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24 de março de 2015

Consumo consciente: uma reflexão mais profunda

Ao ser abordado o Consumo Consciente no blog, os questionamentos ficaram longe de terminar naquele post. Pelo contrário, de lá para cá, depois de diversas leituras e informações, notamos o quanto é preciso aprofundar ainda mais a pensata que parece ter caminhos intrigantes.

Começo dizendo que não sei se terei resposta para tudo, mas com certeza muitas interrogações. E a maior delas é: até que ponto podemos ser éticos e praticar nossas ideologias num sistema que possui escalas quase infindáveis? Caso queira entender melhor a indagação, recomendo a leitura "O verdadeiro retrato da moda nos dias atuais", escrita por Bruna Toledo, onde é relatado um lado obscuro do mercado que pouco se fala.

Outro dia encontrei uma renomada jornalista de moda que me perguntou se eu não observava o quanto estávamos andando mal vestidos (ou seja, usando roupas de má qualidade e fabricação). Respondi na hora que sim e o pior, pagávamos caro por isso. O encontro foi repentino e o papo não pode mais se estender, só que o tema não desapareceu da minha mente.

No Brasil, pagamos um valor elevado por roupas que nem sempre valem o preço final. E a indignação cresce ainda mais quando se tem noção de que parte desses produtos são feitos em série, algumas vezes confeccionadas em péssimas condições de trabalho, com exigências loucas de produção, pagamentos irrisórios, excesso de horário e outros absurdos. Lembrou de algo?


Mão de obra escrava
Taí um ponto que é de extrema importância. O país ainda não parou direito para debater o tema, estamos atrasados. O slow fashion é tratado aqui como algo novo enquanto no exterior já é uma realidade. E não é só no âmbito de consumir menos, mas também na valorização da feitura da peça, a forma como foi confeccionada e a história ou o simbolismo que há por trás dela. Não à toa, o brechó é o mercado da vez, nas grandes feiras internacionais os stands mais procurados são estes.  

Quando tocamos no assunto, logo vem à mente os trabalhadores asiáticos ou até mesmo bolivianos que vivem clandestinamente no Brasil. Mas há uma realidade que pouco se dá ênfase e tem um nível de exploração semelhante: empregos análogos a de um escravo que se escondem em carteiras assinadas.

A profissão de costureira enfrenta escassez faz tempo. É uma das atividades que a indústria brasileira mais vem sentindo falta. Além da ausência de profissionais capacitados perante a demanda, é um trabalho que costuma oferecer má remuneração pela carga horária pesada e que nem sempre oferece crescimento profissional. Sem contar que, certas empresas, teimam em fugir das leis trabalhistas. Essa é uma realidade social séria e preocupante, pois se observarmos o perfil dominante do cargo, iremos encontrar na maior parte mulheres de baixa renda, muitas vezes nordestinas e negras.

O que nos diferencia dos países asiáticos é que aqui somos protegidos por severas leis trabalhistas. Surgindo denúncia, os envolvidos serão investigados e punidos. Nem toda a produção das grandes magazines vem de fora, podemos consumir o que é feito no Brasil e sendo clientes, exigir o combate de roupas confeccionadas a base de exploração. No caso de empresas estrangeiras como a Converse, ela possui 90% dos seus calçados produzidos aqui, mas se ainda lhe fere o fato da marca pertencer a Nike, você tem todo o direito de escolher se irá ou não adquirir peças.


"Se você não gosta de algo, mude. 
Se você não consegue mudar, mude a sua atitude"
 Maya Angelou


O Paradoxo das Fast Fashion
Outro assunto que queria falar mais sobre. A questão das fast fashion tem um efeito paradoxal. Há os graves problemas de mão de obra escrava e do exacerbado consumo de roupas descartadas no meio ambiente, porém é de se observar uma questão interessante no aspecto social.

O fato é que muitas marcas brasileiras não têm interesse em investir no público C, D e E. Tal conceito já é visto na formação acadêmica de moda. É impressionante como muitos alunos não querem criar coleções direcionadas a esses consumidores, da qual são maioria no país. Boa parte visa o mercado de luxo e esquece o resto da população.

Foi então que as magazines chegaram e se voltaram as classes ignoradas. Levaram moda, novas tendências para um público que não tinha acesso e nem fazia ideia quando iria ter. Suas lojas foram a bairros, municípios e cidades que muitas grifes brasileiras dificilmente terão filiais presentes. Tá certo que hoje em dia algumas lojas encareceram tanto que o perfil do público está quase mudando, mas ainda assim, conseguem atrair com as facilidades de pagamento.

Esse é um ponto que considero bem reflexivo, porque a moda pode servir tanto de exclusão como de inclusão social (a exemplo do projeto Jacaré é Moda), depende da forma como é projetada. Há muitas dúvidas sobre seus efeitos a longo prazo, mas o lance é que as fast fashion conseguiram quebrar o esteriótipo de que só ricos podiam consumir moda. De certo modo, eles deixaram o mercado mais democrático. Como concluiu a jornalista Maria Prata: "o mundo do "eu sei, você não sabe", "eu tenho, você não tem", nunca esteve tão em baixa".

Dentro da temática, introduz-se também o público alternativo. Dez anos atrás, era superdifícil encontrar peças do nosso estilo, porque o que tinha, além de custar caro (já que moda alternativa é um nicho), havia pouca variedade de modelos e tamanhos. Mesmo seguindo modismos, as fast fashion acabaram nos incluindo como consumidores, alcançando desde quem mora em metrópoles a cidades bem pequenas. É claro que como adeptos de subculturas, damos muito valor as lojas especializadas pois são marcas construídas por pessoas do meio, o problema é que elas ainda não conseguem estar presentes a todos os contextos sociais do país.


Realidade ou marketing?
Tem coisas que incomodam no mercado. O mal uso que certas empresas têm feito do marketing é um deles. O método tem sido adotado de forma tão errada, que o recém lançado Manifesto Anti_Fashion de Li Edelkoort, aborda o acontecimento. Segue os dizeres de uma das maiores cool hunters do mundo sobre o tema: “Inicialmente inventado para ser uma ciência, misturando-se a previsão de talentos com os resultados de mercados para fixar estratégia no futuro, tornou-se progressivamente uma rede de tutores temerosos de marcas, escravos de instituições financeiras, reféns dos interesses dos acionistas, um grupo que há muito tempo perdeu autonomia para uma mudança direta".

A cada dia que passa, os consumidores adquirem informação e exigem das empresas mais ética na produção. Com a preocupação e o interesse por produtos fabricados com base em uma ideologia, muitas palavras ganharam enorme poder, a exemplo de: sustentabilidade, cruelty-free, tolerância às diferenças, feminismo...

O problema começou quando o mercado descobriu que pode transformar algo contra o sistema em vendas, ou seja, utilizando de causas para vender produtos que não seguem a filosofia proposta. Vale frisar que não são todas as marcas que adotam essa prática, há sim as que seguem fielmente os seus objetivos, inclusive algumas foram até criadas a partir de um conceito. Mas, infelizmente, existe as que estão estampando só mais uma palavra na embalagem.

É necessário um olhar superatento para distinguir quem realmente apoia o movimento por amor a ele ou se aquilo é marketing podre para fazer as pessoas acreditarem que estão consumindo com consciência. Até Paulo Coelho já indagou as atitudes dos famosos numa entrevista à Rolling Stone Brasil, concedida em 2008: “São tantas as celebridades envolvidas em causas que às vezes me pergunto se elas estão servindo às causas ou se as causas é que estão servindo a elas.


"É justiça, não caridade, que está necessitando o mundo."
Mary Wollstonecraft


Posicionamento do blog
Como lidar com todas essas questões? Sinceramente, não é uma tarefa fácil.
Quando o blog começou a incluir o lado comercial, o objetivo era abrir espaço para marcas independentes, que fazem moda alternativa autoral e fabricadas aqui. Mas nem tudo são flores. Uma moda com esses pré requisitos no Brasil costuma ser cara e nem todos têm condições de comprar.

Existe também o caso das lojas alternativas mais informais, onde mesmo que o primeiro contato tenha vindo da loja (o que supõe-se ser a principal interessada em divulgação neste espaço), é, às vezes, frustrante. Nem sempre se comportam como empresários que zelam pela imagem de sua marca. Quer ser respeitado no mercado? Precisa começar a se enxergar como empreendedor! Não adianta abrir lojinha, ter talento, propor parceria e demorar quatro meses pra responder um email. Esse comportamento mostra que prazo não é importante para essas pessoas. E se prazos não são seguidos, como crescer? Expomos tais fatores porque as atitudes decepcionam. Nós queremos que o mercado alternativo nacional cresça, ser empresário "alternativo" não precisa - nem deve - significar que seu trabalho é amador.

Já as grandes empresas costumam ter mais profissionalismo, principalmente as estrangeiras. Mas vamos dar novamente valor aos produtos de fora mais do que os daqui? Vamos ter que investir em parcerias com lojas mainstream para sermos levadas à sério?

A gente não quer ferir os princípios e ser mais uma a incentivar o consumo desenfreado de produtos em massa. Além de fazer mal ao mundo, alienar as pessoas, ninguém tem condição financeira para viver neste ciclo louco de consumo. Nem o meio ambiente tem capacidade de sobreviver a isso. É necessário que os consumidores também façam a sua parte, infelizmente não há como se mudar um sistema sozinha.
A moda é também um ato político,
exercemos cidadania através dela

Percebem como o assunto é complexo e quanto é essencial pensar e discutir mais? Uma pena que os puóvo das modas insistem em mostrar só o lado fútil. 
Estamos longe de sermos perfeitas, mas ao menos propomos o debate e ficamos abertas a mudanças. E vocês?


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Comentários via Facebook

13 comentários:

  1. Nossa, como me dá prazer entrar aqui e ler este texto fantástico. Um texto questionando alternativos sobre um comportamento ligado ao mainstream, e que criou raízes em todos os lugares. Não eram vários grupos alternativos que lutavam contra o consumismo desenfreado da burguesia? Onde foram estas pessoas? Se antes viámos a pessoa usar a mesma jaqueta várias vezes, tanto que marcava a pessoa, hoje isso é tão raro!
    Acho engraçado quando me perguntam porque, ao invés de comprar outra saia, mando cortar ou customizo saias velhas. Por que pinto bijuterias velhas com esmalte, troco detalhes dos sapatos que não me agradam, faço batom de lápis de olho? Por que? Porque a roupa, o sapato, a biju serve, o batom não é uma necessidade!
    Lembro que li uma vez "para mulher, roupa nova é aquela que ninguém viu. Para homem, é aquela que ainda está com cheiro e cara de novo." Considerações sexistas a parte, isso é muito real e tem ocorrido em ambos os sexos!!! Aquela sede de comprar, ao ponto de brigar em lojas por roupas assinadas por estilistas nas fast fashion, de ficar 3 horas em pé para comprar uma blusa. E compra mais, porque repetir a roupa é um crime, as pessoas saberem que você usou aquilo de novo é proibido!
    Blogs defendendo o ser ao invés de ter, e em seguida um post patrocinado por uma empresa da China! Só eu acho isso divergente? Só eu acho confuso? O pior é que muitas coisas que queremos não vendem aqui, mesmo com ampla procura - eu não acho chapéus vintage aqui em lugar algum, p.e. Isso causa um conflito: abrir mão de algo muito desejado porque vem da China, ou comprar e conviver com o fato da mão de obra escrava.
    Uma vez, comprei um item na China que não achava aqui nem rezando brabo. Se não me engano foi mesmo um chapéu. Passados uns dias, o site entrou em contato dizendo que a compra foi cancelada pois o vendedor estava com uma produção irregular que ia contra as políticas da empresa. Isso ocorre sempre?
    Deveria. Mas foi apenas desta vez.
    E infelizmente a moda alternativa no Brasil sofre. Poucas opções, poucos manequins maiores (eu cansei de procurar blusas que servissem em mim e não achar em site algum), a mesma visão do que os alternativos querem vestir (não somos todos iguais!), falta de visão da realidade do alternativo aqui. Não a toa, as fast fashion perceberam que, vejam só!, tem um público aqui perdido que também aproveita. Divulga mais? Sim, mas também plastifica.
    Adoro ver uma loja brasileira montar um conceito de coleção, independente do resto, e defende-lo. Ainda mais quando incorpora o que o Brasil necessita em moda: modelagem adaptada a nosso biotipo, tecidos pensados ao nosso clima, situações onde poderá vestir mais vezes, ampliar o olho fashion do consumidor e preços justos. Não digo baratos, mas que sigam uma linha justa.
    E o desperdício...O desperdício em ateliês e lojas é absurdo!!! Lembro de ler uma entrevista sobre uma mulher, que era modelo e resolveu ser estilista porque achou o desperdício um completo caos. O nome dela é Chiara Gadaleta. Ela e mais estilistas estão montando projetos para usar linhas e tecidos com certificação ecológica e produzidos aqui, além de práticas sustentáveis de produção. É um nicho que merece mais atenção!
    Entendo o conflito que existe na publicidade do blog. Mas também sabemos a seriedade do trabalho desenvolvido no mesmo. Então, acho que estão no caminho certo. Defender o Brasil, sim. Defender a cultura alternativa como um todo, também.
    Parabéns pelas reflexões. Fantástico, como sempre!

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  2. Oi Vivien! Ótimo seu comentário, levantou pontos pensantes tbm! Interessante vc lembrar da repetição das roupas nas subculturas que até se tornam uma marca, verdade, estamos perdendo esse espírito para o consumo desenfreado. Talvez pq estamos nos aproximando mto do mainstream e assim adquirindo hábitos semelhantes. A sorte q quem é realmente alternativo, mesmo comprando em momentos de modismos, continuará usando as peças que se identifica, as repetindo, customizando. Ao menos espero que nesse sentido o espírito se perpetue. O fato da repetição de roupa ser considerado um crime é um paradoxo, pois o que mais se faz é repetir looks! Pouquíssimas pessoas no mundo tem condição financeira p naum repetir peça e ainda assim, mtos não fazem o pq é um pensamento idiota. Sobre a China, não havia sido relatado um caso igual ao seu para mim. Com o mundo em cima deles por causa de exploração, pode ser que estejam fiscalizando mesmo por exigência do mercado estrangeiro. A China é realmente uma situação complicada pq há mtos buracos no comércio brasileiro que eles tapam. Como vc disse, nós encontramos coisas lá que aqui não existem e ainda por um preço barato. É algo atentador pq aqui nada é barato, gastamos uma grana com comida, roupa é supérflua e ngm quer pagar mais, ou não tem condições mesmo. Mas há o lado da compra ser de má qualidade, q não dura, um barato que sai caro. São mtos pesos p se pensar, fato.
    Sim, vdd. Em quanto não tivermos uma moda alt desenvolvida aqui iremos consumir em fast fashion. Plastifica, faz consumir mais, sim, mas p mta gnte é a opção de preço, tamanho, estilo...
    Poxa, conheço a Chiara Gadaleta mas não sabia do projeto, vou pesquisar mais atentamente. Vc sabe que há grandes projetos sustentáveis sérios na moda, e de outros ideologias tbm, mas o custo final da peça não costuma ser um valor que todos podem adquirir. Pois é, novamente o preço! Já fui em palestra com a Osklen e as pessoas questionavam o valor das peças e eles diziam que não tinha como diminuir, o custo de fabricação é alto. Infelizmente, para popularizar esse nicho no país, essa é uma questão que necessitará ser estudada amplamente.
    Que bom saber q vc entende a situação do blog e esperamos que a maioria tenha enxergado o mesmo!
    Obrigada pelo elogio! Bjkas



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    1. Wow!!
      Wow pro texto, Wow pros comentários de vocês!
      Meus parabéns!

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  3. Caraca que blog mais foda:o nunca tinha ouvido falar, vi no blogroll do Faroeste, me interessei pelo link e agora to babando em todsas as postagens kkkkk
    vc eh muito inteligente e esse Moda de subcultura e perfeito ♥ parabens

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    1. Oi Chris! Bem vinda e fique à vontade! :D
      Nosso muito obrigada pelos elogios! Significa muito para a gente!! ♥ ♥

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  4. Não sei quantas declarações mais eu vou fazer pra esse blog, mas preciso sempre deixar claro que eu amo isso aqui... ^^'
    O texto está incrível!
    Acho esse um assunto super importante de ser abordado, colocado em discussão, questionado sempre, sempre, sempre!
    Porque a gente vive em um mundo que ensina que devemos consumir cada vez mais, independentes de sermos alternativos ou mainstream. Afinal de contas, as lojas querem vender. Elas precisam do dinheiro alheio para sobreviver. A diferença é que algumas marcas incentivam o consumo desenfreado, e isso é algo muito complicado. como você mesma disse, não dá pra combater isso sozinha. É uma questão de mostrar pras pessoas como elas estão sendo controladas pela moda e tentar mudar essa situação aos poucos. Por isso a importância do assunto ser debatido com frequência.
    Eu confesso que tenho sido muito consumista ultimamente e já tenho pensado em uma mudança de hábitos rápida. Por isso tenho começado a investir mais em outras coisas que me farão bem a curto, médio e longo prazo, assim não sobra grana pro consumismo desenfreado... rs
    Mas enfim, voltando ao post, eu acho essa questão da mão-de-obra escrava um assunto que já deveria ter começado a ser discutido há tempos. Ainda mais em um país como o nosso que tem uma das mão-de-obras mais baratas do mundo. Não a mais, mas uma das. É lógico que existe lugares piores, mas não é por isso que devemos parar de olhar o que tá errado aqui. Sinceramente, se não tivéssemos leis trabalhistas fortes, seríamos todos escravos até hoje. As empresas só pensam no lucro e nada mais. Deveriam se preocupar mais com a qualidade do que vendem e não com a quantidade.

    Uma coisa que eu acho muito triste é essa coisa de usar uma causa apenas para vender produtos. Muitas empresas tem nas mãos armas poderosas para ajudar o mundo a se transformar em um lugar melhor, mas como o egoísmo é de mais e o dinheiro mais importante, acabam vendendo ideias que eles não seguem e acabam dando esse comportamento como exemplo para os consumidores que passam a usar esses "produtos-causas" apenas porque é cool, sem entender e seguir o significado daquilo.

    Sobre o posicionamento do blog, eu concordo com a Vívien aí em cima. O blog já mostrou diversas vezes o quanto desenvolve um trabalho sério. Então acho que vocês podem abrir esses espaços de publicidade sem que isso transforme o espaço em algo fútil ou incentivador do consumismo. ^^

    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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    1. Oi Mone, obrigada pela opinião!
      Sim, a gente tem q se policiar pq o consumo é envolvente, ele mexe com o emocional, o impulso. Qntas vezes já entrou num site ou loja para comprar só uma coisa e sentiu vontade de ter várias outras? É realmente tentador. Mas vc já está progredindo, acho que só o fato da pessoa parar para pensar sobre o assunto já é um grande passo, e no seu caso já está transformando o pensamento em atitude. Interessante vc falar q assim evita de sobrar grana p o consumo desenfreado, pois esse é um dos principais motivos que ainda seguram as pessoas nas compras.

      Sim, é horrível ver esse mal uso do marketing, sabendo da importância e o poder dessa ferramenta. Ainda existem pessoas que a utilizam de forma séria, mas diante do que o mundo se transformou, fica difícil enxergar quem está a usando para o bem da humanidade ou só para o bem próprio. :( Aliás, não sei se isso é pior ou se é ver os cidadãos sem questionar nada.

      E que bom saber o seu entendimento sobre a situação do blog. Obrigada pelo incentivo! Bjkas!

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    2. É exatamente assim. Você vai procurar uma coisa, mas a pesquisa fica registrada e enquanto você está olhando o que foi procurar, já aparece milhares de sugestões relacionadas... Põe tentador nisso...
      Mas é verdade. É só uma pessoa ter uma graninha sobrando, qualquer quantia, que logo alguma propaganda a atinge e a faz gastar aquele dinheiro com coisas que às vezes são até desnecessárias.

      São poucos, raros os que utilizam essa ferramenta para o bem de mais pessoas além delas mesmas. Mas acho que pior que isso é ver as pessoas sem questionarem. Apenas aceitando aquilo de cabeça baixa e acreditando cegamente no que dizem a elas...

      bjin

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    3. Muito tentador mesmo Mone, eles fazem de propósito pra atrair seu clique, é um método de mkt bem selvagem! :(

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  5. Sempre muito bom visitar aqui, blog completo com tudo que gosto *-*
    Curti a reflexão. Textos assim deveria der divulgado a massa.
    beijos

    http://www.cherryacessorioseafins.com.br/

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    1. Obrigada Simone! ♥ ♥
      Fique à vontade pra compartilhar o link, não acho que atingirá a massa mas quanto mais pessoas lerem, mais alimenta o debate! ;)

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  6. É, essa semana mesmo eu estava pensando nisso, pois estou fazendo umas roupas aqui e o tanto de papel e tecido que vai fora é uma loucura! E eu ainda não sei o que vou fazer com o tecido, mas o papel com certeza vou reciclar, porque é muito dinheiro para ser jogado fora, haha! Eu também tenho uma visão bem diferente do mundo, mas não posso dizer que não compro em lojas que fabricam na China e afins, porque também gosto de economizar, mas eu não sou do tipo de compra e compra... eu compro, mas fico com aquilo durante o tempo que a peça está prestando e não procuro comprar muito, mas é um absurdo como muita gente é... conheço gente que a cada mês gasta mais da metade do salário com coisas só para mostrar que comprou...

    http://blogmylittlecandy.blogspot.com.br/

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  7. Achei super genial esse texto! Muito importante você ter falado na importância que a fast fashion teve na "democratização" da moda. Muitas pessoas se interessam por determinada subcultura, mas não tem acesso aos produtos das lojas alternativas, na maioria das vezes por questões financeiras, então o que resta para elas é a fast fashion.
    Sou de uma família de origem humilde e durante a adolescência eu comecei a me interessar pela subcultura gótica. Usava e uso até hoje algumas roupinhas de loja mainstream, batom e lápis de olho de catálogo e etc, porque é o que eu sempre tive condições de ter. Por mais que não me agrade contribuir para o agravamento da exploração, não é todo mundo que pode comprar roupas caras ou importar de marcas alternativas estrangeiras. Já teve uma conhecida minha falando em tom de deboche sobre o fato de eu usar só roupa de loja mainstream, sendo que é bem facinho falar podendo viajar pro exterior uma vez por ano e torrar o dobro do eu ganho num mês inteiro só de roupa.
    Pretendo futuramente ajudar a fazer o mercado alternativo BR crescer na medida do possível e aderir aos brechós e DIY, mas acho super injusto julgar os consumidores nessas situações como os grandes vilões da história, sendo que quem tá se beneficiando mesmo com essa maldade toda são os grandes empresários.

    Perdão pelos possíveis erros, comentar pelo celular é horrível kkkkk

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