Paralelo ao mundo “normal”, o cenário alternativo dos anos 1940, deu origem aos primeiros traços de um mercado fetichista. É de 1946 o lançamento da Bizarre Magazine. Esse revista Bizarre não é a mesma que existe hoje (esta).
A Bizarre lançada em 1946, foi criada pelo americano John Willie, um fotógrafo e artista bondage pioneiro. Desde meados dos anos 1930, Willie trabalhava com fetiche em um clube na Austrália. De volta aos EUA, ele publica de forma irregular, entre 1946 e 1959 a revista Bizarre. A revista tinha muitas fotos fetichistas, desenhos e dicas de vestuário. Havia também um espaço grande para cartas de leitores que se mostravam muito interessados em saltos altos, sadomasoquismo, corsets e modificação corporal.
Entre os fotógrafos da revista, estava Irving Klaw, outro pioneiro do fetichismo, que percebeu que esse mercado estava em crescimento. Suas fotos traziam famosas strippers e dançarinas burlescas da época, substituindo nudez por cenários fetichistas para escapar das leis contra obcenidade. Irving revelou ao mundo a primeira “Fetish Star”: Bettie Page, uma modelo referência na moda alternativa atual. Após apenas 20 edições, em 1959, a revista saiu de circulação.
Os anos 40 na moda alternativa: Psycobilly, Rockabilly, Gothabilly e Pin-ups
Os anos 1940 nos deixaram, assim como nos anos 1920 e 1930, a estética Vintage/Retrô e as figuras das pin-ups. Temos referências dos 40s nas subculturas, mesmo nas subculturas que exploram a estética retrô/pin-up como o rockabilly, o psychobilly e o gothabilly disputando referência mais forte com os anos 1950.
O termo Pin-up foi documentado pela primeira vez em 1941, mas já era usado, ao que se sabe, pelo menos desde 1890. O termo se refere a desenhos, pinturas e ilustrações que são imitações de fotos. Essas imagens eram moças em poses sensuais ou eróticas reproduzidas em revistas, jornais, cartões postais, calendários etc, que visavam serem “penduradas” (em inglês “pin-up”) em paredes. Modelos e atrizes reais também podiam ser consideradas pin-ups.
Quais as maiores referências atuais dos anos 40 nas subculturas?
- Saia-lápis:
Esse tipo de saia é parte do guarda roupa das Rockabilly e Pscychobillys há tempos. De poucos anos pra cá tem atraído a atenção de Góticas e das garotas do Horror Punk.
É uma ótima peça para ser usada alternativamente no trabalho ou em eventos mais formais. As garotas subculturais perceberam isso e é cada vez mais frequente a presença de saias lápis em coleções de marcas alternativas.
- Estilo Militar:
- Cabelos Ondulados:
Outra referência dos anos 1940 nas subculturas são os cabelos ondulados e topetes em formato de "rolo" (rolls e victory rolls).
- Meias Calças:
- Outras referências dos 40s nas subculturas:
Não posso deixar de citar a onda de estampas de filmes de terror dos anos 30/40 que estão muito na moda atualmente. Especialmente estampas dos monstros dos estúdios Hammer e do Universal.
Sem esquecer das plataformas, a herança do estilo de Carmem Miranda para as subculturas. Quem diria que uma luso-brasileira teria tanta influência na moda alternativa, nas subculturas fetichista e gótica, afinal, hoje em dia é impossível imaginar calçados fetichistas e góticos sem plataforma.
Mais sobre os anos 40:
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ResponderExcluirAmei o post Sana.
ResponderExcluirAcho muito elegante a saia lápis, principalmente dentro das subculturas.
A estilo militar também, adoro.
Tem uma jaqueta que a Cristina Scabbia usou na última turnê do Lacuna Coil que eu amo, que é meio militar.
Fiquei sem tempo de passar por aqui, mas vou dar ua lida nos últimos posts agora.
Beijos
Imagina DEZE!
ResponderExcluirTb tô super atasada na leitura do seu blog e de outras amigas. Esse feriado vou tirar o atraso!
Bjs!!