Os looks, a maquiagem, a pose dos garotos estão ótimas. Parecem mesmo saídos de alguma banda de Black Metal ou de um filme de zumbis.
Mas não gostei do papel da modelo. Um chiché "chic encontra os rebeldes".
A intenção foi provavelmente mostrar que as diferenças podem se dar bem, afinal, esse é a nova trend lá fora. Mas não me convenceu.
A atitude da modelo me passa uma incômoda e ambígua idéia: de superioridade e passividade.
Ela está sempre à frente deles e é o centro das atenções. Puxa-os pela roupa, guia-os com a mão nos ombros, usa-os ao seu lado para destacar sua beleza. Todos estão aos seus pés idolatrando-a.
Mas ao mesmo tempo, o cliché de mulher poderosa cai por terra na última foto, onde ela é retratada como uma mulher fraca, idefesa e que merece ser cuidada pelas feras. Um contraste gritante com a mensagem que passa o poderoso vestido preto que ela usa. E um contraste com as fotos anteriores.
Me incomodou ela ser colocada como superior aos "subculturais" e depois me incomodou ela se fazendo de vítma. A última foto parece uma daquelas fotos de bandas de Black Metal que exploram a passividade feminina.
Não sei se a ambiguidade foi desejada, mas nestas horas sinto falta dos editoriais da I-D ou da The Face que sabem ser chocantes, polêmicos, contraditórios com fundamento e completamente competentes.
Comparem:
Comparem:
Glamour Netherlands, Novembro de 2010.
Senti a mesma coisa :S
ResponderExcluirEu também, apesar dos looks masculinos serem lindos, o editorial ficou meio estranho hehe.
ResponderExcluirBeijos