Um estilo superconhecido na moda alternativa foi resgatado por Jeremy Scott para o desfile Verão 2018 da Moschino, o último da marca. Nomeado de biker ballerina pelo estilista, esse é um look usado há muitos anos no meio underground e que hoje também está no mainstream, tornando-se até um clássico. Com os 40 anos do Punk, pretendia abordar novamente o tema e sem querer surgiu o momento perfeito para relembrar a icônica roupa.
O desfile da Moschino não foi a primeira vez que o estilo apareceu nas passarelas. Jean Paul Gaultier no Verão 2007 e Betsey Johnson no Inverno 2014 também já mostraram suas versões.
Moda e ballet sempre possuíram forte ligação, designers sempre tiveram fascínio pela dança e seu figurino o que resultou em grandes parcerias e temas de coleções. Mas foi com a chegada do punk, na década de 70, que houve uma significativa reinterpretação do assunto. Cansadas do conservadorismo da sociedade inglesa, as The Slits aparecem batendo de frente com a visão castradora sobre o corpo e o comportamento da mulher.
Formadas em 1976, junto ao movimento punk que abraçou os protestos das jovens por meio da música e da roupa. "Se você vestisse como forma de expressão, você era um completo estranho e não havia tolerância para estranhos naquela época. Nós iríamos pegar coisas como roupas de fetiche, botas de trabalho masculinas, olhos pintados de preto, meias de borracha e saias de tutu dos meus dias de escola e colocar tudo junto. São signos de como ser uma garota, mas tudo junto e desordenado. E nós iríamos empurrar de volta nos rostos da sociedade masculina. Estávamos tirando sarro dele e expondo os clichês e o comportamento forçado que era para todos", revelou Viv Albertine à MTV.
Foi através do punk das mulheres que a saia de tutu, uma importante vestimenta do ballet, atividade incentivada as meninas desde cedo, ganha um novo olhar. Dali em diante, garotas punks e não punks passam a adotar a peça no seu guardarroupa.
Uma prova de que não é só a música que quebra paradigmas, a moda também pode causar tal efeito. Depende da intenção de cada um. E o visual 'punk bailarina' atravessou até as barreiras das subculturas.
Imagens: Vogue |
Ideias de biker ballerina para o dia a dia.
Imagens: Google |
Formadas em 1976, junto ao movimento punk que abraçou os protestos das jovens por meio da música e da roupa. "Se você vestisse como forma de expressão, você era um completo estranho e não havia tolerância para estranhos naquela época. Nós iríamos pegar coisas como roupas de fetiche, botas de trabalho masculinas, olhos pintados de preto, meias de borracha e saias de tutu dos meus dias de escola e colocar tudo junto. São signos de como ser uma garota, mas tudo junto e desordenado. E nós iríamos empurrar de volta nos rostos da sociedade masculina. Estávamos tirando sarro dele e expondo os clichês e o comportamento forçado que era para todos", revelou Viv Albertine à MTV.
Foi através do punk das mulheres que a saia de tutu, uma importante vestimenta do ballet, atividade incentivada as meninas desde cedo, ganha um novo olhar. Dali em diante, garotas punks e não punks passam a adotar a peça no seu guardarroupa.
Zillah Minx da banda Rubella Ballet.
Nina Hagen na década de 80 e atualmente.
Cyndi Lauper utilizou outros materiais que imitavam o efeito do tule.
Madonna ajuda a levar o visual para o público de massa com o filme "Quem é essa garota?" de 1987. Repare que a jaqueta de couro e a meia arrastão já estão aliados a peça.
Em 2004, ocorre um ápice quando Avril Lavigne adota o look no álbum 'Under My Skin'. Após o lançamento, a cantora passa a usar com frequência em eventos e apresentações, inclusive inspirando-se para coleções de sua marca de roupa.
No clipe 'My Happy Ending'.
Do outro lado, Amy Lee populariza no rock gótico/metal.
Lzzy Hale no Hard Rock.
Mesmo atingindo diferentes cenas, Ariel Bloomer mostra
que a existência no punk permanece com força.
que a existência no punk permanece com força.
Por aqui, Baby do Brasil faz seu grande retorno se jogando nas diferentes cores e texturas da saia que não precisa mais ser feita de tule. O visual foi se desenvolvendo conforme a criatividade das artistas mantendo-se a silhueta inicial.
Atualmente, o mais famoso grupo a adotar foram as Baby Metal.
Os looks passeiam entre elementos do punk e gótico.
Uma prova de que não é só a música que quebra paradigmas, a moda também pode causar tal efeito. Depende da intenção de cada um. E o visual 'punk bailarina' atravessou até as barreiras das subculturas.
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Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana e Lauren (entre em contato por email ou DM no Instagram para nossos sobrenomes completos). É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o texto do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.
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