoa que atrapalha a sociedade". Para mim, quem atrapalha a sociedade é gente que pensa desse jeito! Eu convivo bem comigo mesma."
Desde novinha ela tinha um pé no alternativo. Nerd, descobriu o metal, o rock e suas vertentes. Sempre gostou de roupas em tons escuros: "Eu curto tudo dark. Aprecio o gótico vitoriano, o dandismo, o medieval, mas já usei e curti muito o punk, o grunge e o rock. Eu cresci nos anos 90, época que as 4 vertentes andavam muito juntas.
Vívien revela que após se formar e entrar no mercado de trabalho, precisou amenizar seu visual e se sentia sempre infeliz com a aparência, mas durante os meses que ficou de cama, teve tempo pra pensar sobre si mesma e o que lhe fazia bem. Chegou à conclusão de que ser alternativa era o que a deixava feliz, não tinha que "se encaixar". As pessoas são preconceituosas por ela ser deficiente, então ser alternativa é só parte do pacote. Sobre encontrar roupas adequadas à sua deficiência, ela conta: "Eu tenho muita dificuldade em achar roupas. Calças skinny me incomodam e machucam pelo atrito com a órtese. Comprei várias calças flare e mandei fazer boca de sino em outras. Gosto de usar saias longas com rodado largo, soltas, de tecidos que não aderem. Calçados não podem ter salto e tem que ser sem detalhes". Ela também curte roupas sociais e alfaiataria, tanto que acabou de criar um blog pessoal, onde dentre outras coisas também pretende falar sobre sua estética. Eu a parabenizei pela ideia do blog, pois acredito ser pioneiro no Brasil cujo diferencial é retratar uma alternativa com deficiência.
Sobre ser deficiente no Brasil, ela comenta: "Me considero abençoada por ser uma deficiente que tem mais independência, consigo ir as compras e andar sozinha. Tem dias até que consigo dispensar a órtese e ir de bengala, se for acompanhada. Mas antes de usar a órtese, passei um tempo em cadeira de rodas, e como é sofrido! Embora as lojas coloquem rampas e corrimão, os produtos não ficam em uma altura confortável para pegar, e as gôndolas ficam muito próximas, você não consegue passar por elas! Usar elevadores é um suplício, cansei de ir em lojas de departamento e não poder subir porque o elevador estava lotado de carga e ninguém tirou de lá. Cansei de esperar alguém não deficiente usar o provador de deficientes, porque ele é mais espaçoso. Os lojistas não querem te defender na maioria das vezes e fazem vista grossa. Se você reclama, fazem cara de que você é o problema. Andar nas ruas é muito dificil. Tenho que dar passinhos de gueixa. Daí a subir num ônibus ou na calçada e ser empurrada sempre. Até tento me impor por ser alta, mas não adianta. Até chute na órtese levei de criança querendo saber do que era feito - e a mãe achando engraçadinho. O Brasil melhorou, sem dúvida. Mas às vezes o próprio ego é o mais importante. Muitas vezes chorei ao tentar passar numa calçada e não conseguir por faltar rampas, estacionarem sobre elas, não estarem niveladas, não respeitarem meu tempo no semáforo. Por que as pessoas não percebem quanto sofrimento geram com isso? Espero que quem leia o teu blog perceba que as pequenas coisas que burlamos no dia a dia fazem diferença a outras pessoas."
Sylwia VamppiV:
Essa é uma moça que encontramos por acaso nas leituras de blogs alternativos internacionais, Sylwia VamppiV Blach.
A Sylwia é uma jovem polonesa autora de histórias de horror, que tem dois livros publicados em seu país. Interessada em literatura, vampirismo e criminologia, não à toa assina Sylwia "Vamppi". Em seu blog ela diz ser apaixonada pela vida e adora mostrar seu estilo superalternativo já que tem paixão por moda. Ela quer mostrar que pessoas com deficiência, no caso dela, uma mulher que dirige cadeira de rodas, não precisam usar calças gigantes e blusas horrorosas, ao contrário, em seus looks ela usa diversas peças incríveis e ainda complementa que você não precisa ter um monte de dinheiro pra se vestir da forma que gosta. Sylwia usa moda alternativa no geral, mas tem uma leve preferência por peças mais góticas.
É a primeira vez que Sylwia aparece num blog no Brasil e ela ficou muito feliz com o nosso interesse em mostrá-la na matéria. Ela foi muito prestativa e superdedicada a explicar a situação dela apesar da barreira da língua!
Esse é o depoimento que concedeu ao Moda de Subculturas:
Sobre como ela prefere ser chamada, de uma pessoa que tem uma "deficiência" ou "necessidades especial": "Pergunta difícil, eu nunca pensei nisso! Eu geralmente uso "deficiência". Em polonês é uma palavra bastante normal. Uso cadeira de rodas, então eu sou deficiente, isso é tudo. Mas "necessidades especiais" parece "ok" também. Eu tenho SMA (Atrofia Muscular Espinhal) e uso cadeira de rodas elétrica todos os dias."
Sobre seu estilo, ela diz: "Eu posso descrever o meu estilo como uma mistura de nu goth, rock e um pouco das tendências atuais. Eu não acho que é muito difícil encontrar roupas, não preciso de roupas especiais "adaptadas". Toda mulher tem algum problema com sua figura. E cada uma tem que encontrar roupas que lhe caiam bem. Eu também".
Sobre a estrutura polonesa para deficientes: "Você sabe: ele [o país] não é perfeito. Mas a Polônia é muito acessível para pessoas em cadeiras de rodas. Às vezes eu fico com raiva quando qualquer clube, pub ou teatro não está disponível para cadeirantes. É triste. Mas eu vejo que tudo está realmente mudando, as pessoas com deficiência começam a sair de suas casas. E o meu país enxerga isso. Acho que daqui a alguns anos vai ser muito bom. Atualmente é ok".
A Sylwia é uma jovem polonesa autora de histórias de horror, que tem dois livros publicados em seu país. Interessada em literatura, vampirismo e criminologia, não à toa assina Sylwia "Vamppi". Em seu blog ela diz ser apaixonada pela vida e adora mostrar seu estilo superalternativo já que tem paixão por moda. Ela quer mostrar que pessoas com deficiência, no caso dela, uma mulher que dirige cadeira de rodas, não precisam usar calças gigantes e blusas horrorosas, ao contrário, em seus looks ela usa diversas peças incríveis e ainda complementa que você não precisa ter um monte de dinheiro pra se vestir da forma que gosta. Sylwia usa moda alternativa no geral, mas tem uma leve preferência por peças mais góticas.
É a primeira vez que Sylwia aparece num blog no Brasil e ela ficou muito feliz com o nosso interesse em mostrá-la na matéria. Ela foi muito prestativa e superdedicada a explicar a situação dela apesar da barreira da língua!
Esse é o depoimento que concedeu ao Moda de Subculturas:
Sobre como ela prefere ser chamada, de uma pessoa que tem uma "deficiência" ou "necessidades especial": "Pergunta difícil, eu nunca pensei nisso! Eu geralmente uso "deficiência". Em polonês é uma palavra bastante normal. Uso cadeira de rodas, então eu sou deficiente, isso é tudo. Mas "necessidades especiais" parece "ok" também. Eu tenho SMA (Atrofia Muscular Espinhal) e uso cadeira de rodas elétrica todos os dias."
Sobre seu estilo, ela diz: "Eu posso descrever o meu estilo como uma mistura de nu goth, rock e um pouco das tendências atuais. Eu não acho que é muito difícil encontrar roupas, não preciso de roupas especiais "adaptadas". Toda mulher tem algum problema com sua figura. E cada uma tem que encontrar roupas que lhe caiam bem. Eu também".
Sobre a estrutura polonesa para deficientes: "Você sabe: ele [o país] não é perfeito. Mas a Polônia é muito acessível para pessoas em cadeiras de rodas. Às vezes eu fico com raiva quando qualquer clube, pub ou teatro não está disponível para cadeirantes. É triste. Mas eu vejo que tudo está realmente mudando, as pessoas com deficiência começam a sair de suas casas. E o meu país enxerga isso. Acho que daqui a alguns anos vai ser muito bom. Atualmente é ok".
Créditos das fotos: 1. Weronika Achrem; 2. Klaudia Woźniak; 3.Paweł Błach
4 e 5 Weronika Achrem; 6. Agata Bączkiewicz
por favor não peguem as fotos da Sylvia aqui do post e distribuam por aí, contatem ela antes e peçam autorização, ok? :)
por favor não peguem as fotos da Sylvia aqui do post e distribuam por aí, contatem ela antes e peçam autorização, ok? :)
Projetos
All Walks:
Fundado em 2009 pela modelo Erin O'Connor, a consultora de moda Debra Bourne e a comentarista de moda Caryn Franklin, o projeto All Walks Beyond The Catwalk desafia a indústria por mudanças em relação a ideais de corpos e beleza inatingíveis. Sabendo do impacto que o mercado tem no psicológico de homens e mulheres, as embaixadoras contam com o apoio de grandes nomes da área, como Stella McCartney e Vivienne Westwood, com a tarefa de estimular o meio, "celebrando a diversidade e a individualidade na moda - na frente e por trás das lentes".
A proposta tem dado tão certo que em 2012, criou-se com apoio da revista ID Magazine o concurso Diversity Now!, onde premia jovens talentos da moda britânica por trabalhos que promovam o mais amplo tipo de estéticas. Como diz Debra Bourne: "A moda é chata quando todo mundo parece o mesmo".
Lado B Moda Inclusiva:
Para terem ideia da importância desse mercado, segundo o IBGE, cerca de 45,6 milhões de brasileiros declararam possuir deficiência. O número é a prova da quantidade de consumidores que existem e que está sendo pouco aproveitado.
Por tal motivo, foi criado o Lado B Moda Inclusiva, com intuito de oferecer a esse público uma moda até então não existente. O projeto fundado pela fisioterapeuta Dariene Rodrigues, tem objetivo de integrar mais as pessoas com deficiência à sociedade por meio da moda, fornecendo roupas funcionais que facilite o usuário na hora de se vestir, dando maior mobilidade, independência e autonomia de escolha.
Criado em 2009 pela Secretaria do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, o Concurso Moda Inclusiva reúne jovens designers que, alinhando estilo e elegância às necessidades das pessoas com deficiência, desenvolvem produtos inovadores e versáteis, para tornar o ato de se vestir mais prático.
Em 2012, o evento foi ampliado com a criação do Fórum Internacional de Moda Inclusiva e Sustentabilidade. No ano seguinte, o Concurso se torna Internacional, abrindo espaço para especialistas, empresários, estilistas, professores e estudantes nacionais e internacionais apresentarem propostas e debaterem novos conceitos de criação e desenho para toda a cadeia produtiva do setor.
Além de sensibilizar sobre a importância do autocuidado, autoestima e influenciar novas tendências para o mercado, o Concurso tem como missão chamar a atenção de todos os setores da sociedade para novas oportunidades de negócios pautados pela responsabilidade social e, principalmente, pelos conceitos de acessibilidade e Desenho Universal, atendendo de forma equânime toda a diversidade humana.
Tendo interesse em participar do Concurso no futuro, acesse o site do evento e fique atento aos detalhes da próxima inscrição.
Fundado em 2009 pela modelo Erin O'Connor, a consultora de moda Debra Bourne e a comentarista de moda Caryn Franklin, o projeto All Walks Beyond The Catwalk desafia a indústria por mudanças em relação a ideais de corpos e beleza inatingíveis. Sabendo do impacto que o mercado tem no psicológico de homens e mulheres, as embaixadoras contam com o apoio de grandes nomes da área, como Stella McCartney e Vivienne Westwood, com a tarefa de estimular o meio, "celebrando a diversidade e a individualidade na moda - na frente e por trás das lentes".
A proposta tem dado tão certo que em 2012, criou-se com apoio da revista ID Magazine o concurso Diversity Now!, onde premia jovens talentos da moda britânica por trabalhos que promovam o mais amplo tipo de estéticas. Como diz Debra Bourne: "A moda é chata quando todo mundo parece o mesmo".
Para terem ideia da importância desse mercado, segundo o IBGE, cerca de 45,6 milhões de brasileiros declararam possuir deficiência. O número é a prova da quantidade de consumidores que existem e que está sendo pouco aproveitado.
Por tal motivo, foi criado o Lado B Moda Inclusiva, com intuito de oferecer a esse público uma moda até então não existente. O projeto fundado pela fisioterapeuta Dariene Rodrigues, tem objetivo de integrar mais as pessoas com deficiência à sociedade por meio da moda, fornecendo roupas funcionais que facilite o usuário na hora de se vestir, dando maior mobilidade, independência e autonomia de escolha.
Concurso Moda Inclusiva - Internacional:
Em 2012, o evento foi ampliado com a criação do Fórum Internacional de Moda Inclusiva e Sustentabilidade. No ano seguinte, o Concurso se torna Internacional, abrindo espaço para especialistas, empresários, estilistas, professores e estudantes nacionais e internacionais apresentarem propostas e debaterem novos conceitos de criação e desenho para toda a cadeia produtiva do setor.
Além de sensibilizar sobre a importância do autocuidado, autoestima e influenciar novas tendências para o mercado, o Concurso tem como missão chamar a atenção de todos os setores da sociedade para novas oportunidades de negócios pautados pela responsabilidade social e, principalmente, pelos conceitos de acessibilidade e Desenho Universal, atendendo de forma equânime toda a diversidade humana.
Tendo interesse em participar do Concurso no futuro, acesse o site do evento e fique atento aos detalhes da próxima inscrição.
No Brasil, costuma-se de um modo geral dar maior foco em segmentos consolidados no mercado, principalmente aos que já exportam. Mas o país é gigantesco e há milhares de consumidores que não estão sendo olhados com mais atenção. Esperamos que o conteúdo desse post sirva de alerta para empresários, ou aos que pretendem ser, que observem os nichos que faltam e assim procurem um diferencial em vez de ser mais um na praça. Não está fácil a situação do varejo nacional, portanto invistam em outras alternativas! Temos certeza que público não faltará.
* Artigo original do Moda de Subculturas escrito por Lauren e Sana. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, achamos gentil linkar o artigo do blog como respeito ao nosso trabalho. Tentamos trazer o máximo de informações inéditas em português para os leitores até a presente data da publicação.
Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.
Fotos: Google, sites linkados, fontes originais.
Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.
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MDS,estou emocionada com essa matéria!Quantas histórias lindas,de superação e força!Um exemplo que todos devem seguir,essas pessoas não se deixaram levar pelo pessimismo,depressão,auto-piedade,que infelizmente existem entre pessoas com deficiência,e o melhor venceram o preconceito,porque além de serem deficientes são alternativos,ou seja,preconceito em dobro.Visto que no mundo em que vivemos a perfeição estética é cultuada e imposta à sociedade,que impõe também como devemos nos vestir........Parabéns à matéria,parabéns pela sensibilidade e responsabilidade social em mostrar os deficientes alternativos!
ResponderExcluirOi Sara! Ficamos felizes em saber o quanto a matéria lhe tocou, q bom! Isso mostra que estamos indo ao caminho certo. Só um complemento: não vamos tbm nos dessensibilizar com a depressão pois só quem sofre a dor da doença sabe o que passa, né? Obrigada pelo elogio, bjkas!
ExcluirAchei a matéria bem legal e interessante,pois essas pessoas são invisíveis na sociedade ou muitas vezes tratadas como incapazes,sendo que muitas vezes elas possuem talento e muita força de vontade,mais do que muita gente.Uma inspiração que eu tenho,é o baterista de uma das minhas bandas favoritas,o Rick Allen do Def Leppard,se eu que tenho todos os membros e a minha maior "limitação" é não enxergar direito tenho dificuldades para transitar nas calçadas por conta da situação precária,imagine quem é portador de deficiência?Acredito que na região onde moro há pouquíssima infra-estrutura,não vejo tantas pessoas andando sozinhas nos locais públicos,como eu via em Curitiba...é algo que deveria ter evoluído com o tempo,mas infelizmente nosso país como um todo tem que evoluir no que diz respeito a isso.Sobre o projeto do Nikki Sixx eu desconhecia e fiquei apaixonada!Me fez lembrar até de um fato,sempre quando eu voltava da escola ia uma rapaz portador de deficiência no mesmo ônibus que eu,comentei com uma colega como achava-o bonito e a mesma logo fez uma cara de desdem soltando: "Ah mas ele não tem um braço!"-olhei para ela sem entender o comentário,mas entendi que beleza vai muito além do que os olhos podem ver,esse rapaz vivia sorrindo e era super educado com as demais pessoas,a falta do braço era o de menos pra mim.Acredito que quando as pessoas de forma geral enxergarem o seu semelhante além daquilo que se vê (estiticamente falando),o respeito vai começar a vir de verdade...eu não consigo enxergar beleza (por mais bela fisicamente que o mundo considere essa pessoa) em alguém com atitudes ruins.O belo sempre foi intocável...
ResponderExcluirEu postei no começo do blog sobre moda inclusiva e pessoas cadeirantes que são modelos,o mercado realmente precisa abrir os olhos para incluir as pessoas,todos possuímos o direito de consumir aquilo que gostamos e que estejam ao nosso alcance!Sei que muita gente luta pelos direitos dos animais, e acho uma causa super justa e digna mas e a inclusão de pessoas?Eu sinceramente vejo pouco (ou nenhum) engajamento da causa...acredito que até quando fazemos um investimento pessoal,como construir uma casa,que muitas vezes vamos alugar ou vender.Nessa casa onde moro há barras de apoio no banheiro,mas não há uma rampa apenas escadas de acesso,muitas vezes uma pessoa não aluga uma casa com bom preço em um local bom por conta desses mínimos detalhes...é aquela velha postura " se eu não preciso,porque vou fazer e priorizar?",mas ninguém sabe o dia de amanhã e empatia é sempre bom ter...não precisamos ser o beneficiado ou conhecer o mesmo para colaborar e melhorar as coisas!
Ok eu viajei na maionese,mas enfim...como sempre o MdS nos mostrando visões interessantes sobre o mundo!
Viajou não, Madchen! Temos que expandir mesmo nosso oljar, sair da zona de conforto. Ou se as pessoas não querem isso, q ao menos respeite, né? O q vc disse sobre não ter infra-estrutura para pessoas com deficiência na cidade onde vc mora é reflexo do grande descaso que eles vivem. E por isso é importante que estejamos os apoiando com cobranças. A rampa é um benefício para mta gente, inclusive para quem não tem deficiência. Mas q bom q vc sempre teve conscientização e empatia!
ExcluirSobraram alguns exemplos da matéria e entre eles está o Rick do Def Leppard. É provável que com o tempo saia uma segunda edição, já que o tema é rico e ainda pouco desenvolvido. Aliás, passe o link do seu post pois quanto mais matéria sobre esse assunto, melhor! Bjkas
Oi Sana!
ResponderExcluirFiquei super feliz com o post! Super abrangente, feito com muito respeito e sensibilidade. Eu encontrei nele algumas pessoas que ainda não conhecia, e fiquei sabendo mais sobre outras que conhecia.
Gostaria de agradecer a Sana e a Lauren pelo post, e recomendar dois blogs tb de deficientes físicas: o http://spashionista.com/, que lida com moda inclusiva, e o http://www.prettycripple.com/, da Magdalena, que gosto pra caramba.
Beijos e parabéns!
Oi Víven, hj estou respondendo no lugar da Sana, rs Que bom que vc ficou feliz, essa avaliação é superimportante para gente!
ExcluirNossa, amei os blogs q vc recomendou. É provável que saia uma segunda edição pois alguns nomes ficaram de fora, senão o post iria ficar gigantesco. Caso não se importe, podemos citar esses blogs por ser um assunto que merece ser divulgado. E mto obrigada pelo elogio e sua participação frequente aqui. Bjkas!!!