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1 de maio de 2015

A obra de Louise Zergaeng Pomeroy

Uma coisa bem legal que vem ocorrendo nos últimos anos é o destaque que a nova geração de mulheres vem ganhando no universo das artes plásticas. Esse fenômeno tem ocorrido com força no exterior e já causa efeitos no Brasil também. O interessante é que reparando nas artistas e suas criações, os nomes que despontam em larga maioria são de meninas alternativas, muitas vindo da cena underground e que estão conquistando espaço até no mainstream. E mais legal ainda, é que elas chegam retratando com diferente perspectiva o corpo feminino do que é comumente apresentando pela mídia. É o caso da artista gráfica e ilustradora Louise Zergaeng Pomeroy


Não há muito sobre a biografia de Louise na internet, só de que mora em Londres e tem entre 27/28 anos de idade. Seus desenhos são uma mistura de feitos à mão e colorido digitalmente, sendo superligado a temas do cenário alternativo, como personalidades do Rock, filmes, tatuagens e outras esquisitices que a gente ama. A artista já fez parcerias com grandes empresas: The New York Times, Converse, Attitude Magazine estão entre os exemplos. 

Recente ilustração de PJ Harvey

E Grace Jones

A cantora Kat Bjelland

Mural com imagens dos Ramones para um restaurante londrino

Desenho de Halloween, que já virou estampa de produtos, unindo Lydia Deets do Beetlejuice, Vandinha Addams e Nancy de Jovens Bruxas 

Jovem grunge e feminista

Um assunto frequente nas ilustrações de Louise são as modificações corporais


Sendo as estéticas tribais de grande interesse de estudo

Sua contribuição ao evento London Tattoo Convention de 2012

Fantástico o trabalho dela, né? Lá fora, ilustradores conseguem ter uma abertura de emprego incrível, mesmo sendo jovens, coisa que aqui é muito complicado. Infelizmente, sobreviver de artes é algo restrito no Brasil. A falta de incentivo a cultura mostra o quanto precisamos evoluir na nossa politica pública. 

Será que temos leitores artistas também? Queremos saber!


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16 de abril de 2015

Gisele Bündchen: a beleza diferencial que encantou McQueen

O assunto da semana na moda brasileira é a despedida de Gisele Bündchen das passarelas. Apesar do comunicado oficial marcar a data simbólica de seus 20 anos de carreira, a modelo poderá futuramente dar suas famosas passadas em desfiles, porém por questões mais específicas. Diante de todo esse burburinho, lembrei que um fato muito importante na sua profissão tem ligação com o universo alternativo! 

Gisele foi tentar trabalhar no exterior com apenas 16 anos. E assim como no Brasil, não foi um início fácil, encarou muita rejeição no mercado. Vocês sabiam que no começo chegou a ser apelidada de patinho feio? Mesmo alta, magra, loira e de olhos azuis, Gisele possuía "defeitos": seu nariz grande era julgado nada fotogênico, seu busto era do tamanho acima da média e mais as cobranças por estar longe da aparência Heroin Chic, padrão de beleza da época. 

Mesmo com tudo do contra aos olhos da moda, aos 17 anos, depois de ter feito 40 castings e ter recebidos só nãos, Gisele recebeu o sim de Alexander McQueen. O empecilho por não ter um visual Heroin Chic havia sido ignorado, e o estilista simplesmente a pediu que colocasse um salto alto e caminhasse para ver como desfilava. O diferencial da gaúcha que a fazia fugir dos padrões do momento, foi visto para os designer inglês como algo positivo. Debaixo de uma chuva artificial, a coleção Golden Shower Primavera/Verão 1998, se tornou uma marca memorável na vida profissional de McQueen, e catapultou para os olhares da indústria, e consequentemente ao sucesso, Gisele Bündchen.

A maior modelo de todos os tempos dando seu grande passo na carreira por intermédio de um alternativo. De patinho feio a The Body:

Gisele também estrelou a campanha da marca:

Desfile completo:


Alexander McQueen é um nome que volta e meia citamos no blog, porque o estilista tinha background alternativo. Sim, ele era punk! Grande parte de sua ousadia criativa - além do domínio na costura, em especial a alfaiataria - vinha de sua inspiração nas subculturas. O "diferente" para o inglês não era enxergado como algo negativo, pelo contrário, era algo belo. E a seu modo traduziu para as passarelas essa visão. McQueen viu beleza no diferencial de Gisele. Para nós de cá, que somos superjulgados pela estética, pode parecer uma situação sem relevância, só que não foi para o meio. Ocorreram mudanças, ainda que insuficientes para o nosso mundo real.

O encontro de McQueen com La Bündchen é a prova de como os alternativos têm influencia no mercado, é uma pena que no final o que surge é um produto processado para a massa consumir, com conceito nulo. Resultado inclusive que tanto o britânico lutava contra. E o corpo de Gisele em vez de ser incluído como mais um tipo de beleza, a indústria o transformou em referência de cópia. 

Na moda de cem anos de Gilles Lipovetsky, do anos 60 para cá, sem dúvida alternativos têm feito mais história na moda do que se pode pensar! O sistema nos trata como se fôssemos insignificantes, mas a verdade é que estão de olho em cada passo nosso para vender seus próximos modismos. Cool hunters entenderão.


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9 de abril de 2015

Calçados e Acessórios da Petite Jolie

Andando pelas internets da vida, demos de cara com uma versão da sandália de plástico citada no blog meses atrás. A marca que trouxe o modelo para o Brasil é a Petite Jolie, e como boas curiosas, fomos dar uma olhada na nova coleção Outono/Inverno da empresa e achamos itens muito legais, com pegada alternativa. O site possui uma loja e as peças têm preços bem acessíveis. Parece que não tem tudo para vender lá, mas o que não falta é representantes espalhados pelo país. Separamos alguns produtos que curtimos e que tem a ver com o nosso universo.

A Jelly Shoe agora surge com o nome de Amora e fabricada em PVC:

 E tem versão com Glitter! Sim, mórremos.

 Sapatilha com caveira mexicana e um oxford clássico:

 Sapatilha e chinelo com escritas:

 Sandálias de salto com tachas piramidais. PJ1333 e PJ1209:

 Botas! Modelo PJ1239 e PJ1225:
E por fim, as bolsas! Versão Satchel PJ1240, Onça PJ1295 e Mini PJ1241:

Já compraram peças da Petite Jolie, o que acham da marca??? 
Queremos opiniões! ;)


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1 de abril de 2015

Vamp & punk cat eye makeup

Em meio aos desfiles internacionais, nos chamou a atenção a beleza da grife Saint Laurent, com referências totalmente rock n' roll. A coleção é focada no Inverno 2015, mas iremos mostrar que essa produção já possui uma longa estrada nas subculturas e está longe de durar só uma temporada. 

A maquiagem escolhida pela marca nada mais é do que uma versão atualizada do estilo vamp, nascida nos anos 20/30 e mega revitalizada pelas subculturas punk e gótica em meados de 70 e início de 80. As características principais da pintura se constitui de olhos e bocas coloridos em tons escuros. 
Desfile Saint Laurent Inverno 2015

A musa responsável pelo look foi Theda Bara, que aconselhada por Helena Rubinstein, explorou seus grandes olhos aplicando muito rímel preto. Encarnada de Cleópatra para o filme homônimo, a atriz utiliza o atributo incluindo um formato egípcio em seu "olhar de panda", adicionada de sua famosa boca vermelho vivo. 

Theda Bara como Cleópatra, em 1917:

Décadas depois, o estilo é adotado pelas subculturas por sua rebeldia, já que as cores escuras bem pigmentadas chegou a ser associado em determinada época as prostitutas. Sendo o Punk um movimento que tinha entre seus objetivos desafiar padrões, principalmente de estética, nada melhor do que provocar a sociedade com elementos que repudiavam. E assim mulheres passam a exibir rostos vamps, porém também sendo desconstruída e ganhando novos contornos. 

Nancy Spungen: vamp com bochechas mega rosadas:

A cantora Alice Bag:

Sue Catwoman, que transformou o contorno egípcio do olho num gato mais estiloso:

A modelo da loja Sex, Jordan, com versão gatinho exótico:

Na mesma época, Nina Hagen incorpora sua excentricidade ao traço egípcio criando formas surreais:

O delineado invertido foi considerado tendência de verão pelo mainstream, como visto nas marcas Givenchy e Meadham Kirchhoff Verão 2015:

Mas não é novidade, as meninas do Strawberry Switchblade já usavam com lábios vermelhos nos anos 80:

Inicialmente punk, Siouxsie Sioux adentra a subcultura gótica e pós-punk popularizando o estilo. A influência de Theda Bara na maquiagem fica nítida:

Assim como Sioux, a poeta Lydia Lunch ajuda a difundir o estilo nas subculturas:

Hoje, a maquiagem vamp foi tão propagada que o mainstream absorveu e a definiu como um visual sexy, femme fatale. Ela não carrega o forte preconceito de antes, inclusive ter um olhar preto e lábios de sangue já se tornaram um clássico. Rímel, lápis e delineador preto e um belo batom vermelho são itens obrigatórios nas necessaires de muitas mulheres atualmente. 

A estética foi parar até nos cinemas. Frank N Furter em 70; Elvira em 80; e Mortícia Addams versão 1990:

Mulher Gato de Michelle Pfeiffer e Halle Berry:

Vamp na cultura dominante; Eva Green e sua make femme fatale em Sin City:

Mas o rock sempre é o rock. Mesmo com a sensualizada dada pelo mainstream, a nova geração de front women resgata o estilo vamp provocador. Musas como Isis Queen e Suzi Sabotage mostram que esse visual sempre vai ser um grande elemento da cena, esteja em passarelas da moda ou não.

Geração 2000; Brody Dalle e Alice Glass:

Marilyn Manson e seu vamp grotesco que o acompanha desde os anos 90:

Beth Ditto e sua inúmeras versões:

Taylor Momsen:

Isis Queen:

Suzi Sabotage se referenciando em Nina Hagen:

Apresentando outra alternativa com um quê de Lydia Lunch:

E aí? Já escolheu qual versão vai usar amanhã????

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23 de janeiro de 2015

Kurt Cobain: uma pensata sobre a camiseta estampada com a carta de suicídio

Semana passada, saiu a intrigante notícia de que os sites Ebay e Etsy estavam comercializando t-shirts estampadas com a carta de suicídio de Kurt Cobain e que já haviam vendido 200 mil unidades do produto custando 25 dólares cada.


Quando li de primeira, de cara senti estranheza, era algo bizarro demais para ser verdade. Talvez por ser grande fã de Cobain e conhecer bem a finalidade da carta, tenha sentido tal impressão. Só que de longe fui a única. Logo em seguida soube da petição acusando as empresas de “glamourização das doenças mentais”, e assim, os produtos foram retirados do mercado.

Entre as justificativas do porquê ser falta de respeito, Julian Godinez, criador da petição, descreve que “a doença mental e o comportamento suicida não é uma questão de moda, e não se destina a ser glamourizada ou ser ostentada numa camiseta”.
De fato, essa não é uma estampa qualquer. Não é um simples papel com escritas. A carta representa uma das últimas angústias do cantor. Para algumas pessoas – porque há de tudo – pode parecer uma bobagem, um alarde à toa, mas não é. Doenças mentais têm crescido de forma surpreendente no mundo, a depressão já é chamada de o mal do século. As taxas de suicídio vêm aumentando, inclusive no Brasil, país que tanto vende a imagem da felicidade. Os sorrisos estão ficando cada vez mais forçados.

Mesmo com os altos índices, essas doenças ainda são vistas na sociedade com estigmas supernegativos. Além da tortura física, como depressivo e suicida, Kurt também sofreu, e ainda sofre, do martírio moral. A eterna culpa de ter sido um fraco, já que ele era um homem bem sucedido na profissão que escolheu, era casado e com uma filha. Desse modo, observa-se o desconhecimento sobre o assunto. Não podemos também esquecer o que a família passa. No dia de sua morte, o sofrimento de Kurt pode ter acabado, mas os dos seus parentes foi o início.


Talvez pelo fascínio que os ídolos causam, exista gente, principalmente adolescente, que ache “cool” ter a imagem de depressivo, bipolar, etc, pois de algum jeito ficam mais próximos de seus admiradores. Ou até mesmo isso lhes traga empatia por saber que ambos sentem coisas semelhantes. Porém, é preciso enxergar o lado cruel dessa história. Não é glamour ter transtorno mental. Quem sofre sabe o quão duro e incapacitante é estar nela. A idade vai passando e as frustrações se acumulam. A vida perde o sentido e passa num piscar de olhos!

Se você sofre de depressão ou conhece alguém nessa condição, indico a página Acabe com o Estigma, onde há relatos pessoais sobre o tema. Os testemunhos reais podem servir de conforto para quem está lutando contra o transtorno. E claro, procure ajuda médica, é necessário para enfrentar a situação. Nós também estamos a disposição caso queiram relatar sua história. 

No livro "Kurt Cobain, a construção do mito", Charles R. Cross dedica o penúltimo capítulo abordando o tabu que aos poucos vem sido quebrado. Chega a ser irônico noticiar esse assunto diante de um músico que odiava tanto a imprensa quanto a moda. Ele provavelmente ficaria espantado ao ver fãs usando a camiseta. Fica a questão para se pensar: Será que os transtornos mentais sofrem tanto preconceito que banalizam sem ter a devida noção???

19 de janeiro de 2015

Real Gothic Brasil - um time de futebol nada convencional

O futebol é uma grande paixão nacional. Seria uma frase totalmente clichê senão fosse a existência do Real Gothic Brasil, time brasileiro formado por jogadores góticos. Criado em 2012, ele é um exemplo de vários estereótipos quebrados, incluindo a de que subculturas não se misturam com esportes que atraem o público de massa.


Tudo começou há mais de 10 anos na Inglaterra, onde foi fundado o Real Gothic FCo primeiro time de futebol do mundo nessa categoria. Apesar de ser pequena, a equipe inglesa já possui uma certa estrutura, se reunindo para campeonatos, participando de festivais de música e apoiando instituições beneficentes, como a Sophie Lancaster Foundation, em memória a jovem inglesa brutalmente assassinada por seu visual gótico.


Versão feminina; Sisters of Real:

Assim como a matriz britânica, ambos têm o intuito de unir alternativos pelo esporte, promovendo a confraternização na subcultura e sendo uma nova opção de evento perante os tradicionais conhecidos.

Ainda pouco conhecidos no país, entrevistamos o Guilherme Freon Heart, integrante da equipe brasileira, e que contou para o blog detalhes dessa recente modalidade. Lembrando que o Real Gothic Brasil tem face e blog (inclusive, há uma bela matéria com o John "Pablo" Thompson), onde os leitores poderão acompanhar todo o seu percurso e participarem caso tenham interesse.


Como e por que resolveram fazer um Real Gothic versão brasileira?
Antes mesmo de conhecermos o Real Gothic já havíamos tentado criar um time de góticos por aqui. Em 2009, conseguimos organizar uma partida entre GÓTICOS x DEATHROCKERS. O evento, organizado através da maior comunidade virtual de góticos na época (a comunidade Góticos no Brasil, no orkut), teve uma certa repercussão e foi realizado com sucesso, mas não teve continuidade. Em 2012, conhecemos o Real Gothic inglês, entramos em contato, eles nos deram o impulso de ânimo que faltava e assim foi criado o Real Gothic Brasil. Nosso intuito é simples, reunir góticos que gostam de futebol e outros esportes para fazerem isso juntos.

Quais informações pode oferecer para que outros estados montem seus times?
Seria bom mais góticos se interessarem em jogar. Mas queríamos eles em nosso time, não criando outros rsrsrs. Estamos sempre precisando de jogadores. Mas, basicamente, basta reunir góticos interessados em jogar e não desistir.


Pretendem formar no futuro ligas e campeonatos? Aliás, só existe o Real Gothic em São Paulo?
O Real Gothic Brasil tem sua sede em São Paulo, mas pretendemos ser um time nacional, isto é, reunir góticos de outros Estados também. Geralmente só disputamos amistosos, jogos simples e sem compromisso. Nossos adversários quase sempre são outros times alternativos. Já jogamos contra times de punks, metaleiros... No ano passado disputamos nosso primeiro campeonato, foi a Copa Rebelde - um torneio organizado por movimentos sociais pra questionar os abusos da Copa do Mundo no Brasil. Então, basicamente, o torneio foi disputado por times anarquistas, punks, feministas, movimentos sociais.... e o Real Gothic haha. Foi uma experiência bem legal.

Observamos que homens e mulheres já jogaram no mesmo time. Vocês não se importam com essa interação de gêneros, as meninas entram no time por falta de jogadores ou não tem mais meninas interessadas?
Sim, nosso time reúne meninos e meninas, sem distinção. A Taís é uma das nossas jogadoras mais dedicadas. Outras meninas já passaram pelo time também, mas não deram continuidade. Ainda sofremos um pouco com a falta de jogadores - sejam meninos ou meninas. Muitos góticos que gostam de esporte ainda não conhecem o Real Gothic, por isso nosso primeiro objetivo é alcançar essas pessoas e nos fazermos conhecidos.


Góticos se confraternizarem por meio de um esporte é algo que a gente não costuma ouvir falar. As pessoas não conhecem esse lado de vocês?
De fato, é uma surpresa pra muita gente ver góticos jogando futebol ou praticando outro esporte. Na verdade já fomos alvos de olhares desconfiados mais por parte de pessoas da cena do que por parte de "outsiders". Um gótico uma vez nos disse que não deveríamos jogar futebol e sim xadrez, que talvez tivesse mais a ver com a identidade de um gótico. É o mesmo olhar torto que uma banda brasileira como o Clube da Miragem, que mescla post punk com samba, sofre. Alguns góticos se prendem a alguns falsos padrões. O Real Gothic inglês joga durante um dos maiores festivais do gênero na Inglaterra, o jogo deles é praticamente uma atração do evento. São góticos jogando futebol, simples. Isso não muda nossa identidade, pelo contrário, só reafirma. Mas esse tipo de visão é minoritária. No geral, temos sido bem recebidos pela cena, com muito incentivo.

Como faz para ser parte do Real Gothic Brasil?
Nos escreva, entre em contato. Pode ser através da nossa página no facebook ou pelo email: realgothic_brasil@hotmail.com
Ah, estamos aceitando pessoas da cena metal, rockers... temos um sistema de cotas pra isso! haha!

Não esqueçam de acompanhar o face e o blog do
Real Gothic Brasil!


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