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12 de dezembro de 2020

Por que sumimos em 2020? Vem saber as respostas!



O ano de 2020 foi atípico em todos os sentidos, inclusive aqui no blog. 


Por que sumimos em 2020? Por que 'pausamos' o blog?




Em 2019 comemoramos 10 anos de blog. O trabalho de produção de conteúdo de 3 zines (físico e digital) e uma revista digital com 104 páginas, um projeto de financiamento na Vakinha e o envio do material aos apoiadores foi um processo superexaustivo (embora prazeroso!) pois fizemos tudo sozinhas na base do do it yourself - faça você mesma - e tudo 100% desenvolvido por mulheres (autoras, ilustradoras e colaboradoras), feito na raça, na vontade, sem conhecimento prévio, errando e acertando.

Produzir conteúdo não é fácil, o processo de pesquisa, de seleção de informações (tínhamos limites de páginas), de cessão de imagens, duraram o ano inteiro e não paramos o blog, mas diminuímos a frequência. Além disso, vínhamos atualizando o blog incessantemente por 10 anos. Assim que todo o material foi enviado,  pensávamos em uma só coisa: 


Tirar um ano 'de férias' do blog!
 

E assim o fizemos! 

Em março deste ano chegou a pandemia. Uma situação terrível que ainda vivemos e parece longe de finalizar! Além de termos de nos proteger usando máscaras, manter o distanciamento social, tem também a questão de manter a saúde mental pelos hábitos terem mudado tão repentinamente.


Hoje com as redes sociais, pessoas se ocupam de pessoas. São horas e horas vendo fotos, vídeos, dando likes ou acompanhando postagens de outrem. Se ocupar de pessoas não é novidade, sem dúvida a vida virtual tirou de nós a presença nas ruas, a conversa face a face. Vivemos em cidades que são propositalmente construídas para carros e não para pedestres, poucas praças, poucos espaços públicos pra se reunir. O motivo é óbvio, não é interessante para os governos que pessoas se reúnam, pois pessoas juntas, conversando trocam ideias. E ideias podem ser motes de mudança de atitude e pensamento, podem ser revolucionárias. Manter cidades para carros e não para que pessoas se encontrem nos  espaços públicos é um projeto político. E nestas horas a internet faz a função que o encontro nas ruas não faz. Especialmente com a pandemia.


Percebemos que assim que iniciou a pandemia, perfis começaram a produzir conteúdo sem parar, com a alegação que agora as pessoas que estariam em casa precisariam de algo pra ver/ler. Em poucos dias foi notável o saturamento de postagens, lives, sob o argumento de 'ser produtivo', porém se tornou impossível de acompanhar sem que ficássemos horas logadas, mesmo que selecionássemos só os perfis preferidos. E estas longas horas logadas favorecem os bilionários donos das mídias sociais e desfavorecem a saúde física e mental das pessoas que logo ficariam com suas mentes estressadas de tanta informação.


Optamos por não entrar nessa onda, a pandemia é pra nós um assunto seríssimo que exige reflexão e  uma oportunidade de rever velhos hábitos, não é um momento para jogar milhares de conteúdos numa sociedade já saturada, viciada e doente também por visibilidade.


A mente precisa de seus momentos de silêncio, tédio e reflexão, para que se desenvolva também o senso crítico na medida em que as informações adquiridas são processadas.


Estamos onde estamos 

Essa nossa ausência pode ter feito alguns pensarem que o blog acabou, que entramos em decadência, ou que "estamos onde estamos: na pior".  


Mas a questão é bem mais simples: desconectar é necessário numa era de estímulo excessivo, de exigência de interação sem pausas.


O blog em 2020 confirmou-nos que tem seu lugar garantido na web, mesmo sem postagens novas se manteve com milhares de acessos mensais, o que nos impressionou! Recebendo novos leitores (as gerações mudam) e novas visitas. Além das pessoas que voltam pra reler ou consultar. Considerando que não temos Youtube, nem Podcast e nosso Facebook e Instagram também diminuíram drasticamente o ritmo em 2020, é um feito que impressiona a nós e mostra como ainda é importante ter um espaço informativo que ofereça conteúdo acessível a todos.


Há quem critique blogueiras e influenciadoras digitais por só produzirmos conteúdo na web (não-físico). O que tenho a dizer é que todas são relevantes sim! É mais do que certo que o que é desenvolvido na web se espalha tanto que chega muito longe, em lugares e pessoas inimagináveis, indo muito além de muros limitantes de casas, escolas e universidades/academia. Ter blog e/ou ser influenciadora digital é colocar em prática o conhecimento de forma pública, à todos. Uma atitude super 'socialista': compartilhar com todos o que se sabe e construir juntos o conhecimento.


Nós prezamos por liberdade intelectual, pensamento autônomo, por isso gostamos de manter um blog: para postarmos o que quisermos, sem amarras. Como Clarice Lispector muito bem fala neste vídeo, acreditamos que a escrita não pode ser forçada, uma obrigação, um cumprimento de metas, a escrita é liberdade. E liberdade é autonomia. Autonomia, já dizia Kant, é termos nossas próprias escolhas através de nossos próprios pensamentos.


Em nossa ausência em 2020 me dediquei a ler e aprender cada vez mais dos assuntos diversos que me interessam: da filosofia ao feminismo, de história política à música, de história à museologia, buscando cada vez mais a autonomia de pensamento e a descolonização - esta talvez o conhecimento mais marcante do ano, ter orgulho de ter nascido na América Latina e cada vez mais exercitar o pensamento crítico sobre o Europeu e Norte Americano que tanto colonizam e imperializam nossas mentes. O ano foi por demais ativo intelectualmente. 


Em 2020 comecei a seguir no Instagram perfis associados aos temas acima, mantendo contato com novos conhecimentos fora da Moda e da aparência. E todos esses temas, embora pareçam não ter nada a ver, tem super a ver com o conteúdo do blog! As conexões mentais feitas durante o aprendizado, serão úteis para aprimorar nosso conteúdo.


Se aprofundar no feminismo fez-me aprofundar na forma como a moda e cultura alternativa está afundada em machismo, misoginia e opressão de gênero. Nós mulheres das cenas alts reproduzimos sem perceber, algumas vezes seduzidas pelo 'biscoito', 'lacração' e 'close' em estéticas que se associam diretamente ao machismo e pornografia. Uma vez que se treina o olhar é difícil se livrar da análise. Queria trazer essas reflexões pro blog no futuro, embora eu saiba que seja uma questão polêmica.


Das conquistas de 2020, uma foi o incrível sucesso da coleção Dark Glamour com a loja Dark Fashion, com peças superelogiadas e superbem vendidas, assim como o sapato Glamour Ghouls com a loja Reversa, que esgotou várias vezes. De fato não tenho do que reclamar desse ano. Estou exatamente onde queria estar: realizada com as lojas, com a relevância do blog e com essa oportunidade de ter me aprofundado em novos, libertários e emancipatórios conhecimentos. 


E teve a superparceria com Henrique Kipper que me ajudou a tornar a revista Moda de Subculturas impressa! Com 54 páginas. Além de, é claro, eu ter escrito mais uma coluna de História da Moda para a quinta edição da Revista Gothic Station! 


Em termos de moda, subculturas e moda alternativa, algumas coisas interessantes aconteceram em 2020, como as tendências que tinham tudo pra abalar o universo da moda e com a pandemia elas foram 'canceladas' (a palavra do ano!). Algumas dessas trends tinham referência a um estilo de vida superburguês. E foi exatamente esse estilo de vida que a pandemia revelou absurdo. Estou cogitando postar sobre uma tendência em específico porque ainda vejo algumas publicações tentando empurrá-la goela abaixo. Tiveram outras tendências bem legais na moda alternativa que com o passar dos meses se tornaram moda. Lembrando que tendência não é o que já está ocorrendo no grande público ou dominando as lojas de nicho. Tendência tende... tende a acontecer, ou não! Às vezes ela não acontece. Mas a gente registra mesmo assim. 


Antes de finalizar nossa cartinha anual, vale dizer que o blog sempre abordou temas políticose um dos pontos que mais alertamos era sobre tomar cuidado com o conservadorismo que é enraizado em nosso país (até mesmo na moda), já que tal forma de controle social não favorece os alternativos e os LGBTs. Em março, um deputado pró governo divulgou um dossiê antifascista - sabe-se que já circulava em grupos de direita desde 2019 - ao acessarmos o dossiê nos deparamos com 90% de pessoas alternativas. Isso acendeu um alerta, confirmando algo que já sabíamos: os alternativos são dos primeiros a serem perseguidos num governos autoritário. Portanto não acreditem em 'nova política'. Não haverá nova política enquanto nosso sistema eleitoral se basear na democracia representativa. 


Outra marca de 2020 e que devemos parar para refletir, foi sobre o contínuo assassinato da população negra. É importante ressaltar que não podemos manter uma mente colonizada e pautar nossas lutas pelos eventos gringos (como BLM), nós deveríamos estar nas ruas lutando contra o racismo e assassinato dos negros PELO MENOS desde a morte de Marielle Franco. Poderíamos estar antes sim, mas o assassinato de uma vereadora eleita, mulher, negra, bissexual e autônoma, foi fato gravíssimo que poderia ter sido o gancho que precisávamos. Falhamos. E continuaremos falhando enquanto só nos espelharmos nas lutas que vem de fora. 


Aproveitando, vale citar o Black Lives Matter (Vidas Pretas/Negras Importam) que foi tão celebrado nas primeiras semanas de protesto e logo depois foi rechaçado pela mídia, famosos e celebridades, que inicialmente os apoiavam. O movimento passou por um processo absurdo de despolitização quando descobriram que foi criado por três mulheres negras, cuja ideologia é o marxismo radical que luta contra a "supremacia branca, imperialismo, capitalismo e patriarcado. Buscando a destruição total da nação como a conhecemos e sua substituição por uma nação socialista"*. Assim que isso foi sabido pelo grande público, o BLM foi enfraquecido e pior, pessoas obviamente brancas e liberais, modificaram o discurso, dizendo "todas as vidas importam".


2020 de fato, não foi/está sendo um ano fácil.

Mas com certeza é um ano que merece uma pausa para reflexão. 


Para finalizar essa carta, vale dizer que foi um prazer tão grande desenvolver os zines em 2019 que estamos pensando em novos zines. Sobre uma nova revista: também não descartamos! 

Mas para 2021 existe um projeto que estamos desenvolvendo e queremos participação de vocês. Divulgaremos em breve em nosso Instagram.


Espero que este resto de ano finalize o melhor possível para todos nós.

E em 2021, continuaremos aqui.


Acompanhe nossas mídias sociais: 

* Informação via Black Lives Matter.

Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o texto do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.
Clique aqui e leia o tópico "Sobre o Conteúdo" nos Termos de Uso do blog para ficar ciente do uso correto deste site. 

9 de outubro de 2019

10 anos de Moda de Subculturas: "Subculturas e Estilo" a história que me trouxe até aqui.


Hoje o blog Moda de Subculturas comemora seus 10 aninhos!!


Neste ponto todos devem saber da nossa campanha da Vakinha, onde os apoiadores receberão 1 revista + 3 zines comemorativos (clica aqui), que fica no ar até dia 15/10 e em novembro os materiais e brindes estarão disponíveis aos apoiadores!

Difícil dizer qual o maior legado do blog nestes anos todos, acho que o principal foi tratar a moda alternativa com seriedade, mostrando que as subculturas influenciam a história da moda e são influenciadas por ela. Informar sempre respeitando a história das mais diferentes tribos, mesmo daquelas que não nos identificamos pessoalmente.

Um outro legado que considero importante, foi respondido numa das perguntas da minha entrevista para a revista Gothic Station #3: sem querer o blog cunhou o termo "Moda de Subculturas" no Brasil. Pode soar arrogante, mas é verdade.


Foram inúmeras vezes que ao longo destes 10 anos recebi mensagens de pessoas dizendo que: 
- se interessam por "moda de subculturas", 
- que o TCC é sobre "moda de subculturas", 
- que pesquisam "moda de subculturas", 
- que quer fazer trabalho de "moda de subculturas"... 
e assim vai...

Isso é fofo e curioso.
Fofo porque as pessoas se interessem no tema e curioso porque elas usam o nome do blog como referência para um assunto.

"Moda de Subculturas" é o nome do blog.
E moda das subculturas seria a grafia pra se referir ao assunto.
nome do blog virou um termo e se entranhou na cabeça das pessoas como um 'sinônimo' pra essa temática. 

Quando isso acontece, já sei que ali tá marcada a influência do blog em suas vidas, em sua forma de pensar, no seu interesse por pesquisa e principalmente na forma de se dirigir ao tema de moda alternativa. 
E por mim podem continuar usando o nome do blog, "Moda de Subculturas", pra se referir ao tema, não me importo! XD

Atualmente somos praticamente o único site/blog ativo no BR sobre o tema geral de subculturas, nossa presença está marcada na web. É uma forma muito forte de influencia. Será que alguém vai estudar isso algum dia? :P

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Como já estão cansado de saber, houve uma comunidade do Orkut que deu origem ao blog. São muito anos, as gerações mudaram e alguns que aqui visitam podem nem ter ideia de como foi a origem de tudo. Embora este ano o blog comemore 10 anos, faz treze anos que comecei a postar informações sobre moda alternativa na web! :O Meu interesse no tema vem de todo um histórico pessoal: foi o gosto por música (rock/metal) que me levou à cultura alternativa, ao desejo de saber mais sobre subculturas e posteriormente a criar minhas próprias roupas

Eu poderia dizer que "sou alternativa desde criancinha" pois cresci numa família roqueira e me sentia "diferente" desde nova (por ser questionadora de fatos sociais), mas isso seria absurdo, pois naquela idade eu não tinha o conhecimento e muito menos a consciência de todo um contexto em que a cultura alternativa se insere. Na minha opinião, ser alternativo não é gostar de Frankenstein e roupa preta quando criança, pois a cultura pop tem grande influência sobre nossa formação cultural ao longo de nosso desenvolvimento. Pra mim, ser alternativo é uma junção de fatores que quando criança eu ainda não tinha plena capacidade de compreensão. Só passei a me compreender como uma pessoa 'encaixável' na cultura alternativa quando adolescente, aprendendo e compreendendo seus simbolismos, códigos, ideologias e ações.

Meu interesse no tema me leva no começo da década de 2000 a estudar Moda, graduação que não era muito habitual aos que se identificavam com cultura alternativa. Hoje, o curso de Moda é uma opção onde pessoas "diferentes" encontram um porto seguro. Uma área em que podem ser si mesmos. Uma opção às carreiras tradicionais. Um curso que alternativos sentem que podem manter seus visuais, embora na vida real seja uma área difícil para empregos.

Munida de um pouco de conhecimento adquirido, fundei no Orkut a comunidade "Subculturas e Estilo", lá era a rede social onde todos estavam e logo conheci pessoas alternativas do Brasil todo que só agregavam! A comu surgiu em 2006 e permaneceu ativa até o fim do Orkut em 2013. Só não vou lembrar quantos membros tinha quando o Orkut finalizou, pois não tenho prints, mas eram milhares (perto de 5 mil se não me engano).

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Existe um problema com a internet, se você não "printa" ou não salva uma página da web, algumas coisas se perdem para sempre. Eu vi isso acontecer com a história do que produzi na web.

Desde que o Orkut não existe mais, perdeu-se o que produzi naquele lugar. Neste sentido, a internet também prejudica pesquisadores. Como recorrer a algo que não está mais lá? Como provar algo que não pode ser visto? Como confirmar uma informação que existe na sua memória mas que não há mais o registo virtual daquilo?

Com sorte, eu cheguei a salvar as páginas da comunidade e se não fosse por isso, dependeria da história oral e escrita de quem presenciou aqueles momentos. Não lembro o dia exato em que a Subculturas e Estilo foi criada, perdi essa informação, só lembro que foi em 2006 (entrei no Orkut em 2005). Achei um arquivo Word com os textos que lá postava e foi bastante interessante reler, são 35 páginas! Não me lembrava mais exatamente o que eu escrevia. E é um pouco disso que compartilho com vocês agora.

Comemorando os 10 anos do blog vamos começar antes do começo, com o print de um post com o texto do perfil da comunidade, de março de 2007 (a "Lady Skull" sou eu rs).


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Parte da descrição da comu foi adaptado de um livro de Patrice Bollon. Eu não faria isso nos dias de hoje. Mas estava começando a ler material acadêmico, então eu ainda não tinha uma abordagem adequada. Além disso, sabemos das complexidades dos termos "subculturas" e "tribos urbanas" e seus desdobramentos através dos teóricos. Tribos Urbanas é um termo que pegou MUITO no Brasil pós 1985, tanto que se usa até hoje. Mas eu não utilizava Maffesoli como referência, eu tinha lido Hebdige e estava pessoalmente envolvida com a cena Metal (uma subcultura). 
"Subculturas" era um termo pouco usado no Brasil (em prol de Tribos Urbanas) até recentemente (ainda é, em alguns segmentos), mas nestes últimos anos voltou forte a ser usado no exterior e na academia devido às ressignificações teóricas, o termo voltou à mídia estrangeira e fico feliz que eu tenha usado o termo no nome do blog pois ajudou na nossa ascensão e contextualização às recentes teorias. 

Atenção pra esse pedaço: eu tô chocada que nada mudou! 

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"absurdos que leio por aí", UI! 

Em muitos pontos eu fazia um tom meio didático, optei por essa abordagem porque na época não se encontrava muitas informações sobre moda alternativa no Brasil e os blogs eram fundamentais nessa questão. Eu falava de moda mainstream em paralelo com o conteúdo de moda alternativa, fazia questão de informar sobre MODA, que era vista com preconceito no meio alternativo, como algo fútil. Na verdade Moda ainda é visto como algo fútil, impressionante como cada nova geração repete as ideias do passado sem questioná-las! Eu queria quebrar isso. Queria mostrar que a moda não era só futilidade, que havia um outro lado, o lado histórico, o lado do significado das coisas, dos motivos...



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Hoje falamos muito de marcas e parcerias e a Subculturas e Estilo tinha a intenção de divulgar lojas alternativas nacionais, existia um tópico apenas pra isso. Nada mais justo do que compartilhar que é possível criar lojas e desenvolver o mercado daquela época.
Os que no passado criticaram o blog por fazer postagens comerciais - sendo que hoje no Instagram isso é habitual dos influenciadores - não deviam saber que desde 2006, divulgação de marcas já era um dos intuitos.



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Abaixo: Aquele momento em que no dia 17 de julho de 2006 postei sobre Deathrock de uma forma bem senso comum e percebi que em pleno 2019 nunca postei sobre o estilo no blog!  XD 
Eu não escreveria aquele primeiro parágrafo hoje em dia, além de mal escrito é duvidável, mas de resto eu manteria os tópicos melhorando a pesquisa... citei até a Bettie Page! XD



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Esse post abaixo é outro que hoje em dia eu não faria da mesma forma. A intenção era falar do Glam Metal (famoso Hard Rock/Hair Metal oitentista) e onde o glam estaria "hoje em dia" (naquela época, né) no rock/metal. E lendo esse post, me veio à mente que o Marilyn Manson era chamado, especialmente no exterior em algumas publicações de música (eu lia muito essas fontes), de "Glam Goth", termo que hoje não se usa mais pra falar dele...


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Óbvio que cometi equívocos ao longo dos anos e não tenho vergonha de dizer isso! Encontrar informações não era/é fácil, era/é preciso ficar traduzindo artigos do inglês, importar livros que nem sempre traziam as informações sobre moda. Ao mesmo tempo que abri a porta da busca do conhecimento, me envolvi com informações que variavam entre senso comum e ideias que ainda não estavam 100% desenvolvidas, às vezes sendo visionária e às vezes antecipando tendências e às vezes dando opiniões sobre assuntos que supostamente eu não deveria abordar por não ser da cena X. 

Encontrei pessoas que de forma nenhuma queriam colaborar, me achando muito intrometida, "folgada" e outros xingamentos básicos por eu ter interesse em conhecer mais sobre suas subculturas ou estilos de vida. Outros se ofereceram pra ajudar e quando viram que meu trabalho era sério e relevante ficaram  com raiva do conteúdo que mostrei à eles (não quero usar a palavra inveja, mas até poderia ser). Alguns queriam guardar suas subculturas como itens preciosos que não deveriam ser compartilhados, ainda mais por um blog assim... tão diverso e que falava de... Moda!! (algo fútil pra eles que não devem usar roupa nem adornos né? rsrs)

Bom, se as pessoas não compartilham informações com um blog que respeita as culturas alternativas, mas se abrem pra mídia dominante que fazem matérias erradas sobre esse universo, eles tiveram as opções e fizeram suas escolhas. 

Às vezes falar para um público menor, mais direcionado, faz mais efeito educativo do que pra um público amplo demais que vai cortar tuas falas. E pra uma mídia que vai alterar a linguagem informativa. De qualquer forma, sempre estive aberta ao diferente e ao que não entendo. E sempre vai ter os que não gostam da abordagem. Mas não podem dizer que não deixei o espaço aberto.

E o que aprendi com toda essa hostilidade? Que infelizmente em muitas pesquisas não terei ajuda das pessoas de certas cenas. É um processo que sozinha tenho que destrinchar estudando muito, fazendo com que um post demore até mesmo anos pra sair.


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Um dos primeiros banners do blog

Vocês podem navegar pelos primeiros posts do blog e ver como era minha abordagem bem senso comum das temáticas e como depois aquilo deu uma melhorada. Haviam até revoltas pessoais, coisa que hoje nem tem mais, pois levei pro meu blog pessoal, o morto-vivo Diva Alternativa

O blog já nasceu com o "Dark Glamour", termo que "criei" pra remeter à tudo que fosse obscuro e elegante, que simboliza muito o que aprecio esteticamente. 

Em 2011, usei pela primeira vez o termo "dark pin-up" aqui no blog.

A primeira vez que coloquei publicidade paga no blog foi no começo de 2013, embora parceria por permuta também seja praticada.

Capa em 2011/2012: papel de parede remetendo à "Dark Glamour".

Muitas mudanças ocorreram no caminho: testes de conteúdo, experiências... perceber que tipo de postagem não atrai o público...
Vejo muito bem que vocês não gostam de moda colorida né? hahahaha!! Mas é algo que tem que postar, especialmente se enxergamos algo relevante ali!

Vi diversos outros blogs alternativos que começaram antes ou junto desaparecerem, como o Sombria Elegância (2008 a 2010), Moda Trash (2008), Choose your Style (2008), Black Baroque (2013-2014), responsável por usar o termo "Retro Gothno Brasil; e outros que permanecem no ar como o Aliena Gratia/Desvianteh, desde 2008. Toda essa turma teve relevância na história da blogueiragem alternativa brasileira, além de claro, os blogs mais específicos, como os de moda Lolita e Gyaru.

Em 2012, a Lauren, a moça que era dona do blog Moda Trash me escreveu perguntando se podia ser colaboradora. Acabamos descobrindo muitas coisas em comum e a parceria intelectual deu tão certo que em 2013 ela virou colaboradora efetiva, uma co-autora, e desde então o Moda de Subculturas mantém duas autoras.

Logo se destacou uma nova geração de blogueiras, como a icônica época das blogueiras góticas e/ou alternativas: Gabi, Giovanna, Nayara, Mayara, Marcela, Rafaella, Bruna, Ariel, Rokaia, Lídia, Mone, Fernanda, Jaque, Thaís, Camilla, Alessanda, Suélen... entre outras - Nosferotika e Sandila - foram muito representativas e depois migraram para o Youtube.


Em 2016, concorremos no exterior com blogs de peso como Haute Macabre, como melhor blog no tema "Subcultura", sendo o único blog da lista em português, nossos leitores votaram em peso e fomos pra final!! Não ganhamos - claro, único blog em português numa eleição mundial - mas estranhamente não nos foi dito pelos organizadores qual nossa posição final. Algo que acho estranho até hoje XD

Vi o desenvolvimento das lojas alternativas do fim dos anos 90 quando tudo meio que se baseava em criações em torno da temática de bandas além da moda street (skate/surf); o começo de 2000 com as criações da Black Frost e outras marcas de pegada romantic goth; seguindo a década dos anos 2000 vendo-as se profissionalizarem cada vez mais; a década de 2010 e todas as experiências de tendências alternativas e cooptando o mainstream; chegando a 2015 em diante onde as lojas se profissionalizaram muito, criando suas próprias coleções e ganhando variedade, acompanhando os interesses das mídias sociais.

Acho muito importante apoiar quem está começando! Tenho muito orgulho de ter apoiado e divulgado aos leitores marcas alternativas. Mesmo que algumas marcas tenham depois deixado o blog, foram parte do nosso caminho!

Capa em 2014.

Certeza que nessa carta muita coisa ficou de fora, 10 anos é tempo pra caramba também pra esquecer das coisas que aconteceram!!

Mas acho que história do blog mostra bem que "influencer" não são só fotos lindas, existem os micro influenciadores e principalmente a influência intelectual - essa é uma forma muito potente de influência, pois muda a mente das pessoas, a forma de pensar. Uma pena que não sai na foto.

Não faço ideia do que será do blog nos próximos meses/anos, pois continuar na ativa está bastante difícil devido aos compromissos da vida real. Mas independente do rumo que tomarmos, esse blog já está na história da cultura alternativa nacional, modéstia à parte. Quem sabe um dia, no futuro quando alguém for pesquisar a história da moda, mídia e cultura alternativa no Brasil, se lembre de nós e possamos ser uma fonte oral e escrita da História?


Capa 2014 - 2017


Aqui acaba essa imensa carta de 10 anos e não esqueçam que nossa campanha de 1 revista + 3 zines comemorativos está chegando ao fim.

O conteúdo delas não estará disponível no blog!

Então clica no banner abaixo e garante seu material! Afinal, só se faz 10 anos uma vez!! <3

Grande abraço!

Assinado: Sana (@sanaskull)



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Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
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2 de outubro de 2019

Conheça um pouco mais sobre os zines dos 10 anos do Moda de Subculturas

Tenho postado as atualizações sobre o projeto dos 10 anos do blog no nosso Instagram, especialmente nos Stories, mas como nem todo mundo tem aquela rede social, hoje vou compartilhar aqui os mais recentes posts, onde fiz breves comentários sobre os três zines comemorativos.

Antes, clica aqui pra conhecer a Vakinha!

Zine Dark Pin-ups

A capa do zine Dark Pin-up é uma ilustração de Aline Lacroc!
Devo confessar que esse é o zine que estou mais apegada e o que estou mais envolvida, tanto que o deixei pra montar por último! Eu já sabia que demoraria mais nele que nos outros materiais pois eu teria que trabalhar muito em cima da pesquisa que foi bem extensa e tentar ao máximo deixar sucinta e adaptada ao formato de zine.

Pra esse zine, conto com participação de várias meninas que adotaram o estilo, como @murderqueen e @bettiefromhell, entre outras. A Bettie é uma entusiasta que vira e mexe a gente tem umas conversas sobre o assunto! E ela me ajudou muito a entender o que o estilo se tornou ou hoje!
Pra esse material, busquei ao máximo realizar uma pesquisa investigativa e acho que cheguei a bons resultados. Mas isso são vocês que deverão dizer após lerem o zine!

Será composto de basicamente:
- análise do resultado do questionário realizado em 2017; 
- possível histórico do estilo; 
- adeptas no Brasil e no exterior; 
- porque escolhi chamar de "dark pin-ups"; 
- como se espalha um estilo pela web; 
- subcultura ou estilo?; 
- do que se compõe o visual; 
- possíveis subdivisões do estilo; 
- quais as referências; cooptação comercial; 
- abordagem na internet; 
- o que se tornou o estilo hoje.

E ainda trás uma Dark Pin-up de vestir criada pela Aline Lacroc que já postei spoiler nos stories do IG.

dark-pinup-style
capa, ainda provisória, do zine Dark Pin-up


Zine  Moda de Subculturas

No inicio o conteúdo deste zine estava muito claro pra mim. Se chamaria "Subculturas e Estilo" e seria como a comunidade do Orkut que deu origem ao blog: traria pequenos textos sobre as estéticas alternativas e ao fim traria bonequinhas de vestir criadas pelas ilustradoras... Mas infelizmente, não consegui com que algumas pessoas me cedessem fotos (ah se eu fosse a rede Globo isso seria diferente!? 😂), e isso miou a ideia toda, pois havia um nexo em apresentar especificamente aqueles estilos.
E acho importante compartilhar que o processo de criação não tem só coisa boa, tem muitos imprevistos também!

Então tive que mudar o zine e, ao ver a ilustração oficial criada pela @estranhadupla e @violet.coffin, vi a oportunidade de tornar esse zine algo divertido! Aquele tipo de material que a gente pode oferecer pras crianças!
Sempre foi um desejo meu apresentar a cultura alternativa aos pequenos, pois eles não tem preconceitos e limitações que os adultos se auto-impõem!
Mas este não é considerado por mim um zine infantil, e sim um zine pra todas as idades!
Trará breve textos facinhos de ler e as bonecas fofíssimas de Aline Lacroc e @ilustra.annah!
A bonequinha Dark Pin-up entraria aqui também, mas agora foi lá pro zine homônimo, faz mais sentido e ficou bem mais interessante também! ❤

Capa do zine Moda de Subculturas



Zine Riot Grrrl


Você deve ter notado que a capa da revista e do zine Riot Grrrl estão cheias de tons de rosa, seja bem clarinho, seja mais forte. A escolha não foi à toa. Nos últimos anos, não há cor mais subversiva que o rosa. É o momento perfeito pra questionar os clichés de que a cor é apenas um símbolo de feminilidade.

Parafraseando Valentino: Pink é punk!

🌹 É a sociedade que define os sentidos das cores.
Foi nesse ponto que busquei na história o pink de Schiaparelli na década de 1920, que já nasce alternativo e pink do tailler de Claude Montana nos anos 80, que reconhecia a autoridade social das mulheres.

🌹 O rosa foi o tom dos protestos políticos de jovens rebeldes nos anos 1960 e 70.

🌹 A banda The Clash declarou que o rosa é "a melhor cor do rock 'n' roll"..

🌹 Um triângulo rosa era utilizado para identificar homossexuais em campos de concentração e tornou-se um símbolo do ativismo gay.

🌹 O famoso rosa Millennium é a cor dos questionamentos de estereótipos da geração jovem.

🌹 Rosa é a cor que as feministas (liberais?) começaram a se apropriar tornando um símbolo de força e não de frivolidade.

🌹 Cada vez mais o tom desafia as ideias tradicionais da sociedade! Assim como no século 18, o rosa volta a ser uma cor sem gênero definido.

🌹 Subverter o rosa, é subverter os papeis socialmente criados em relação às mulheres!

🌹 Desta forma, especialmente a capa do nosso zine sobre o Movimento Riot Grrrl ganha esse tom anacrônico, que une punk noventista com pink feminista 2019!

Como um blog feito 100% por mulheres falando de subculturas (um tema que é dominado por homens) e de moda (sendo acusadas de frivolidade), nada melhor do que subverter e declarar: Pink é Punk! E podemos provar isso!! .

🌹 E você, o que acha da nossa escolha de cor??

Capa do Zine Riot Grrrls


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Já estou preparando brindes a todos que estão contribuindo! 💖 










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8 de setembro de 2019

#10 anos de Moda de Subculturas: Pink é Punk!!

Você deve ter notado que a capa da revista e do zines Riot Grrrl (assim como suas páginas) estão cheias de tons de rosa, seja bem clarinho, seja mais forte. A escolha não foi à toa. 

Nos últimos anos, não há cor mais subversiva que o rosa. É o momento perfeito pra questionar os clichés de que a cor é apenas um símbolo de feminilidade. 

Parafraseando Valentino: Pink é punk. 

É a sociedade que define os sentidos das cores. 

E é nesse ponto que busco na história, o pink de Schiaparelli na década de 1920, que já nasce alternativo e pink do terno de Claude Montana nos anos 80, que reconhecia a autoridade social das mulheres.

O rosa foi o tom dos protestos políticos de jovens rebeldes nos anos 1960 e 70. 

A banda The Clash declarou que o rosa é "a melhor cor do rock 'n' roll".

Um triângulo rosa era utilizado para identificar homossexuais em campos de concentração e tornou-se um símbolo do ativismo gay. 

O famoso rosa Millennium é a cor dos questionamentos de estereótipos da geração jovem. 

Rosa é a cor que as  feministas (liberais?) começaram a se apropriar tornando um símbolo de força e não de frivolidade. 

Cada vez mais o tom desafia as ideias tradicionais da sociedade! Assim como no século 18, o rosa volta a ser uma cor sem gênero definido. 

Subverter o rosa, é subverter os papeis socialmente criados em relação às mulheres!

Desta forma especialmente a capa do nosso zine sobre o Movimento Riot Grrrl, ganha esse tom (literalmente) anacrônico, que une punk noventista, com pink feminista 2019!




Como um blog feito 100% por mulheres falando de subculturas (um tema que é dominado por homens) e de moda (sendo acusadas de frivolidade), nada mais ideal do que subverter e declarar: "Pink é Punk!" e podemos provar isso!

E você, o que acha da nossa escolha da cor?


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2 de setembro de 2019

Sarah Amethyst é capa da revista Moda de Subculturas, dedicada à moda e cultura alternativa

Este ano o blog comemora 10 anos em outubro e pra celebrar tem 1 revista e 3 zines em conteúdo digital disponíveis para todos que apoiarem nossa Vakinha!! Com no mínimo R$25,00 você já garante suas edições!


Corre que o prazo pra garantir suas edições está acabando!


É com muito entusiasmo que apresento a CAPA OFICIAL da 
primeira revista brasileira dedicada à moda alternativa:



Quando surgiu a ideia de celebrar os 10 anos do blog logo veio a ideia de lançar uma revista comemorativa, esse é um desejo muito antigo e finalmente chegou a hora de realizar!! Sou daquelas que anos atrás fazia leitura de revistas alternativas estrangeiras buscando novidades porque não tínhamos uma revista de moda alternativa aqui. E agora teremos!! Fico extremamente feliz de dar mais esse passo tão importante para a mídia alternativa do Brasil com o apoio dos leitores do Moda de Subculturas.


Sobre a capa

Escolher a capa de uma revista não é tarefa fácil! 
São tantas pessoas incríveis, tantos assuntos fascinantes! 

Mas sendo essa uma revista de MODA ALTERNATIVA, eu quis colocar na capa principal uma pessoa que fosse ligada à esse universo, queria colocar uma modelo alternativa

E quando pensei em "modelo alternativa" e tudo que esse termo envolve, a Sarah Amethyst foi a primeira pessoa que me veio à mente.

Sarah demonstra dedicação e criatividade ao produzir seus ensaios super diversificados e muitas vezes surpreendentes, mostrando-se multifacetada e com capacidade de realizar os mais diversos tipos de trabalho. Sempre compartilhando o conceito por trás da temática das fotos, demonstrando seu repertório e interesse em cultura de moda. Além disso, consegue comunicar que moda - seja ela alternativa ou não - vai muito além superficialidade. A moda é expressão do self. 

E ao longo destes dez longos anos, este blog teve o compromisso de tratar moda alternativa com seriedade, tentando afastar ao máximo a ideia de que usar visual é futilidade, vide tantas matérias sobre subculturas e como seus estilos foram construídos visando a auto-expressão.

Na entrevista, Sarah falou muito sobre a importância do DIY, do "faça você mesmo" afinal, essa é a base da cultura alternativa. E talvez isso seja seu diferencial: mostrar que todos nós podemos colocar a mão na massa e realizar o que desejamos. 

A revista Moda de Subculturas e os zines são sobre pôr a mão na massa e produzir conteúdo de forma independente. Isso é o que nos une: manter viva a essência da cultura alternativa apesar de todas as adversidades do caminho!

Sobre o ensaio, Sarah contou em seu Instagram,  estar muito orgulhosa desse trabalho feito em parceria com pessoas super talentosas e  que a principal referência para o ensaio foi o trabalho da estilista Vivienne Westwood. Eu não poderia imaginar temática mais perfeita!! :D 



Sobre o processo de escolha de matérias

Infelizmente houveram algumas mudanças no percurso. Criar uma matéria de revista não é como escrever uma matéria de blog onde eu mesma corro atrás de produzir o conteúdo. Na revista, dependo muito mais de quem está comprometido a escrever e ceder fotos. E algumas vezes não houve compromisso, o que resultou em alteração de pautas. Talvez vocês sintam falta de um conteúdo x ou y, mas com certeza haverão outras oportunidades destas pautas aparecerem ou aqui no blog ou em outra publicação.

Talvez até mesmo por não termos ainda uma cultura de revistas alternativas, nem todos entendem que uma revista também é um veículo de divulgação de pessoas e marcas que estarão em suas páginas, é algo que com o tempo espero contribuir para que haja mais compreensão para que todos os que contribuem com a cultura alternativa possam ter mais um veículo de comunicação.

Revista Moda de Subculturas trará matérias que não estarão aqui no blog como, por exemplo:

- O legado contracultural dos Hippies;
- As origens das culturas vintage e retrô,
- Breve história da Moda Fetichista;
- A influência da Cultura Pop nas subculturas;
- Mulheres Trans nas Subculturas;
- Pin-ups negras;
- Medievalismo;
- Anarcofeminismo;
+ História da Moda;
+ Dança;
+ Arte.


Terá entrevistas com a Sarah Amethyst (capa), Marie Devilreux, Kemp von Sellessen, Mothmouth (blogueira do Through the Looking Glass), Henrique Kipper, Carol Sakuma.

E também ensaio de moda e a participação dos leitores no "Look do Leitor" (clique aqui pra saber como participar)! 


Zines: 





Zine Riot Grrrl - vamos homenagear aquela que é considerada a primeira subcultura criada por mulheres e para mulheres. Neste zine, contaremos a história do movimento com imagens dos próprios zines da época. Vamos enaltecer as meninas criadoras do Girl Power

Zine Dark Pin-ups - resultado de uma pesquisa iniciada em 2017 sobre um estilo que ficou conhecido no Brasil como "Dark Pin-up". Esse será um material exclusivíssimo, autoral e com uma abordagem ainda inédita no Brasil, trazendo história, descrição e análise.

Zine Subculturas e Estilo - O zine de 10 anos prestará uma homenagem à comunidade 'Subculturas e Estilo', do Orkut, criada em 2006 e que deu origem ao blog. Seu conteúdo será do jeitinho que tudo começou: pequenos textos sobre o estilo de algumas subculturas. Este zine trará bonecas de vestir criadas por nossas ilustradoras. E por quê bonecas de vestir? Porque esse foi meu primeiro contato, quando criança, de brincar com a moda, mas não tive a opção de ter bonecas em estilos alternativos/subculturais, hoje tornarei isso possível com a ajuda das ilustradoras @lacroc, @ilustra.annah@estranhadupla <3

Eu espero que vocês gostem do material e principalmente que continuem conosco pelos próximos anos!! São 10 anos (r)existindo como um dos poucos sites/blogs brasileiros sobre moda e cultura alternativa. E quero que saibam que chegamos até aqui e TUDO é possível graças à vocês! <3





* As capas poderão sofrer leves alterações no design até o dia de lançamento, mas o conteúdo não mudará.

© .Moda de Subculturas - Moda e Cultura Alternativa. – Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in